Saturday, May 14, 2016

MORTE DE SUSANNAH MUSHATT JONES

Gostar de viver foi a norte-americana Susannah Mushatt Jones. Dada à luz aos 6 dias de julho de 1899, desapareceu quinta-feira, dia 12 de maio, tendo habitado a Terra, fazendo parte da humanidade em três séculos: XIX, XX e XXI.
Apesar de haver sofrido escravidão e sido vítima de racismo, haver passado apenas 5 anos casada e comer toucinho defumado com ovos diariamente, Susannah não foi um ser humano poliqueixoso nem perdeu o gosto pela vida. Encantada com os estudos, ávida por conhecimento, dedicada às crianças e lutando por causas nobres, a supercentenária pugnou pelo voto das mulheres e direitos civis em geral.
Susannah não teve o amor de um homem durante sua longa existência, não teve riqueza e foi discriminada por sua origem e cor da pele. Contudo, não tinha vícios, nunca intoxicou o seu corpo com drogas recreativas, e amava incondicionalmente, o que tornou sua vida um exemplo de que “o essencial para a nossa felicidade é a nossa condição íntima, e, desta, somos nós os senhores” - como bem o dissera o filósofo latino Epicuro de Samos, nascido 341 anos antes de Cristo.
Requiescat in pace!

Sosígenes Bittencourt

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