Thursday, November 28, 2013

A imaginação viaja, morcegando para-choque de caminhão

O camarada arrumou uma mulher de vida fácil, colocou na boleia do caminhão e danou-se a desfilar pela cidade. A mãe ficou indignada. Quanto mais ela reclamava, menos o camarada ouvia, apaixonado pela sujeita.

Um dia, em total respeito a sua genitora, resolveu mudar a advertência do para-choque do caminhão: MÃE, TENHA DISTÂNCIA.
Sosígenes Bittencourt

Wednesday, November 27, 2013

Fragmentos (no túnel do tempo)

(Há 26 anos)
*Deus deu ao homem a água, e o homem deu ao homem a conta d’água.
*No Dia de Finados, choramos por nossos mortos e por nós mesmos um dia.
*Na orla marítima, em tempo de fio-dental, o binóculo procurava um biquíni.
*O que mais aconselharia à polícia era não botar a mão no preso com o ódio do contracheque.
*Agiota até no amor, só dá um beijo por dois.
*Só nas Provas de Recuperação é que se conhece o pai do aluno irrecuperável.
(Novembro - 1987)

(Há 25 anos)
*120 dias de licença-maternidade são mais do que o suficiente para a mulher retornar grávida ao trabalho.
*O preço do tira-gosto tira o gosto de beber.
*No dia das eleições, é proibido vender bebida alcoólica e fugir da cachaça de votar.
*Urge que se crie o Pronto Socorro do tempo, para socorrer as vítimas do Horário de Verão.
*Mais um avião cai na Cordilheira dos Andes. Impõe-se um conselho: não andes pela Cordilheira.
(Novembro - 1988)

Sosígenes Bittencourt

Monday, November 25, 2013

Não ria se puder

Ladrão Soft
O assaltante chega e aborda uma senhora:
- Bom dia, como vai?
- Bem, obrigada.
- Olhe, eu sou um assaltante e desejaria que a senhora me passasse os pertences, por bondade.
- Pois não. - Diz a assaltada e passa-lhe os objetos pessoais.
- Por favor, minha senhora, observe o que está me entregando para não me acusar de ter roubado o que não roubei. – Explica o ladrão insuportavelmente ético.
- A senhora vai para casa de quê? – Apieda-se o ladrão soft e sofisticado.
- De ônibus, meu senhor.
- Não, madame, esses ônibus são muito perigosos para uma mulher da sua idade. Eu vou lhe dar o dinheiro do táxi. – E estende-lhe a passagem, o zeloso ladrão soft.
E, aí, finalmente, despede-se o bom ladrão, invocando o nome do Senhor: - Deus te dê em dobro o que eu te tenho roubado.

Sosígenes Bittencourt

Friday, November 22, 2013

Intimidade

No íntimo,
eu não desejaria fazer poesia
com as estrelas,
eu queria fazer um céu
onde o meu leitor pudesse morar,
um sol sob o qual
o meu leitor pudesse se aquecer,
um paraíso onde o meu leitor pudesse amar.

Sosígenes Bittencourt

Thursday, November 21, 2013

Depoimento de um discriminado

Diz que Mario Balotelli, que jogava no Manchester City e agora está no Milan, dá 50% do seu ordenado às crianças pobres da África.
"Eu sou naturalizado italiano, mas sou de Gana. Fui abandonado pelos meus pais e adotado por dois anjos. Sofro de racismo todos os dias. 
Este é um depoimento pungente de uma vítima de racismo, apesar do status que conseguiu, provavelmente, a duras penas.
Preconceito é dentro. Discriminação é fora. A Discriminação é a exteriorização do preconceito. Preconceito é sentimento. Discriminação é ação. Preconceito é uma rejeição silenciosa, disfarçada. Discriminação é uma rejeição manifesta.
Quem discrimina negro, discrimina branco. Quem mata um negro, mata um branco. É defeito de caráter. Quem mais discriminou e matou negro no mundo foram os próprios negros africanos. Porém, discriminavam e matavam brancos também. Mario Balotelli é uma pessoa humana, perturbada por desumanos. Agora, piada é o que os políticos africanos fazem com as doações: desviam e roubam. A África é vítima de FALTA DE EDUCAÇÃO e CORRUPÇÃO, o que não faz inveja ao Brasil.

