Thursday, February 28, 2013

No Japão e no Brasil


No Japão, ninguém precisa conhecer um prefeito.
No Brasil, é preciso bajular um prefeito.
No Japão, a Polícia não tem o que fazer.
No Brasil, a Polícia não sabe o que fazer.
No Japão, não tem uma cadeira fora do lugar.
No Brasil, nada tem lugar.
No Japão, quem fracassa, tende ao suicídio.
No Brasil, quem fracassa, tende ao homicídio.
Aqui, ninguém acha que tem uma parcela de culpa e, como resultado, um saldo de padecimento.
No Japão, não se usa Cartão de Crédito. Até os cachorrinhos têm dinheiro em Poupança.
No Brasil, todo liso tem Cartão de Crédito.
No Japão, ninguém precisa tomar empréstimo para pagar dívida doméstica.
No Brasil, oficializou-se o Roubo Consignado.
No Japão, a Gueixa dá massagem e fala dois idiomas.
No Brasil, a Prostituta bate carteira e não diz nada que preste. 
Sosígenes Bittencourt

Wednesday, February 27, 2013

Fragmentos


Filhos de imigrantes japoneses são nissei.
Netos de imigrantes japoneses são sansei.
Filhos de brasileiros com cara de japonês nunsei.
Sosígenes Bittencourt

Tuesday, February 26, 2013


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Lenga-lenga entre Política e Economia


LENGA-LENGA ENTRE POLÍTICA E ECONOMIA
Na realidade, é enorme a confusão que se faz, porque POLÍTICA e ECONOMIA são duas áreas distintas. A Política é uma invenção grega formidável para refletir a vontade dos homens, enquanto que a Economia passa ao largo da vontade dos homens - já nos esclarece o sociólogo Francisco Maria de Oliveira, fundador e, hoje, crítico do Partido dos Trabalhadores.
A Política deve corrigir as distorções da vida social. A Economia é o troço mais fluido do mundo, basta o coração balançar, o dinheiro vai pelo ralo. Senão riquezas milionárias não desabariam como um castelo de cartas. E como é que um Regime Político pode mandar em algo tão volátil?
A Política deve cobrar os impostos e destinar aos que não têm poder de competitividade. Depois, impedir que os que têm o poder de competir se entredevorem. Ninguém pode proibir alguém de enricar às custas do seu trabalho e de suas economias. Também não pode dividir o que foi conseguido com quem não conseguiu.
A Política pode e deve taxar as riquezas e injetar na miséria para extirpar este câncer social que não é natural, é produzido pelo homem. A função da Política é de uma importância ético-moral indiscutível e fundamental no desempenho deste papel.
Sosígenes Bittencourt

Sunday, February 24, 2013

O mundo em toda parte


Eu não posso ver o mundo do alpendre aqui de casa. 
Eu sempre estou no centro da Terra. 
Onde eu estiver, será sempre o centro do Universo.
Sosígenes Bittencourt

Saturday, February 23, 2013

O homem e uma mentira


O homem constrói e destrói o mundo, pensando na mulher. Do gari ao cientista, do plebeu ao aristocrata, do santo ao pecador. Depois, fica se vangloriando de ter feito tudo sozinho. Mentira.
Sosígenes Bittencourt

Friday, February 22, 2013

Yoani entre tapas e beijos


Yoani Sánchez não perde a oportunidade de denunciar que o governo brasileiro não dá pitaco na Ditadura Cubana. Um dia desses, Dilma Roussef deu um saltinho ali em Cuba, e não deu um pio sobre o Regime Cubano. Yoani Sánchez ficou enjicada. A encrenqueira queria que Dilma metesse o pau no desrespeito aos Direitos Humanos no sítio da família Castro. Obviamente, nossa presidenta não quis correr o risco de ter a palavra CASTRADA.
Yoani é uma blogueira indignada, porque pedira 18 vezes para sair um pouquinho de Cuba, e o governo nem estava aí. A conversa era só essa: “não, posso não, deixo não”. Parecia musiquinha brasileira de gente abestalhada. Mas, é que Cuba temia que Yoani viesse a Jequié, na Bahia, soltar gracinha a Raul, irmão de Fidel Castro. Linguaruda, já fuxicou que Cuba não é um Socialismo, nem um Comunismo, é um Capitalismo Familiar. Por causa dessa fofoca, foi pro xilindró e tomou umas lapadas no cangaço. Mesmo assim, revela otimismo em relação ao futuro, por causa da internet, que botou o povo pra tagarelar no Twitter. Também sabe do que aconteceu no Oriente, quando os internautas começaram a ver a macacada ocidental saboreando hamburguer com Coca-Cola e fazendo nenen ao ar livre. Os ditadores foram convidados a dar o pira pra não morrer no cacete.
Agora que chegou ao Brasil, entre tapas e beijos, Yoani está se amostrando que só, repetindo, incansavelmente, que Cuba abana a mão no focinho do povo, e o governo brasileiro torce a cara pro outro lado.
Sosígenes Bittencourt

