Friday, September 30, 2011

Prudência é muito mais

Há quem pense que Prudência é cautela, cuidado, e até confunda com temor. Prudência é muito mais. Às vezes, Prudência é ser violento na medida e hora adequadas. Seria, no caso, o bom uso da ira. Nenhum sentimento é bom ou mau, mas o que se faz com o sentimento. Na mitologia grega, Prudência é Métis, uma das esposas de Zeus, deus do Céu e das tempestades, deus dos deuses. Quando Métis engravidou, a deusa Gaia profetizou que ela teria um filho que destronaria o pai. Zeus, então, arretado com aquela caduquice, convidou Métis para brincar de metamorfosear, ou seja, um transformar o outro no que quisesse. Contente com a ideia, Métis se prestou para a artimanha. Sabido, Zeus transformou Métis numa mosca e a engoliu. Passados alguns dias, Zeus teve uma dor de cabeça da gota. Apavorado com a dor que só aumentava, convidou Prometeu a abrir-lhe uma fenda no cocão, delicadamente, com um machadinho. Foi daí que nasceu Atena, deusa da sabedoria, exatamente por haver sido gerada na cabeça, sede da razão e da inteligência. Copiou? Pois bem, observe o que aconteceu, certa vez, numa cidade, cujos personagens, agora, são reais.

O bêbado e a prudente

Morava numa ruazinha de uma cidade interiorana, um casal, cujo marido dava porrada na mulher todos os dias. Tomava as cachaças safadas dele e baixava a ripa na genitora dos seus filhos. A mulher urrava, os meninos choravam, uma cena de dilacerar o coração. A vizinhança não aguentava mais, sobretudo as mulheres, e resolveram insuflar na vítima a ideia de exterminar o seu carrasco, aniquilar o seu algoz. Certo dia, o doido saiu de casa ameaçando-a de morte. Avisou que iria tomar uma carraspana e voltaria para matá-la. Aí, foi o momento assaz oportuno para se prever o que aconteceria. As vizinhas entupiram um bacamarte de pólvora e deram-lhe para receber o seu prometido assassino. Quando foi lá para as tantas, à boquinha da noite, lá vem o bêbado trôpego, espumando de ódio. Porque, além de massacrar a mulher, ele ainda morria de raiva da pobre coitada. Descarregava nela seus traumas, liberava seus demônios. Quando, porém, entrou em casa e disse que chegara para cumprir a ameaça, deu de cara com a mulher sentada na cozinha, com o bacamarte encostado na ponta da mesa e voltado para o seu peito.

- Mulher, eu não disse que vinha te matar!...

- Estava enganado, você vinha morrer.

E detonou no ébrio, que seus pedaços voaram na parede. O palco ficou lambuzado de sangue e carne triturada. Do quintal, as vizinhas já gritavam: - Atira nele, Fulana! Agora, minha filha! Vai, Fulana! Ele vai te matar, abestalhada!

Bummmmmmmm! Haviam colocado pólvora demais. Elas entraram na casa, pegaram na mão da mulher e a levaram para a Delegacia.

- Vamos, minha filha, dizer que você matou esse desgraçado!

Prudente abraço!

Sosígenes Bittencourt

Thursday, September 29, 2011

Fala, Vitória

Proibido Perturbar

Vocês sabem o que é isso, ou não? É um flagrante de uma das derradeiras anarquias que aconteceram no Clube dos Motoristas O Cisne. E, pasmem, é na via pública. Imagine o horário e os decibéis deste carro-falante. A velharada não dorme, não assiste televisão nem tem o direito de sonhar. Isso, há décadas. Os inventores das festas alugam o buraco, promovem a bagunça, ensacam a grana, deixam um rastro de lixo pelo caminho e dão o pira. Agora, depois que a Promotoria de Cidadania bota moral, manda interditar o cabaré, a macacada corre atrás da Justiça pra pedir clemência. Esse pessoal é muito cara de pau. Por que não promovem essas patifarias na frente de suas casas e nos chamam para a farra? Eu sou do tempo em que cabaré era opção. Você trocava de roupa, botava perfume e ia para a Zona de Baixo Meretrício namorar. Hoje, basta um abilhudo querer abiscoitar um tutuzinho, tem cabaré na sua rua e garota safada pra danar. Cabaré, gentalha, é escolha. Tem gente que enfia a Bíblia debaixo da pata e vai rezar. Tudo é opção. Estão confundindo liberdade com esculhambação. Por isso, tem novela mostrando as virilhas para a meninada e beijos de desentupir pia à Hora do Ângelus.