Sosígenes Bittencourt

Tuesday, November 19, 2013

O pequeno Joaquim e suas rapinas de estimação

Triste foi o destino do pequeno Joaquim. O único que não tinha o discernimento necessário para entender que iria ser morto por suas rapinas de estimação.
Seus pais se separaram, porque sua mãe, a psicóloga Natália Ponte, endoidou por um usuário de drogas. Como diria o psicanalista mineiro Rubem Alves: O estudo da Psicologia não faz pessoas equilibradas.
Natália deixou o pai de Joaquim, porque se apaixonou por Guilherme Longo, um doido que precisava de socorro psicológico. Ora... se ela desejava atendê-lo em domicílio, por que não deixou o menino nas mãos do pai e arriscou sua própria vida?
O pai de Joaquim, em vão, implorava pela guarda do menor. E Natália nada. Toda vez que Guilherme endoidava, Arthur Paes implorava. E Natália nada.
Arthur Paes queria paz, Guilherme Longo queria matar o menino, e a psicóloga não fazia nada.
Quem mais sabia do risco de morte que corria a criança? Os vizinhos? Porém, mais indignados com capítulo de novela e embevecidos com dupla caipira e futebol, também não faziam nada.
Se o pai do menino, num assomo de temor pela morte do filho, tivesse metido o pé na porta e atirado no casal “infanticida”, teria sido acusado de ciumento.
Pobre Joaquim Ponte, menino de 3 anos, sorrindo, inocente, para os seus algozes. Não foi o primeiro nem será o último a falecer nas mãos dos Herodes de nosso tempo.
A diferença entre Herodes e os assassinos de nosso tempo é que Herodes não era pai das crianças que mandou matar.
Sosígenes Bittencourt

Monday, November 18, 2013

Não ria se puder

Assalto Soft
Estamos vivenciando uma nova era, a do assalto SOFT. Aconteceu num banco. Uma cliente contou que os assaltantes eram educadíssimos, de barba feita, cheirosos, um espetáculo! Um deles arrodeou o caixa e disse ao atendente: - Receba o dinheiro desta senhora e autentique o depósito. Nós não somos assaltantes de clientes, somos assaltantes de banco.
Emocionada, a mulher confessou: - Eu nunca vi um assaltante daquele. Ah! se o meu marido fosse delicado daquele jeito... Fiquei impressionada, porque o meu marido é desajeitado e ignorante pra cacete.

Sosígenes Bittencourt

Saturday, November 16, 2013

Que República?

O que eu mais desejaria, no Dia da Proclamação da República,
era que fosse proclamada a REPÚBLICA.
É que a República que proclamaram foi pior do que a Monarquia que derrubaram. Ao que nos consta, o Imperador Dom Pedo II não cometeu a deslavada CORRUPÇÃO que os republicanos perpetram. Então, é preciso Proclamar a República na obediência ao sentido etimológico da palavra: RES + PUBLICA = coisa pública. O nosso presidencialismo transfere a "coisa pública" para a "coisa privada", ou seja, comete o maior crime contra a REPÚBLICA, que é a "CORRUPÇÃO".

O filósofo, matemático e teórico político inglês Thomas Hobbes (1588-1679) diz, em sua obra LEVIATÃ, a propósito de descrever o Estado Ideal, que a REPRESENTAÇÃO é uma atitude tomada em nome do próximo. Em nossa República, os nossos REPRESENTANTES tomam atitudes em nome de SI PRÓPRIOS. Eles corrompem a Democracia, governando, eles, por eles, para eles, ao contrário do que preceituava o político estadunidense Abraham Lincoln (1809-1865) dizendo ser a Democracia "O governo do povo, pelo povo, para o povo." Compreende? 
Sosígenes Bittencourt