Thursday, February 21, 2013

O amor de Suzane

Sempre ouvimos dizer que, por amor, dá-se a vida. Todavia, Suzane diz que, por amor ao namorado, matou os pais. Quer dizer, o amor de Suzane tira a vida. Como é estranho o amor de Suzane... Uma pessoa que ama, termina espalhando o seu amor para além da coisa amada. Sempre ouvimos dizer que quem ama, perdoa; quem ama, não mata. Como é terrível o amor de Suzane... Só está faltando o namorado de Suzane dizer que matou os pais de Suzane por amor a Suzane. Será que o irmão do namorado de Suzane também matou os pais de Suzane por amor a Suzane? Como pode um casal ser vítima de tanto amor assassino? Nem Oscar Wilde entenderia, ao afirmar que “Todos os homens matam o que amam”. Porque, já que Suzane amava o seu namorado, deveria ter matado ele. Como é macabro o amor de Suzane... Estaciona o carro na garagem e vai ver se os pais estão dormindo. Desliga alarme, acende a luz do corredor e manda matar os próprios pais, a golpes de barra de ferro. Depois, chama a polícia e cai em prantos. Seu nome é Suzane von Richthofen, cuja pronúncia alemã dá calafrio na espinha. Vale, sozinha, por um campo de concentração nazista. Como cheira a tutu o amor de Suzane... Extorcionária, latrocina. Enquanto trucidam os seus pais, ensaca 5 mil dólares e 8 mil reais na biblioteca. Nem se sensibiliza, nem sente um ceitil de arrependimento diante dos gênios da literatura. Que tipo de advogada seria Suzane, gazeando as aulas de Direito para enveredar pelos tortuosos caminhos do crime? Como será a genética de Suzane, cujo irmão a perdoa e responde pelo perdão dos pais assassinados? Quem quererá namorar com o irmão de Suzane? Deus nos defenda de tanto amor... Nem o criminalista Cesare Lombroso suspeitaria de tanta maldade, pois que Suzane parecia uma ninfa.
Sosígenes Bittencourt

Wednesday, February 20, 2013

Castanha, Caju e Reminiscência


A castanha é um mimo da natureza que mais se acumplicia com a nossa infância, o seu sumo, o seu aroma, o seu formato, o seu sabor, sua fumaça quando explode no fogaréu.
O caju também. Caju vermelhinho, amarelinho, rechonchudo e de delicada protuberância, que nem peito de moça, desabrochando.
Sosígenes Bittencourt

Tuesday, February 19, 2013

Da coisificação humana


Onde há dinheiro, onde há riqueza, geralmente as pessoas são tratadas como coisas, são coisificadas. É isso que nos torna pobres. Uma nação rica não é uma nação de ricos, mas uma nação sem pobres.
O perigo de tratar as pessoas com menosprezo é ser tratado como coisa. De repente, as pessoas menos favorecidas só olham para a carteira de quem tem dinheiro. O dono da carteira não tem nenhum valor.
Quem coisifica, também é coisificado.
Coisas têm preço, pessoas têm dignidade.
Sosígenes Bittencourt

Monday, February 18, 2013

Fragmentos

Mentalmente, você pode fazer o que quiser
com a pessoa que você mais quer.
É o único enxerimento que não traz aborrecimento.
Sosígenes Bittencourt

Kajuru sem controle

O Brasil é o país das aparências, mas só engana os trouxas. Outro dia, o doido do Kajuru, que não tem papas na língua, revelou na televisão que havia técnico de futebol analfabeto, ganhando 500 mil reais e sendo chamado de mestre pelos seus comandados, enquanto há professores, ganhando salário mínimo. Precisava salientar que, ao invés de mestre, tem professor sendo esculhambado em sala de aula.
Sosígenes Bittencourt

