Friday, April 30, 2010

Fala, Vitória

Tarado de Lídia preso em Redenção
A polícia pegou o desempregado Vagner Firmino, habitante de Lídia Queiroz, correndo atrás de uma mulher, com uma arma de brinquedo, querendo brincar no trevo, no bairro de Redenção. Depois de reconhecido, a população ainda quis brincar de estupro com Vagner, mas a polícia se meteu.
Antigamente, quando as mulheres cobriam os joelhos e não exibiam as fronteiras dos seios, não se via tanto tarado pelas ruas. Pelo menos, sou do tempo em que mulher usava corpete e espartilho, e não me lembro de nenhum. O beijo era de boca fechada e menino não fazia sexo porque era pecado. Masturbação era uma prática solitária. Ninguém exibia os apetrechos genitais na praça pública, que nem um Davi desmiolado, porque era feio. Aliás, menino não fumava maconha, não portava arma de fogo nem namorava nu. Hoje, quando a mulherada anda com a mão na cabeça, sexualizada pela babá eletrônica do século XX, doida pra namorar, tem um tarado em cada esquina. Penso que é perversidade, animal que sente prazer com o desespero feminino; que, por trás de um animal desse, se esconde um criminoso. Olho nele!
Redenção
Como Redenção era um bairro calmo, lá pela década de 80. A gente ia bebericar na venda de dona Maria dos Bonecos, esposa de seu Antônio, da Sucam, e nunca vi ninguém dá uma tapa num gato. A música era baixinho, não acordava nem um passarinho. Alguns bêbados resmungavam pelas calçadas, faziam cirandinha pelos becos e depois iam dormir. A cerveja era geladíssima, e o tira-gosto, à Hora do Ângelus, era pão francês com sardinha Coqueiro, um acepipe espetacular! O balcão era de madeira e frequentado por toda classe de gente, sem discriminação, numa religiosa troca de amabilidades. Os mais fraquinhos tomavam uma lapada de meropéia com um taquinho de jabá, Conhaque de Alcatrão com uma lasquinha de queijo, pitavam um braço de Judas e saíam por ali, cheios de lorota. Foi lá que conheci Mané do Comprimido, que ria mais do que conversava e só tomava Ron Montilla. Era um caso sem remédio. Nunca vi ninguém correr atrás de ninguém, sumir um vintém, enxerimento, nem sirene de Polícia estridulando. Chega dava gosto...
Sosígenes Bittencourt

Thursday, April 29, 2010

Porque as crianças precisam dos pais

Sobre a vulnerabilidade do jovem LGBT

No meu tempo não se falava nessa vulnerabilidade. As crianças recebiam educação em casa e a escola endossava. Todos pensavam mais ou menos da mesma forma. Ninguém queria o que não podia nem antes do tempo. Menino andava satisfeito com o que recebia e esperava conquistar o que desejava. O castigo que se dava à criança servia de aprendizado para a vida adulta. Hoje, mimam demais as crianças, dando-lhes a impressão de que a vida é uma eterna canção de ninar. A adolescência doida é resultado dessa condescendência que é mais comodidade do que outra coisa. Porque educar requer dedicação, empenho, educar dá trabalho. Quer dizer, fizeram muita confusão na cabeça das crianças, soltaram os tigres e agora querem domá-los.
Antigamente, pobreza era passaporte para a eternidade. E a senha do pobre era a decência. Por outro lado, os ricos não eram ricos sem muito trabalho e economia. Ninguém jogava poeira na cara de ninguém. Hoje, o rico é considerado salafrário, e o pobre, um lixo. Por isso, o pobre acha que é pobre porque alguém é rico. Ninguém acredita em ninguém. Há uma crise de credibilidade.
A questão do negro, por exemplo. Negro era simplesmente negro. Quando era chamado de negro safado, tratava o agressor por amarelo safado. E ninguém queria matar ninguém por isso. Hoje, negro insultado dá cadeia pra amarelo safado. No entanto, um negro rico passa na frente de um corredor de brancos depauperados e ninguém diz nada. Acho que estamos desorientados e procurando justificativas para aliviar a pele da responsabilidade. A televisão, mesmo, sexualiza a adolescência e se escandaliza com a consequência. Quer dizer, ganha dos dois lados. Quando sexualiza e quando se escandaliza. Por que não levam os adolescentes aos hospitais de doentes terminais e os presídios, para que eles visualizem as consequências do uso e tráfico de drogas?
No que concerne ao homossexualismo em seus múltiplos aspectos ou manifestações, é bom frisar que, embora sempre tenha existido homossexuais, nunca houve tanta influência para sua prática quanto hoje. Já se chegou até a conclusão de que a influência é multifatorial, podendo ser biológica, psicológica ou sociocultural, mas nunca uma determinação genética ou uma opção racional. Logo, embora a discussão seja ampla e se tente de toda forma eliminar os empecilhos, continua dificílimo assumir a homossexualidade, além de um risco à integridade física e ao equilíbrio mental.
Sosígenes Bittencourt