Friday, November 15, 2013

Rimas Pernambucanas

Salgadinho, Salgueiro e Panelas
Água Preta, Águas Belas

Cortês e Custódia
Orobó e Orocó

Bezerros, Lagoa dos Gatos
Sairé e Saloá
Sanharó e Santa Maria do Cambucá

Aliança e Calçado
Pedra, Lajedo e Granito
São José do Egito

Gameleira e Afogados da Ingazeira

Taquaritinga do Norte e
São Benedito do Sul
Serinhaém e Tracunhaém

Bonito, Rio Formoso
Quipapá e Gravatá
Inajá e Itamaracá

Frei Miguelinho, Santa Terezinha
Petrolina e Petrolândia
Camarajibe e Santa Cruz do Capibaribe

Goiana e Cumaru
Camutanga, Ipubi e Jupi
Camucim e Itapetim

Poção, Pombos
Xexéu e Exu
Calumbi e Caruaru

Iati e Ouricuri
Agrestina e Abreu e Lima
Moreno e Amaraji

São Caetano, São Joaquim do Monte
São José da Coroa Grande
São José do Belmonte

Solidão e Tacaimbó
Jaboatão e Cabrobó

Ibirajuba, Itacuruba
Jataúba e Timbaúba

Palmares e Palmeirinha
Vertentes e Verdejante
Macaparana, Paranatama
Tuparetama e Toritama

Cedro, Machados e São João
Chã de Alegria e Jaboatão
Triunfo, Venturosa e Glória
Vitória de Santo Antão

Sosígenes Bittencourt

Monday, November 11, 2013

Não ria se puder

Mortonauta
Não só saber VIVER, 
mas saber MORRER também é uma arte.
Sosígenes Bittencourt

Síndrome da segunda-feira

Aprendi a gostar da segunda-feira quando comecei a respeitar odomingo. Vê-lo como dia de reflexão e repouso. E dentro do plano de refletir, obviamente, há o de esvaziar a mente, ficar um pouco sem pensar na vida, deixando fluir pelo corpo uma boa música, ver um filme leve, uma história de amor, talvez. Não Saia Rodada, mas ouvir um clássico, tomar um solo de violino, um piano. Conheço amigos que pegam a estrada e vão tomar birinaite na praia para descansar. Funciona? Outros vão ao pagode, remexer o esqueleto para relaxar o quadril.
Mas, o grande pânico da segunda-feira pertence àqueles que TRABALHAM. Quer dizer, os que NÃO GOSTAM DO OFÍCIO, e é a maioria. Não sei se é do conhecimento de todos, mas trabalho vem de "TRIPODIUM", um artefato de tortura medieval em forma de cruz. Só quem exerce uma atividade por VOCAÇÃO é que não sente que está trabalhando no sentido de estar sendo torturado, pois vocação quer dizer "CHAMAMENTO", é um chamado interior, ânimo, inspiração.
Contudo, apresentemos uma saída. Baseio-me em minha experiência. Uma das atitudes que sugiro para você fazer o que gosta é APRENDER a gostar do que faz. E uma das tentativas para alcançar este objetivo é procurar fazer BEM FEITO. Uma de minhas práticas mais eficazes é organizar o ambiente de trabalho, tanto do ponto de vista estético quanto do ponto de vista burocrático. Quem chega em meu ambiente de trabalho, sente a impressão de que há vários funcionários trabalhando. No entanto, produzo tudo sozinho, muito embora não saiba até quando.
Bom dia e aquele abraço!

