Sunday, June 28, 2015

LOUCO DA BOA LOUCURA


Eu sempre tive essa mania de escrever. Até que, em 1987, eu passei a escrever para ser lido. Ou seja, antes, eu escrevia para não esquecer ou não ter que me lembrar do que estava pensando. Na realidade, a gente escreve quando valoriza o que pensa, quando não quer esquecer o pensamento. Mas, depois, eu achei que não tinha graça eu escrever só para mim e resolvi escrever para todo mundo. Ninguém deve negar sua arte ou suas verdades, suas descobertas, até para submetê-las à análise dos semelhantes. Talvez, seja uma imprudência escrever para ser lido, mas talvez seja uma imprudência morrer abraçado com suas verdades sem discuti-las. E, aí, quando começaram a me chamar de maluco, fiquei entusiasmado. Era sinal de que eu estava vencendo o medo de ser sincero e despertando curiosidade sobre minhas maluquices. Ninguém é imune a maluquices. Ora, eu estava enlouquecendo da boa loucura. Há quem colecione galo de briga e ninguém diz nada. Ademais, ninguém consegue se destacar sem uma pitada de loucura. O que dizia o filósofo Aristóteles, trezentos anos antes de Cristo?
Sosígenes Bittencourt

Saturday, June 27, 2015

VEREADOR EDMO NEVES



Professor Edmo lamenta morte de Dona Eunice Xavier
Foi com muito pesar que o Professor Edmo Neves (PMN) recebeu a notícia da morte de ex-presidente de Instituto Histórico e Geográfico da Vitória de Santo Antão, Dona Eunice Xavier.  Ocorrido na manhã deste sábado (2706).
“Esse ano não está sendo fácil para a cultura vitoriense. Perdemos Padre Renato, Dra. Diva e agora dona Eunice. Três dos mais importantes defensores da nossa história. Aqui, externamos nossos sentimentos. Gostaria de abraçar em pesar seus filhos, netos, bisnetos e toda à família, na pessoa da sua filha, Ilma. Dra. Maria Eunice de Xavier Coelho” lamenta o vereador.
Professora Eunice Xavier era viúva do juiz Aloísio Xavier, foi uma mãe de família exemplar e, mesmo morando no Recife, nunca abandonou a sua casa em Vitória de Santo Antão, próximo à Praça Duque de Caxias. Tiveram seis filhos: Aluísio José, Maria Eunice, Graça, Frederico, Gustavo e Fátima. Durante toda sua vida, foi uma mulher de vanguarda, que participou ativamente da vida cultural do nosso município. 
Por quase 20 anos esteve na Presidência do Instituto Histórico e Geográfico da Vitória de Santo Antão. Sua gestão destacou-se pela restauração das instalações do Silogeu e da fachada do prédio do IHGVSA – na Rua Imperial. Trabalhou ativamente para melhoria do Museu Sacro, executou a criação do Museu da Imprensa e climatização do Salão Nobre. Destacou-se também por sempre realizar e incentivas às comemorações da Batalha do Monte das Tabocas, no IHGVSA, bem como da data Magna do município. 
Dona Eunice sempre esteve presente às festas do Padroeiro Santo Antão e demais celebrações organizadas pela paróquia Matriz de Santo Antão, como também participou ativamente do Ciclo dos Amigos da Vitória. Era certo encontrá-la em Vitória no Carnaval e em dias outros dias festivos, quando as portas do seu sobrado eram abertas para os amigos e familiares.

IMPRESSÕES SOBRE GEORGES ORWELL



Coragem de expor ideias era uma virtude orwelliana. Vivemos uma crise de ideias, uma perseguição àqueles que têm ideias, principalmente quando diferem do modelo imposto pelo aparato midiático.
Exatamente porque tinha a coragem de pensar e revelar suas ideias, foi um futurista cujas razões o tempo terminou por comprovar. Eu não posso ver uma câmera filmando pessoas num shopping ou no meio da rua para não me lembrar de Georges Orwell. Será que haveria consentimento para revelar o inventor de "1984" em nossas escolas?
Quando você não pensa por si próprio, ou seja, pensam por você, você está preso. Esta falta de consciência aprisiona a multidão nas ruas, no vale, na montanha. Contudo, se você pensa com sua mente ou tem consciência do que pensa, você está livre da imposição alheia, mesmo que esteja encarcerado. Compreende?
Sosígenes Bittencourt

Friday, June 26, 2015

MULHER ASSASSINADA POR COMPANHEIRO EM VITÓRIA DE SANTO ANTÃO

Uma mulher foi morta pelo companheiro na noite dessa quarta-feira (24), em Vitória de Santo Antão, Zona da Mata do Estado. Maria Vilma da Silva, 25 anos, levou um golpe de faca na barriga e morreu em cima da cama do casal em um imóvel na Rua Rio Grande do Sul, no Loteamento Colinas do Canadá, área urbana da cidade. O responsável pelo crime foi identificado como Antônio Estênio, que acabou preso ainda no local pela Polícia Militar.
A motivação para o homicídio, segundo o executor, teria sido um desentendimento que os dois tiveram enquanto ele bebia no lado de fora da casa. Embriagado, Antônio pegou a arma e atingiu a companheira após discutirem. Depois do crime, o acusado ainda tentou estancar o ferimento da vítima após seus pedidos de socorro. Capturado em flagrante, ele foi levado ao Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), no Recife, onde prestou depoimento e foi autuado. O corpo da vítima foi encaminhado ao Instituto de Medicina Legal (IML), na área central da capital.
(Fonte: A Voz da Vitória)

O historiador alemão Friedrich Schiller (1759-1805) dizia: A loucura é breve, longo é o arrependimento.
Segundo relato, o criminoso agiu sob violenta emoção, tanto que, ao observar o resultado, imediatamente tentou estancar o sangue da vítima, não evadindo-se do local. Quer dizer, agiu por impulso e arrependeu-se instantaneamente, logo irá pervagar sua via crucis de arrependimento. O remorso é uma dor solitária, é uma condenação interior, o tribunal da consciência.
Por outro lado, a vítima, do ponto de vista da VITIMOLOGIA, contribuiu com a própria morte quando viveu expondo sua vida àquele que se demonstrava predisposto a matá-la. Quando se diz que a paixão é cega, refere-se à passividade do apaixonado diante do seu algoz. Quer dizer, ela enxergava, mas não queria encarar o que via, negava-se a aceitar o que via, porque não tinha força para rejeitá-lo. 
Sosígenes Bittencourt