Friday, February 15, 2013

Conselho para menino saindo para a escola

Cuidado com colega. Colega é ao lado, amigo é do lado. Colega é destino, ele aparece ao seu lado sem escolha. Amigo, você identifica.
Cuidado com buraco. Principalmente, os menores. Buraco dá vontade de futucar, desperta curiosidade. Por causa de buraquinho, muita gente afundou num abismo.
Cuidado com a boca. Não bote a boca em nada antes de cheirar. Deus colocou o nariz acima da boca e o cérebro por trás para fiscalizar. E, antes de cheirar, olhe direitinho. Às vezes, a coisa é bem bonitinha, mas está deteriorada ou é veneno.
Cuidado com dinheiro, ele compra coisas, mas não compra respeito. Depois, segundo aquele escritor gaúcho bem engraçado, chamado Luís Fernando Veríssimo: Economia é melhor do que dívida.
Cuidado com o que você não sabe. Seja humilde, faça pergunta. Os filósofos são como as crianças, eles perguntam. Sabedoria é melhor do que conhecimento. Conhecimento é cultura, Sabedoria é inteligência.
Sosígenes Bittencourt

Tuesday, February 12, 2013

A TV Globo faz você de bobo


Diz que a coreografia em que Juliana Paes encena a Dança do Ventre na novela Caminho das Índias foi censurada por causa de suas vestes e o horário da exibição. Deve ter sido com cuidado nas crianças.
A TV Globo é muito cuidadosa com as crianças. Tanto que só permite desconhecidos transando sob o edredom na Big Bobagem Brasil, porque não tem criança na teleaudiência. Tem jeito?
Antigamente, sexo era aprendido; hoje, é “mal” ensinado.
A mídia não tem compromisso com a verdade, tem compromisso com o lucro. A mídia sexualiza a adolescência e escandaliza com a consequência. Quer dizer, lucra dos dois lados.
Sosígenes Bittencourt

Monday, February 11, 2013

Capiba no Céu

Lourenço da Fonseca Barbosa
* Surubim: 1904
+ Recife: 1997
Capiba chega ao céu.
Sorridente e de braços abertos, penetra sem kit
no bloco de Nelson Ferreira, Irmãos Valença e Felinho.
Ao som de Vassourinhas, de Matias da Rocha e Joana Batista,
os anjos danam-se a frev(o)ar e plumas caem.
Vem um ente traquinas e seringa cloreto de etila no ar.
O folguedo, alegre e saltitante, vai circulando um salão de nuvens
e volatiliza-se sob uma neblina de papéis picados.
Sosígenes Bittencourt

Sunday, February 10, 2013

Minha fantasia


Minha fantasia é barata, porque é natural. Não precisa de patrocínio ou investimento, a natureza já se encarregou de me fantasiar. Embora, sem neto ainda, sou o avô das meninas, sobretudo das solteironas casadoiras e separadas esperançosas. A música que canto nos ambientes por onde passo é a modinha de finado Capiba, MODELOS DE VERÃO.
Quanta mulher bonita

tem aqui neste salão

parece até desfile de modelos de verão

até as viuvinhas do artista James Dean

vieram incorporadas

hoje a noite está pra mim!

Eu daqui não saio,

eu não vou embora,

tanta mulher bonita

e minha mãe sem nora.

Sosígenes Bittencourt

Saturday, February 09, 2013

Ainda sobre Vassourinhas


A letra que inspirou Vassourinhas foi uma canção de roda:
Se esta rua fosse minha,
eu mandava ladrilhar
com pedrinhas de brilhante
para o meu amor passar.
Deram uma acelerada no ritmo e nasceu o frevo Vassourinhas. Joana Batista deve ter cantarolado essa canção no pé do ouvido de Matias da Rocha.
Contam que o frevo foi vendido ao Clube Misto Vassourinhas por três mil réis em 1910. Diz que ficou assim:
Se esta rua fosse minha,
eu mandava ladrilhar
com pedrinhas de brilhante
pra Vassourinhas passar.
O frevo me eriça as cerdas do coração. Quando jovem, fui passista de rua; hoje, sou passista do ar.
Até alemães, dinamarqueses enlouquecem quando desembarcam em Recife, à execução do frevo. Um dia, eu vi um deles, branco que nem um defunto, chupando os beiços de uma "neguinha", como se chupa um caju.
Sosígenes Bittencourt

Friday, February 08, 2013

Fora do ar

Uma empregada aqui de casa dizia que ia receber um dinheiro na Caixa Econômica “Fuderal”. Quer dizer,  errava  na ortografia, mas acertava no sentido.

Vê só. Agência da Caixa, 10 horas, sistema fora do ar. Aposentados pendurados no pescoço de seus estimados procuradores, doidos com os seus curadores e o resto. Um idoso pergunta: - O que é que está acontecendo?

Alguém responde: - Nada, meu senhor. Deveria está acontecendo alguma coisa, mas não está acontecendo nada.

A faxineira passa no meio, com uma vassoura e um balde, e tenta explicar: - É que deu “pânico” no sistema.