Sosígenes Bittencourt

Sunday, November 10, 2013

Repercussão de um seio

Um dia, eu vi um seio nuzinho pelo buraquinho da fechadura. Eu nunca tinha visto aquilo que só tinha o direito de imaginar.
Às vezes, ficava revirando um corpete, escondido por trás da porta, os olhos encatitados, com medo de levar uma surra, medo de pecado, medo de castigo, medo de deus.
Naquela época, criança não podia ver tudo que queria. Criança era temente a Deus. Havia infância naquela época.
Foi no tempo que menino brincava com caixinha de xarope, colecionava tampinha de garrafa. Imagine um seio, um seio nuzinho. Um seio alaranjado, recebendo uma réstia de sol pela brecha do telhado. Parecia um pudim de carne.
Era uma dessas Marias criadas no meio do mato, matuta acanhada. Eu não sabia se ficava ou se corria, o medo me atrapalhava. Eu ia lá, vinha cá, o seio ali, nuzinho, servindo de vitrine à minha curiosidade.
Um dia, mainha me pegou correndo pelo quintal, ofegante, todo espantado. Gaguejei tanto que levei uns tabefes para dizer o que estava fazendo. Não era nada, não era nada, era eu querendo ver o seio nu, doido para sentir aquela emoção de novo.
Revelava-se o futuro cidadão, morto de curiosidade. Já dizia o poeta inglês William Wordsworth: A criança é pai do homem.

Sosígenes Bittencourt

Thursday, November 07, 2013

Recordar é Viver

(No tempo de eu menino)
Dentre as figuras lendárias e bizarras das quais tive notícias e algumas conheci, em Vitória de Santo Antão, espero que alguém relembre MANÉ CAPÃO, MÃO DE ONÇA, CAFINFIM, PAPA-RAMA, DIDI DA BICICLETA, BIU LAXIXA E O CORCUNDA ANÍBAL.
MANÉ CAPÃO tinha os trejeitos de um primata. Haja vista que andava de pernas arqueadas, pendendo para os lados, erguendo a cabeça e fazendo bico com a beiçola. Às vaias e insultos que recebia, respondia na pedrada. Não é preciso dizer que lascou cabeça de gente, estilhaçou vidraças e botou muito sujeito pra correr. Recordemo-lo. Penso que quem o insultava era pior que ele.
MÃO DE ONÇA nunca deu um soco num atrevido para não vê-lo estatelado no chão. PAPA-RAMA brigava com 4, na braçada. Parecia um viking. DIDI DA BICICLETA tinha o corpo fechado, porque a caixa dos peitos era rendada de tiros sem ter baixado à sepultura. CAFINFIM dava óleo queimado para os presos beberem, e BIU LAXIXA era tão doido que, quando corria na frente, ninguém corria atrás. E ainda tinha FERRO, um negão que dava beliscão em menino.
Não sei quem se lembra, mas eu conheci a figura cinematográfica do CORCUNDA ANÍBAL. Andava pelas ruas resmungando e exalando um nauseante aroma de pão e banana, como se fosse um personagem de filme de terror. Aníbal tinha o hábito de apalpar  o seio das mulheres, o que o tornava mais apavorante. Não sei do que morreu nem exatamente quando, o que lhe empresta uma feição misteriosa e hugoana, à la O Corcunda de Notre Dame.

Sosígenes Bittencourt

Wednesday, November 06, 2013

Aposentado e Imposto de Renda

Na realidade, quem vive de renda é quem negocia.
Aposentado vive de provento de aposentadoria.
Por isso, não dá para entender aposentado pagando Imposto de Renda.
Aliás, no Brasil, quem menos tem condições, paga Imposto, porque não pode sonegar, e quem mais tem condições, sonega Imposto, porque pode sonegar.
O Brasil tem dois problemas gravíssimos: não fiscaliza a cobrança de impostos nem fiscaliza o destino dos impostos.
Fiscalizar não é apenas obrigar a pagar, é punir quem sonega.
Fiscalizar o destino da arrecadação é punir apropriação de dinheiro público, que significa CORRUPÇÃO, a maior inimiga da República (de "res" + "publica", que quer dizer "coisa" "pública"). 
Sosígenes Bittencourt