Resenha Esportiva

Atlético Mineiro 3, Santos 2
Mais uma vez, o esquema tático de Luxemburgo funcionou. Evidentemente, porque dispõe da ferramenta necessária para isso: o elenco atleticano. A manobra é segurar o adversário na defesa e contra-atacar, através dos lançamentos de Júnior e das jogadas mirabolantes de Diego Tardelli e Muriqui. Só que Luxa não contava com o carrossel estonteante dos meninos da Vila, que o colocaram sentado com a mão no queixo. E olha que Neymar não jogou. Os santistas fizeram 2 gols e ficaram bem folgadinhos para vencer os atleticanos com diferença de 1 gol na Vila Belmiro. Se o Santos faz, em média, 3 gols por partida, observe o quanto o Atlético terá de rebolar em São Paulo.
Sei não, viu, mas aquela troca miudinha de passes dentro da área adversária, com inversão de jogadas, que mais parece um futsall, da equipe do Santos, ainda vai endoidar muita defesa, se o clube não resolve vender seus jogadores ao futebol europeu.
Sosígenes Bittencourt

Wednesday, April 28, 2010

Identidade via Correios?


O Instituto Tavares Buril fez parceria com os Correios, para que sua Carteira de Identidade saia mais rápido.
Correios? Rapidez através dos Correios? Não entendi. Deve ter havido algum equívoco. Não foi, por acaso, o Pombo-Correio? Saiam, de porta em porta, perguntando quem não está pagando juro por fatura entregue fora do prazo pelos Correios.
Como é? Solicitação e entrega por malotes no prazo de uma semana? Isso é pegadinha, não? Antigamente, a gente comprava o envelope, o talão de carta, o borrão para fazer o rascunho da carta, passava a limpo, comprava o selo, passava a língua na borda do envelope, colava tudo, entregava no guichê dos Correios e ia para casa esperar o Carteiro. Isso na Era da caneta-tinteiro, do telefone de manivela e do telégrafo. Hoje, na era do chip, da cibernética, da energia quântica e outras velocidades cósmicas, microscópicas e invisíveis, a vagarosidade parece ser a mesma. Com um agravante, botam tudo pra cima dos Correios. Haja paciência!
Sosígenes Bittencourt

Tuesday, April 27, 2010

Ministro Temporão e sexo para hipertensão

O ministro Temporão aconselhar sexo para hipertensão não significa grande revelação, pois a internet já boatou para o orbe que sexo é bom até para afinar o cabelo. O que, evidentemente, resultou do conselho foi a repercussão. Muita gente nem sabia que Temporão existia. No final, tem razão, sexo é bom para o coração e foi bom para a televisão. Não se fala noutra coisa, do rio Oiapoque ao arroio Chuí. Bom salientar que sexo rápido é inimigo da perfeição e limita o benefício. Quanto mais manufaturado, melhor. Ademais, é preciso que o coração esteja plugado para receber as benesses do prazer. Sexo na marra, burocrático, financiado, não presta. É preciso estar inserido no contexto do Kama Sutra, o tratado milenar de como dar e receber amor, belamente imitado pelo Fang-Chung-Shu chinês.
Sosígenes Bittencourt