Muito bem, promotores e promotoras, deixem essa toca fechada. Vocês são executores das leis, seus escravos, não são donos da lei, são aqueles que transformam a "palavra" em "ação", a "lexis" em "praxis".

Agradecido abraço!

Sosígenes Bittencourt

Wednesday, September 28, 2011

Greve de Banco

Tem umas coisinhas com que eu implico. Por exemplo: Greve de Banco, para mim, é safadeza. Não da categoria dos bancários, mas da ambição dos banqueiros. Sobretudo, hoje, quando se sabe o lucro semestral dessas casas de dinheiro.

É muita safadeza. Eles enricam às custas dos clientes e da crucificação dos funcionários. O cara trabalha feito um burro de carga, é xingado pelas filas kilométricas que tem de enfrentar e não pode cochilar, senão paga diferença de caixa. Sacou?

Depois, a clientela analógica, que precisa ir ao caixa humano, toma uma cera desgraçada, além de ter o dinheiro surrupiado de sua conta. Bota um tostãozinho lá e volta seis meses depois. Tem tanto desconto de taxa que você fica com cara de tacho. Acho que descontam até o ar que o cliente respira. É uma verdadeira esculhambação.

Tirânico abraço!

Sosígenes Bittencourt

Wednesday, September 21, 2011

Quadro de Frases



O sentimento segue aquilo que amamos. O problema, portanto, não é sentir, mas amar as coisas certas.

Olavo de Carvalho

Monday, September 19, 2011

Sem plano pras mangas

Há dois profissionais que deveriam ser bem remunerados: o professor e o médico. O professor, porque educa; o médico, porque salva. O professor forma o médico, e o médico salva o resto. O médico parece um intermediário entre Deus e a criatura. Sem médico, você pode morrer de uma cólica, de um pigarro, de uma dor de cotovelo. No entanto, quem ganha dinheiro é político e jogador de futebol. Político, porque pega no dinheiro do povo e compra o próprio povo. Jogador de futebol, porque o povo troca o pão pelo circo. Para ser político, basta querer, nem precisa ser bom da bola. Para ser jogador de futebol é preciso saber lidar com a bola, nem precisa ter juízo. Médico em greve é consequência de incompatibilidade entre trabalho qualificado e exaustivo, extrema responsabilidade e ninharia salarial. Não é brincadeira um médico ganhar o que ganha para trabalhar 24 horas por dia, e um jogador ensacar uma fortuma para correr atrás de bola duas vezes por semana. A categoria vai ficando revoltada, meu Deus. Jogador toma salva de palmas e fogos de artifício. O médico, quando salva, o paciente quer mais esquecer. Ninguém quer ir a médico, quer ir ao jogo. Por isso, os esculápios se sentem esculachados. Terminam tirando o jaleco e cruzando os braços. Desobedecem o Juramento de Hipócrates de Cós. Depois, esses Planos de Saúde arrecadam, arrecadam e sofrem de má vontade. Querem tratar médico como balconista de loja. Vá ver que tem nababo surfando sobre a grana, e o médico sem plano pras mangas.

Irremediável abraço!

Sosígenes Bittencourt

Fala, Vitória



O trio de radialistas que aparece na foto é composto por três tagarelas do rádio vitoriense. Da esquerda para a direita de quem vê, são eles: Breno Ramos, Samuca Voice e Francisco Lima. Breno atende pela metonímia 'A Pérola Negra do Rádio', Samuca é o versátil, e Francisco Lima é o disc jóquei dos recadinhos amorosos. Mas, o presente que recebi de Breno Ramos não é coisa só de rádio, é negócio pra cinema. Duas edições de sua coletânea de Sucessos do Rádio, intitulada "Saudade Antiga". Na foto, a edição nº 4. A foto deve ser da Rua do Bom Jesus, lá em Recife. Dá só uma sacada no cardápio musical que o menino de Campo Grande pescou para nós.
Hebe Camargo - Quase
Núbia Lafayette - Eu te amo
Dolores Duran - Estrada da Saudade
Emilinha Borba - Dez anos
Maysa - A noite de nós dois
Dalva de Oliveira - Vida da Minha vida
Francisco José - Nem às paredes confesso
Altemar Dutra - O troco
Miltinho - Meu nome é ninguém
Miguel Ângelo - Prova de amor
Cauby Peixoto - Inveja
Roberto Silva - Espelho da vida
Silvinho - Amor Proibido
Paulo Molin - Serenata Suburbana
Nelson Gonçalves - Doidivana
Francisco Egídio - Abandonado coração
Orlando Dias - Mentiste-me
Anísio Silva - Meu tema é você
Sosígenes Bittencourt

