Encontrei-me,
casualmente, com o curioso amigo Cristiano Pilako, na avenida 15 de novembro,
em Vitória de Santo Antão, ladeado por minhas mãe Damariz e tia Ricardina,
quando fui interpelado sobre uma dúvida na área da Língua Portuguesa.
Na
realidade, a pergunta era a seguinte: quando se deveria usar “tem de” e “tem
que”.
O uso
correto, desde antigamente, é “tem de”, porque o “que” refere-se a um termo
anterior, é pronome relativo. Como no exemplo: É
possível que você tenha que me emprestar o carro hoje. (Observe que “tenha que”
refere-se ao termo anterior “você” e indica uma possibilidade.)
Já, na oração, "A Prefeitura teve de indenizar
os garis" - observe que “teve de” refere-se a um termo posterior “os
garis” e indica obrigatoriedade ou necessidade. Compreende?
Agora, por causa do uso coloquial do “tem que”,
praticado como uma anomalia gramatical prepositiva, foi absorvido como normal,
não causando demérito a quem usa nem reprovando o incauto usuário.
Sosígenes Bittencourt