Fala, Vitória

Sobre o Rio Tapacurá, passeatas e orações
Primeiro, tem um detalhe. Quem pode morar em margem de rio é índio, porque nem pipi faz em suas águas, com medo dos deuses. É um politeísmo mais consciente e ambientalista do que nosso cristianismo. Fazer piquenique político, roda de oração em torno do Rio Tapacurá não fará nenhum efeito fitossanitário. É tudo onda. A população sebosa que margeia o rio tem de ser retirada e domiciliada noutro lugar. Depois, tem-se que impedir novo repovoamento. Não adianta drenar o rio, revitalizá-lo, polvilhá-lo de alevinos, se tiver maltrapilho tibungando em seu leito ou se acocorando a sua volta. Se a macacada respeitasse o rio, poderia tomar água de canudinho. Pelo contrário, quando estoura uma catadupa do céu, lá vem de penico furado a colchão velho e todos os bichos de uma imunda arca sem Noé.
Sosígenes Bittencourt

Monday, April 26, 2010

Fala, Vitória

Ainda sobre a podagem das árvores
Havia árvores na Praça do Livramento, agora o que vemos são gravetos do que havia. Ao reclamar, estamos praticando o "jus esperniandis", ou seja, o mero direito de espernear. Inês é morta. O que nos intriga é o fato de ninguém consultar os eleitores (tão mimados em campanha), tomarem decisões tão antipáticas e sem cautela. Mas, com o tempo, a cabeleira verde crescerá, para um novo arranca-toco descabelar.
Sosígenes Bittencourt

Sunday, April 25, 2010

Kassia Karolina

Esta é a insuportavelmente sedutora Kassia Karolina, a zabumbeira da banda Maria Fulô. Não dá pra ficar sossegado, quanto mais calado.
Sosígenes Bittencourt

Saturday, April 24, 2010

Fala, Vitória

Maria Fulô na Gamela de Ouro
Na semana passada, as meninas do forró pé de serra nem puderam se apresentar em Vitória de Santo Antão, porque a Celpe resolveu dar um black-out na cidade. A gente ficou no escuro só sonhando. Mas, hoje, não tem boquinha, não. A partir das 22:30h, Walkyria e sua banda começam a se amostrar na Gamela de Ouro.
Pra quem já gosta de mulher e de forró, imagine mulher tocando forró. Um dia, a loirinha saltou do palco e me tirou pra dançar. Passei uma semana impressionado. Foi um verdadeiro espetáculo!
Sucesso e aquele forte abraço!
Sosígenes Bittencourt
Sábado, 24 de abril de 2010

O show de Maria Fulô

Eu sabia que as meninas viriam. Havia poucas pessoas na Gamela de Ouro, o que me dava a impressão de que tocavam pra mim. Saí da mesa e fui pra frente do palco. Fiquei de cara pra cima, abestalhado. Não é brincadeira o tanto que aprecio mulher, vê logo um grupo delas, cantando, tocando e saracoteando. Principalmente, música telúrica, de minhas raízes, reminiscente e sensorial. Chega senti aquele mormaço de mulher, emanando dos seus vestidos, dos cabelos, da pele. Que meninas bonitas danadas. Então, o contraste entre uma loira, brancas e morenas era de endoidar o cabeção de um padre de gesso. Ainda mais os de hoje. Terminei subindo no palco, dando um rápido discurso metafórico, uma babada, provocando uma chuvarada de palmas e assobios. E pra terminar, quero revelar minha fraqueza carnal e espiritual pela menina da zabumba. Penso que nunca mais vou ter sossego na minha vida.

Forte abraço!