Saturday, September 17, 2011

O bom tratamento

O ser humano é cativo do bom tratamento.
Há diferença entre VER e OLHAR, OUVIR e ESCUTAR.
Olhar é ver com atenção. Escutar é ouvir com atenção.
Há quem conquiste, mostrando.
Há quem conquiste, olhando.
Há quem conquiste, falando.
Há quem conquiste, escutando.
A paciência é a maior das virtudes,
porque não há virtude sem paciência.
Sosígenes Bittencourt

Friday, September 16, 2011

Fragmentos (Retrospectiva)


Há 24 anos

No silêncio dos motéis, multiplicam-se as sementes do aborto.
Na cidade, todo dia, dorme um homem sadio e acorda candidato a vereador.
Os estudantes do vestibular sempre acharam Drummond “uma pedra no meio do caminho”.
A televisão não ensina a pescar, ensina a desejar o peixe.
A Demagogia é o governo do governo, pelo governo, para o governo.
Tomou um choque, agarrado na conta da luz.
(Setembro - 1987)

Há 23 anos

O presidente, por ocasião do desfile, foi aplaudido com a boca.
O Brasil deverá ser campeão olímpico em arremesso de empregado ao olho da rua.
A ideia de que fumar é prejudicial à saúde deve ser intragável para o fumante inveterado.
Não sou candidato a vereador, sou candidato a eleitor.
(Setembro - 1988)
Sosígenes Bittencourt

Preconceituoso?


Eu não sei por que as pessoas fazem questão de contar na barbearia, na manicure, na praça pública, suas intimidades sexuais. Depois, achando pouco, dão-se as mãos e saem em passeata. Porra, se você gosta de transar num tanque de mijo, isso só interessa a você e sua caça. Por que tem que sair com um penico na cabeça e um microfone na boca revelando essa bizarria? E ainda vêm me chamar de preconceituoso. Meus avós nunca desfilaram para decretar que eram heterossexuais. Eu nunca fiquei numa esquina bradando que gostava de mulher, apalpando a nádega alheia. Eu acho que estão confundindo liberdade de expressão com desrespeito, esculhambação e injúria. Sabe qual o resultado disso? Esquizofrenia coletiva. Se você for educado, conjugar o verbo no pretérito mais-que-perfeito, já estão pensando que você é menina. Se você se acocorar na calçada e der um caramelo a um guri, já estão pensando que você é pedófilo. Vamos fazer as coisas entre quatro paredes, macacada. Sexo é prazer pessoal, você pode passar por dentro do outro, cada um sente prazer com as suas virilhas. Tá ligado?

Equivocado abraço!

Sosígenes Bittencourt

Tuesday, September 13, 2011

Eu em Recife.

Isso sou eu, em Recife, no dia em que fui dar uma aula inaugural a uns alunos de Engenharia na Universidade Federal de Pernambuco. Fiquei ancho com a recepção. Foi a primeira vez que senti uma incontrolável vaidade intelectual. Os estudantes ficaram atentos, eu discursando sobre O Milênio do Saber. Ai de quem não souber; será portador de deficiência. A motivação foi recíproca, em mão dupla, os alunos me motivaram. Fui falar uma coisa, falei uma miríade. Parecia o homem da cobra. Senti, pelos corredores da Universidade, a circunspecção de uma procissão de lentes. No campus, a aragem do porvir. Principalmente, minha morte. Depois, fomos a um restaurante numa avenida movimentada da cidade. De frente para a calçada, vi um Recife encimentado sobre o Recife que vi quando menino. Aqui e acolá, um fragmento do Recife de Gilberto Freyre se balançando na Vivenda de Santo Antônio de Apipucos, de João Cabral de Melo Neto com sua invenção de vidas severinas, de Manuel Bandeira e sua cabeçorra vigiando a Rua da União.