Não sei, mas acho que tentou se referir a uma “pane” no sistema. Eu conheço “fora do ar”, quando o sujeito está embriagado.

Uma senhora, já aperreada, faz a pergunta: - E, agora, como é que eu vou pagar minhas contas? A menina me disse que o caixa está INDISPONÍVEL.

- Bem, madame, a senhora diz ao cobrador que está INDISPONÍVEL também.

Talvez se justifique o seguinte conselho, parafraseando a propaganda: Corra da Caixa, você também!

Sosígenes Bittencourt

Wednesday, February 06, 2013

Porque é Carnaval


PORQUE É CARNAVAL
Dilson Lira

Vê por aí,
os tolos passando, as mãos agitando,
a rir-se de quê?
São meros palhaços,
à vida iludindo,
de tudo fugindo,
nem sabem por quê?

Vê por aí,
em doidas espirais,
mulheres e homens se esbarram a pular,
à febre do passo,
e cada vez mais...

Vê por aí,
o dinheiro, a caudal,
se a fome, a nudez,
a doença chegar,
é gasto à vontade,
porque é Carnaval.

Tuesday, February 05, 2013

Frevo e Vassourinhas



Não é possível se falar em Frevo, sem se referir a Pernambuco, Vassourinhas e Felinho. Porque não há dúvida de que o frevo nasceu entre Olinda e Recife, e é o único ritmo genuinamente nacional.
Não existe frevo nem nada parecido em lugar nenhum do mundo. Até a palavra frevo vem do verbo "ferver", oriunda da pronúncia troncha, como "frevura", referindo-se às atividades canavieiras, como nos engenhos de açúcar.
Diz que Vassourinhas, considerado o Hino do Carnaval Pernambucano, foi composto por
Matias da Rocha e Joana Batista Ramos, para o Clube Carnavalesco Misto Vassourinhas, lá pelo início do século passado, mil novecentos e alguma coisa. Porém, há quem tenha fuxicado que viu Joana cantando os versos de Vassourinhas para Matias, já em 1889. Sei não.
Felinho, Félix Lins de Albuquerque (1895-1980), conhecido popularmente como O Homem dos 11 Instrumentos, nascido ali em Bonito, inventou 8 Variações para sax-alto, no meio de Vassourinhas, em 1941. O frevo foi gravado, com a novidade, em junho de 1956, pela orquestra de Nelson Ferreira, para incendiar a Terra dos Altos Coqueiros.
Infelizmente, já não se toca Vassourinhas como antigamente. Tenho uma cópia da execução original, para dizer que deram uma vassourada no Hino do Carnaval Pernambucano.
Fervoroso abraço!
Sosígenes Bittencourt

Sunday, February 03, 2013

A mente e Deus


A mente não é um lugar no cérebro, ela é trabalho, ela é movimento em busca de um objeto faltante, sempre e a todo instante. O recém-nascido não tem nada na mente e começa sua busca, simbolicamente, na primeira mamada. Deus está neste campo de busca. Ele é um objeto faltante e eterna procura. Esta verdade é infusa. O homem nasce com ela, morre com ela. Daí, a perfeita concepção das Virtudes Teologais ou virtudes infusas: Fé, Esperança e Caridade. Não há nenhum tirano que não as tenha possuído.
Sosígenes Bittencourt

De trás de minha casa


De trás de minha casa, de um alpendre, eu vejo os telhados das casas vizinhas, a rua lá embaixo, a serra lá longe, o céu escampo.

À tarde, quando é verão, as nuvens relembram minha infância. Eu ficava vendo as nuvens formar carneirinhos, às vezes um monstro. Um dia, eu vi um bule direitinho.

De trás de minha casa, eu ouço o palavreado de minha cidade, o cheiro de pão francês, ruído de caminhão, latido de cachorro. Agora, deu pra passar helicóptero, besourando, com aquela cauda de gafanhoto. Quando é amarelo e preto, eu só penso que é a polícia catando vendedor de marijuana.

Havia uma fábrica que passava a vida funcionando. Faziam biscoito. O cheiro de morango, de chocolate e frutas cítricas era tão forte que a gente acordava, de madrugada, para beber água de quartinha. Hoje, só escombros, as lagartixas se despencam dos muros, frágeis de inanição.

De trás de minha casa, vemos homens que jogam dominó para esquecer o tempo, passar as horas. Como se fosse perigoso pensar na vida. Quem bota pra pensar na vida, geralmente pensa na morte. Melhor ser um gato, um peixe, um passarinho.

Sosígenes Bittencourt

Friday, February 01, 2013

Fragmentos


Problemas com solução requerem ação.
Problemas sem solução nem trabalho dão.
Sosígenes Bittencourt