Sosígenes Bittencourt

Domingo, 25 de abril de 2010

Friday, April 23, 2010

Fala, Vitória

Árvores descabeladas e bichos fuçando lixo
Aqui, no bairro do Cajá, além de descabelarem as árvores, animais andam soltos pelas ruas, fuçando o lixo, espalhando a maior fedentina. São dois crimes ambientais simultâneos.
Padre Ângelo Pansa já o disse, na Terra do Meio, no Pará: "Vocês estão derrubando o céu. Porque as árvores são os braços que sustentam o céu."
Imagine, agora, o ar sem árvores sadias para absorver o dióxido de carbono e produzir oxigênio mais os gases emitidos pelo lixo fuçado pelos bichos que andam às soltas pelo bairro. É banquete pra urubus, self service pra ratos, ração pra baratas, mingau pra gato e sobremesa pra cachorro.
Sosígenes Bittencourt

Thursday, April 22, 2010

Fala, Vitória

Presos em Escada por porte ilegal e tráfico
O agricultor Diego Maradona da Silva, 18, e o desempregado Vandeilson Rodrigues Lins, 40, residentes na cidade de Escada, foram presos pela Polícia Militar com 07 papelotes de maconha , 02 celulares e um revólver calibre 22, com 05 munições intactas. Os acusados foram encaminhados à Delegacia de Vitória de Santo Antão e removidos ao presídio da cidade.
(Por Emerson Lima e José Sebastian, para o Programa A VOZ DA VITÓRIA.)
I
Quanto ao nosso Diego Maradona, deve ter sido o destino, influência do nome que lhe colocaram. A diferença é que o Maradona argentino foi bom de bola, e o nosso não dá bola pra nada. Segundo um agente penitenciário, em Vitória, estão comprando mais droga do que feijão e arroz. Tem gente que abandonou a religião, botou o casamento abaixo, perdeu o emprego, por causa daquilo que o pastor Marcos Pereira da Silva chamou de "o demônio ralado".
II
A questão central é que droga virou dólar. Tem traficante que nunca usou a maldita, mas compra até caminhão, utilizando-a como moeda. Incinerar droga é como queimar dinheiro. E como dinheiro é uma droga que embriaga e enlouquece sem precisar sem instilada, qualquer um pode ser seduzido, do gari ao presidente. Portanto, a pergunta é a seguinte: Se todos os escalões estão envolvidos, direta ou indiretamente, a batalha é campal e precisa de coragem política e governamental, terminando por precisar da colaboração de todos. A droga é um câncer, cuja metástase já está deteriorando o tecido social. É lamentável!
Sosígenes Bittencourt

A poesia é essencial

DEFESA DAS ROSAS

Não arranquemos as rosas
com gesto brusco, com ásperas mãos.
Deixemos que a rosa viva sua vida
monótona, trescalante, perfumosa.
Não assustemos os botões da rosa
com voz alta, com passada ruidosa.
Deles, podem nascer rosas assustadas,
esquecidas de sua beleza.
Não levemos perigo às rosas,
não as exterminemos.
Deve o amor macio róseo acabar no mundo?

Protejamos as rosas
com ablução refrescante, com dúlcido olhar.
Não as desnudemos de suas pétalas
que elas não têm culpa do mundo trágico.
Indefesas, só anseiam pela paz
de um leito de terra fresca, ventos amenos.
São cheias de sentimentos, as rosas.

Sosígenes Bittencourt

Sport 0, Atlético Mineiro 2

90 vezes 3 são 270 minutos sem assinalar um gol. Esta é a realidade do Sport, em 3 jogos, onde não sabe o que é meter a bola no barbante adversário. Melhor que Givanildo Oliveira tivesse botado o time titular para ganhar do Náutico. Poupou jogadores e reacendeu as esperanças entre alvirrubros e tricolores na decisão do Campeonato Pernambucano.
Ontem, o ataque do Sport, que se resume às investidas solitárias e emocionais de Ciro, não botou um pingo de medo na defesa atleticana. Luxemburgo armou um ferrolhinho que não deixou o adversário jogar. A superioridade técnica do Galo era tão visível que não dava para sonhar. Chegava a esperar o erro do adversário para jogar. A posse de bola do Leão da Ilha não somava nada. Quer dizer, o Sport nem conseguiu marcar os gols que precisava e tomou os que não cogitava. Ninguém aguenta ver Tardelli e Muriqui trocando fichinha na frente da defesa do Sport. E, de quebra, Magrão deixando a bola passar nas suas barbas e saindo mal do gol como tem feito. O Atlético Mineiro não suou a camisa nem lambuzou o calção para calar os rubro-negros na Praça da Bandeira. Foi a superioridade técnica sobre uma correria sem cadência, apenas vontade louca. Na realidade, o Sport tem time para o Campeonato Pernambucano, contendas domésticas. Imagine se passa pelo Atlético e pega o Santos com Neymar e companhia. Por outro lado, acho que o Atlético Mineiro parou sua goga ontem. Ele vai ver o que é carrossel pela frente, quando topar os meninos da Vila Belmiro correndo em diagonal, rápidos, dribladores e mudando de posição como uma tesoura mágica.
Tchau, pessoal!
Sosígenes Bittencourt