Tuesday, November 05, 2013

Vai começar a aula

Vai começar mais uma aula de Português. 
Atenção, meninos, vamos começar nossa aula, conjugando o verbo AMAR no presente do indicativo, porque sem amor nada será resolvido. Eu recito primeiro e depois vocês imitam: 
eu amo
tu amas
ele ama
nós amamos
vós amais
eles amam. 
Vamos lá! (tarará, tarará, tarará) Muito bem! Ficou meio desentoado, mas depois exercitamos a harmonia.
Agora, recitemos o verbo ODIAR, acompanhado do advérbio de negação NÃO, para expulsar essa coisa ruim do nosso coração. Eu recito primeiro e depois vocês imitam: 
Eu não odeio
tu não odeias 
ele não odeia
nós não odiamos
vós não odiais
eles não odeiam. 
Vamos lá! (tarará, tarará, tarará) Muito bem! Ficou mais harmonioso, mas sem a força necessária para o exorcismo.
Bem, agora, um minuto de silêncio para a gente se concentrar. Fechem os olhos e pensem na Língua Portuguesa como riqueza interior. Um minuto de silêncio.
Pronto! Nossa aula é sobre SUJEITO e PREDICADO. Tudo que existe é SUJEITO, e tudo que se diz do Sujeito é PREDICADO. (...)
Boa sorte!
Sosígenes Bittencourt

Monday, November 04, 2013

Em frente ao cemitério

Em frente ao Cemitério da cidade, havia um pega-bêbado, cujo proprietário, que via o desfile dos mortos há anos, afirmava não acreditar na própria morte. Convém salientar, nesse instante, que o mesmo já se encontra rigorosamente morto.
Certa madrugada, vieram uns feirantes lá dos lados de Natuba e me pediram que recitasse uns versos com o cemitério, mas que fosse coisa simples, pois não entendiam de palavras difíceis.
Pedi licença para ir ao sanitário e, quando voltei, recitei uns versos que aprendi com o motorista Amaro Luiz de França, popularmente conhecido como Mário do Bar ou Mário da Praça:
Rezei mais de um mistério
quando pensava na vida
que a diferença da vida 
pra morte é um caso sério.
Olhando pro cemitério
com suas portas fechadas
cruz pendida, cruz quebrada
catacumba velha e nova
tudo isso é dando prova
de que a vida não vale nada.
Os matutos meteram a mão no bolso e pagaram a conta. Ficaram contentes com a poesia, recitada em frente ao cemitério.
Fúnebre abraço.
Sosígenes Bittencourt

Saturday, November 02, 2013

Dançar é preciso

5º Baile Classe “A” dos Monges: Sosígenes e Gorete

O dramaturgo irlandês Bernard Shaw (1856-1950) resumiu a sensação neurodinâmica de dançar: A dança é uma expressão vertical de um desejo horizontal.

No dia que "me morreram"

Sim, é isso mesmo. Vez por outra, inventam que eu morri. Não sei se pela vontade de que eu morra, ou por achar lógica no boato.
Tem gente que mente para se distrair. Em outros, pode ser uma tara ou uma questão psicanalítica.
Eu sei que a mentira tem de ter lógica, senão ninguém acredita. Também creio que inventar a morte de alguém merece  imaginação, arte, e eu me presto para dar dimensão a essa mentira. O ruim é alguém não ir ao meu verdadeiro sepultamento, porque julgou haver sido mentira a nota de falecimento. Compreende?
Sobre a expressão "ME MORREREM", explico que, na realidade, eu não morri, nem me mataram, "me morreram" - verbo que criei para traduzir quando inventam minha morte. Portanto, como não passei para o outro lado, posso também inventar o outro lado. E aí, quando me imaginei morto, inventei um planeta só de mulheres, o que traduz minha compulsão metafísica pelo gênero feminino. Também nunca vi uma ninfa espalhar que eu havia morrido.
Aliás, morrer de mentira faz mais sucesso do que morrer de verdade. Não é todo dia que se é um morto andando pela cidade.
Inventado abraço!

Sosígenes Bittencourt

Friday, November 01, 2013

Quadro de Frases

Eu fui o que tu és, e tu serás o que eu sou,
pensa nisto e vai com Deus.
Inscrição Tumular