O garçon: - O sanitário dos homens fica ali. Não deixe o celular na mesa. Os meninos levam.

Eu, ingênuo: - Que meninos?

O garçon: - Qualquer um.

Putz! Levar celular já faz parte de nossa cultura. Assim como não ceder a poltrona do ônibus aos idosos e, sobretudo, mulheres emprenhadas. Aí, lembrei-me do poeta Mauro Mota, para o meu consolo: "Quem morre, em Recife, engana a morte."

Saudoso abraço!

Sosígenes Bittencourt

Saturday, September 10, 2011

Diálogo

Lady Astor: - Winston, se você fosse meu marido, eu iria temperar o seu café com veneno.

Winston Churchill: - Madame, se eu fosse seu marido, eu iria bebê-lo.

Fala, Vitória

GRAMATICALMENTE INCORRETO

Soube do erro crasso perpetrado através de matéria publicada em um blog da cidade. "A Independência do Brasil, é uma conquista de todos." Claro que não se usa vírgula, separando o sujeito do predicado na ordem direta.

Essa aberração é proveniente da pouca importância que se dá à Língua Portuguesa, à Cultura, ao Conhecimento, tanto por parte dos governos, como por parte do povo.
O governo, porque não privilegia a educação; o povo, porque não busca aprender.
Por isso, Garota Safada junta 5 mil pessoas na minha rua e gatos pingados vão a uma palestra.
Agora, é bom salientar que a situação dos políticos já não é a mesma depois da internet. Antigamente, o político escalava o palanque, falava, e o povo ouvia. Hoje, no momento em que o político está falando, a internet está registrando, e os internautas dando opinião em tempo real.
Separar o "sujeito" do "predicado" numa oração, estampada sobre prefeito e corpo administrativo, no Dia da Independência(?) do Brasil, é prova cabal de que o presente a que chegamos denuncia o passado que tivemos.
Relaxado abraço!

Sosígenes Bittencourt

Friday, September 09, 2011

O Porco


(Recebi este texto por e-mail e resolvi postar no blog, tanto para poder acessá-lo sempre que quiser, como para disponibilizá-lo aos meus leitores. Boa leitura, boa sorte e aquele abraço! Sosígenes Bittencourt)


Aos amigos que sempre "carregaram o piano".
Quando estiverem desanimados lembrem-se do PORCO!

Um fazendeiro colecionava cavalos e só faltava uma determinada raça. Um dia ele descobriu que seu vizinho tinha este determinado cavalo. Assim, ele atazanou seu vizinho até conseguir comprá-lo. Um mês depois, o cavalo adoeceu, e ele chamou o veterinário que disse: - Bem, seu cavalo está com uma virose, é preciso tomar este medicamento durante três dias. No 3º dia, eu retornarei e caso ele não esteja melhor será necessário sacrificá-lo. Neste momento, o porco escutava a conversa. No dia seguinte, deram o medicamento e foram embora. O porco se aproximou do cavalo e disse: -Força amigo, levanta daí senão será sacrificado!!!.
No segundo dia, deram o medicamento e foram
embora. O porco se aproximou novamente e disse:
- Vamos lá amigão, levanta senão você vai morrer! Vamos lá, eu te ajudo a levantar. Upa! Um, dois, três...
No terceiro dia, deram o medicamento e o veterinário disse: - Infelizmente vamos ter que sacrificá-lo amanhã, pois a virose pode contaminar os outros cavalos.
Quando foram embora, o porco se aproximou do cavalo e disse: - Cara, é agora ou nunca! Levanta logo, upa! Coragem! Vamos, vamos! Upa! Upa! Isso, devagar! Ótimo, vamos, um, dois, três, legal, legal, agora mais depressa, vai... fantástico! Corre, corre mais! Upa! Upa! Upa! Você venceu campeão!!!
Então, de repente, o dono chegou, viu o cavalo correndo no campo e gritou: - Milagre!!! O cavalo melhorou. Isso merece uma festa! Vamos matar o porco!

Pontos de Reflexão: Isso acontece com freqüência no ambiente de trabalho. Ninguém percebe qual é o funcionário que realmente tem mérito pelo sucesso, ou que está dando o suporte para que as coisas aconteçam.
Saber VIVER sem ser RECONHECIDO é uma ARTE!
Se algum dia alguém lhe disser que seu trabalho não é o de um profissional, lembre-se: amadores construíram a Arca de Noé, e profissionais, o Titanic.
Procure ser uma pessoa de VALOR, ao invés de ser uma pessoa de SUCESSO!