Tuesday, April 20, 2010

O Monstro de Luziânia

De que vale um laudo pericial de psicopatologia perante a lei? Adimar Jesus da Silva, condenado a 10 anos e 10 meses por abuso sexual, perpetrado contra dois adolescentes em Águas Claras, cidade satélite do Distrito Federal, só passou 4 aninhos engaiolado. No dia 23 de dezembro do ano passado, o animal foi solto na buraqueira, porque um laudo pericial recente contradizia o laudo pericial do Instituto Criminológico de Brasília. No primeiro laudo, Adimar não passava de um doido varrido, dando sinais de sadismo, prazer sexual com a dor alheia, sensação com a agonia humana. As provas eram cabais de transtorno psicopatológico, tudo descrito tintim por tintim pelos profissionais do comportamento. Já o segundo laudo, que arrimou a progressão da pena, desconsiderava o primeiro e via em Adimar Jesus um anjo de luz. Por causa dessa lenga-lenga, o cidadão matou o primeiro menino, de 13 anos, uma semana depois. A promotora pública Maria José Miranda Pereira ficou tão desconfiada que, no dia 14 de janeiro, mandou rastrear as passadas do bicho do mato. Ela conhecia o primeiro laudo que descrevia a doidice de Adimar. Um oficial de justiça chegou a encontrar Adimar em casa, comportadinho, no bairro Estrela D’Álva, em Luziânia, tudo parecendo estar na paz do Senhor. Contudo, ensandecido e sanguinário, Adimar já havia matado 4 garotos. Depois, nenhum padre nosso por penitência, o monstro trucidou mais 2 vítimas. Quanta incompetência e falta de zelo pela vida humana. Desacordo entre laudos, decisão confusa, lei caduca e população aérea. Consequência: 6 meninos sexualmente abusados e impiedosamente assassinados, famílias de mão no queixo, escarnecidas.
A revolta é tão grande que a população lamenta o suposto suicídio do monstro, encontrado pendurado pelo pescoço. Outrossim, teme que haja sido assassinado para encombrirem possíveis cúmplices. Segundo primeiras investigações, Adimar fez uma corda artesanal e se enforcou na cela. Exames serão feitos para dar uma satisfação à sociedade. Vão periciar, escavacar as vísceras do truculento assassino, para saber se morreu envenenado por outrem ou consumido pelo próprio veneno.
Sosígenes Bittencourt

Monday, April 19, 2010

Fala, Vitória

A podagem das árvores
Realmente, não se sabe se mandaram passar máquina zero, se o cabeleireiro era perverso, ou se a ferramenta era uma motosserra. (Ou passaram a navalha?) As árvores estão parecendo mulheres histéricas, com a mão na cabeça, procurando suas crias. Talvez, estejam querendo encenar alguma película de terror. Um Alfred Hitchcock à cata de mal-assombro...
Tadinhas das árvores, doidas por fotossíntese, tão benéficas ao meio ambiente, em tempo de ecologia. Talvez, haja sido para evitar os namoros espalhafatosos de estudantes gazeteiros e sexalegres, atracados e aos beijos de desentupir pia.
Nem o cemitério anda tão macabro... Requiescat in pace
Sosígenes Bittencourt

Friday, April 16, 2010

Tributo a Chico Xavier

O que mais impressiona na vida de Chico Xavier é a prática da caridade, fruto do seu despojamento material e de suas convicções espirituais. A caridade emudece todo discurso. Confúcio dizia que "uma imagem vale mais do que mil palavras." A imagem que temos de Chico é a da prestação de serviço sem recompensa terrenal, convicto dos desígnios de Deus.
Bem que Chico poderia ter se transformado num desordeiro, num facínora, como tantos que alegam serem vítimas do destino. Porque Chico foi acometido de catarata quando não havia cura e tinha estrabismo divergente. Perdeu a mãe aos 5 anos e apanhou de vara de marmelo da tia. Fora, por ela, espetado na barriga. Foi vaiado no colégio porque dizia ouvir vozes do outro lado da vida. Foi castigado com pedra de 15 quilos na cabeça para espantar o demônio. No entanto, Chico enxergava o que as pessoas normais não veem e ouvia o que as pessoas não conseguem escutar, transformando tudo em doação.
Um dia lhe perguntaram se ele temia a morte. E Chico, por experiência, respondeu: "Eu já me sinto meio desencarnado."
Se tudo é verdade, ou não, algo é incontestável. Chico amou o seu semelhante na medida do verso do poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade: "Amar é doação ilimitada a uma completa ingratidão."
Sosígenes Bittencourt

Thursday, April 15, 2010

Na hora da tragédia, só se fala em preservação ambiental

Enquanto isso, em Tóquio, que não é a mesma de dois em dois dias, não há uma folha de papel rolando numa calçada, um tijolo fora do lugar. A população seleciona o lixo, para que seja coletado e reciclado, virando insumo econômico, ou seja, energia e matéria prima.
No Rio de Janeiro, construíram residências de alvenaria em cima de uma montanha de lixo soterrado, nas barbas do poder público, das autoridades. Tudo se resume numa palavra: EDUCAÇÃO. Uma prova de que educação funciona foi o resultado da Campanha contra o Cigarro. Na década de 60, 60% da população adulta fumava. Hoje, só 20% pendura-se na varinha do Satanás.
Que o Morro do Bumba desabasse por ordem da natureza, mas que não houvesse ninguém embaixo nem em cima. Em Pernambuco, o Rio Tapacurá já deu peixe pra se pescar. Hoje, nem caramujo há.
Parece o eterno refrão de Dorival Caymmi: Eu não tenho onde morar, é por isso que eu moro na areia.
Sosígenes Bittencourt

Tuesday, April 13, 2010

Padre Renato da Cunha Cavalcanti

55 anos de Ordenação Sacerdotal
Conheci padre Renato nos meus idos de menino. Havia meninos naquela época. Estudava na Escola Paroquial, sob a batuta maestrina de profª Luzinete Macedo. Bonita e asseada, educada e enérgica, explicativa, toda pedagógica. Foi lá que aprendi a conjugar o verbo AMAR.
Padre Renato era uma réstia de fé a deambular pela Igreja, uma espécie de souvenir de Roma. Em nossa mente de criança, parecia ter visto Jesus e conversado com Deus em oração. Sua figura nos remetia a reflexões sobre coisas transcendentais. Figurativas ainda, mas invisíveis mesmo assim.
Como nos sentíamos protegidos naquele época... O farfalhar dos coqueiros parecia uma conversa, e o coral dos grilos compunha a sonoplastia das estrelas. Vinha dos ensinamentos religiosos, nosso hábito de erguer a cabeça e ficar olhando para o céu. Não sei o que padre Renato vislumbrou em Vitória, mas sei que temos a glória de tê-lo como personagem de nossa história.
Parabéns!
Sosígenes Bittencourt

Dia do Beijo

Quem inventou o beijo deve ter sido a natureza,
por isso todo dia é Dia do Beijo
e toda hora é hora de beijar.
O beijo é um ato solidário, pois só acontece a dois.
Ninguém se beija a si mesmo,
pois só dispõe de uma boca para beijar.
O beijo só é solitário quando é vontade
e fica beijando sem beijar.
O beijo é uma permuta de mucos no roçar das mucosas.
O beijo não precisa de nada além do próprio beijo,
não precisa de amor nem de odiar.
O beijo confunde o desejo.
O beijo é uma fricção cerebral, podendo ser o bem e o mal.
O beijo é dopamina, analgésico, sinestésico,
mina de prazer na intimidade da língua.
Difícil saber onde começa e onde termina.
Sosígenes Bittencourt
O beijo mais ensaiado de todos os tempos foi aquele dado pela atriz Grace Kelly em James Stewart no filme “Janela Indiscreta”, de Alfred Hitchcock. Foram necessárias 87 repetições da cena para satisfazer o diretor, cuja exigência por perfeição era quase tão célebre quanto seus filmes.
Foi tanto glamour e tanto desejo exibidos,
que não nasceu menino porque estavam vestidos.
Sosígenes Bittencourt