Thursday, September 08, 2011

Análise Sintática do Hino Nacional


Na realidade, "do Ipiranga" faz parte do sujeito da oração, mas o núcleo é "margens", ou seja "As margens plácidas do Ipiranga".

Portanto, vamos remontar a oração, colocando-a na ordem direta:

As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heróico.

E margens ouvem? Metaforicamente, sim.

As margens plácidas (calmas, tranquilas)

do (riacho) Ipiranga

ouviram o brado (grito) retumbante de um povo heróico (o povo brasileiro, ali representado por Dom Pedro I, que bradou: Independência ou Morte!

Sosígenes Bittencourt

Tuesday, September 06, 2011

Fala, Vitória

Esculhambação no bairro do Cajá

Caramba, a coisa ficou preta , ontem, na minha rua, por ocasião de festa promovida no Clube dos Motoristas, O Cisne. Logo às vésperas da parada militar, do Dia da Independência. Trouxeram um conjunto não sei de onde, pra tocar não sei o quê, e não sei quem varou a madrugada, desrespeitando o Art. 42, da Lei de Contravenções Penais, que versa sobre a perturbação do sossego alheio. A macacada invadiu a via pública, estacionou o carro movido a estrondo, botou música que homenageia corno e prostituta, e acordou a velharada romântica, que ficou perambulando por dentro de casa, sem poder dormir. Quer dizer, por que os promotores dessas festas não fazem uma esculhambação dessa na porta da casa de suas genitoras? Afinal, foram elas que os pariram, elas que os excretaram. Vêm afanar a grana no batente dos outros, não trazem suas famílias e não têm a ombridade nem de convidar a Polícia para a festa. Depois, deixam um rastro de lixo no meio do caminho e fogem com o tutu surrupiado dos trouxas. Porque o cara que paga pra ouvir aquilo não tem um pingo de juízo e está entregando a migalha ao bandido. Êi! otário, os caras que comeram teu dinheiro odeiam esses conjuntos! Machado de Assis dizia que toda cidade tinha que ter um doido, para chamar as pessoas à razão. Sei que não funciona, mas vale a pena ser esse doido. Cabaré é opção, não pode ser imposto a ninguém. Uma coisa é você trocar de roupa, botar perfume e ir ao cabaré, outra coisa é o cabaré vir para sua porta. Eu não sou puritano nem quero ser, mas nunca fiz bagunça na porta dos outros. Sou do tempo em que não se fazia passeata para revelar preferência sexual. Daqui a pouco, vão desfilar, para revelar os prazeres mais bizarros. Vão requerer o direito de não ser molestado porque transam com galinhas. Por que não fazem passeata para defender o direito de roubar? Ora pinoia!

Esculhambado abraço!

Sosígenes Bittencourt

Friday, September 02, 2011

FRAGMENTOS

Novo Grito de Independência: Educação ou Morte!
Sosígenes Bittencourt

Thursday, September 01, 2011

FRAGMENTOS

Forte não é quem bate, mas quem defende.

Rico não é quem tem, mas quem ajuda.

Inteligente não é quem humilha, mas quem ensina.

Sosígenes Bittencourt

Você é um exemplo

Um amigo das antigas me procura desesperado.
- Professor, o meu menino está bebendo.
- E o que você está pensando em fazer?
- Não sei. Não tenho autoridade.
- E por que você não tem autoridade?
- Porque eu bebo.
- Então, sirva-lhe de exemplo.
- Que exemplo?
- O mal exemplo.
- Como assim?

- Dê-lhe o conselho e mostre como você está. Pergunte se ele quer terminar como você está. Só não fique calado, para não morrer de remorso. Fale brando, mas firme quanto ao seu erro. Você não precisa ser arrogante, seu reflexo é o maior discurso que você pode dar.

Exemplar abraço!

Sosígenes Bittencourt

A poesia é essencial


Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,

mas não esqueço de que a minha vida é a maior empresa do mundo.

E que posso evitar que ela vá à falência.

Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver,

apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.

Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas

e se tornar um autor da própria história.

É atravessar desertos fora de si,

mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.

É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.

Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo.

É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica,

mesmo que injusta...

Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo."

Fernando Pessoa