Saturday, April 10, 2010

Arianos famosos

Ayrton Senna, Ana Maria Braga, Bach, Roberto Carlos, Xuxa, Chico Xavier, Charles Chaplin, Hitler, Adriane Galisteu, Leonardo da Vinci.

Friday, April 09, 2010

Fala, Vitória

Cuíca, Ary e Biu de Rita
É natural que Cuíca tenha roubado um teclado, é tudo instrumento. O que não é normal é ele não saber tocar. Antigamente, corria um ditado que dizia "Escreveu não leu, o pau comeu." Cuíca esperava aprender a tocar teclado, mas o show já terminou. Não é assim que a banda toca.
Já o Ary, desceu as Colinas do Canadá, assaltou um Posto de Combustível, meteu bala para espantar os mototaxistas e foi preso no Cuscuz. Ary é todinho o personagem de um romance de Ponson du Terrail: Rocambole. Cheio de peripécias rocambolescas.
E Biu de Rita chega irrita pela forma como é preso. Nem sabemos qual o motivo, confeccionado no Mandado de Prisão. Deve ser um "tapado", que não ouve conselho, do Engenho Tapada. Talvez, um personagem kafkiano, que não sabe por que está sendo engaiolado.
Sosígenes Bittencourt

Mototáxi - faca de dois gumes

Essa atividade de mototaxista tornou-se um mal necessário. Primeiro, porque garante o sustento de muitas famílias, renda a desempregados. Depois, porque é um transporte rápido e barato. Entretanto, é faca de dois gumes. Obstrui ruas e calçadas, transporta meliantes, facilita o crime, e tem aleijado muita gente. É preciso por ordem no caos. O danado é que esse pessoal nem sempre paga previdência e não pode comprar uma moto em seu nome porque não tem grana.
E, na minha visão, o mototaxista arrisca mais a vida do que o garupeiro. Primeiro, porque passa o dia todo escanchado na motocicleta. Depois, porque o cara que vai atrás tem mais chance de assaltá-lo, o que influencia a investida. É muito triste ver essa legião de aventureiros do asfalto, fazendo corrupio na cidade, ao sol, na chuva, driblando buraco, escalando ladeira, para comprar a bóia. E a tendência é aumentar.
Sosígenes Bittencourt

Thursday, April 08, 2010

A Selvagem

I
Susana conspurcou, traiu a imagem de Maria. Daria melhor para encarnar a bruxinha Meméia. Na realidade, não foi um toco que atrapalhou sua visão, foi o argueiro que tem no olho. Susana não enxerga um palmo à frente do nariz. Deve ter cochilado, com aquele aroma de mato queimado, de travesseiro de macela que tem o agreste. Nunca inalou daquele sonífero. Tombou o cocão e danou a cara num pau. Tadinha... Antigamente, cidade grande era 1° mundo, hoje é 5° mundo. Haja vista o que aconteceu com a "Cidade Maravilhosa". Quando a chuva sacolejou a maravilha, expôs o que estava por baixo do tapete: cobras e lagartos. Colchão velho, penico furado, assembleia de guabirus. Uma vítima do dilúvio fuxicou que passou 12h, dentro de um ônibus, para chegar em casa. Susana desconhece que o nordeste tem arrecadado donativos para catástrofes do Sul, e ninguém tem rejeitado nossos trapinhos. Na realidade, Susana confunde "selva" com "selvagem". O nordeste não é uma selva, Susana é que é selvagem. Susana não beija, dá dentada. Abraça que nem tamanduá. Deve estar enfurecida com esse souvenir que levou da terra que tanto maltrata: um pau no focinho.
II
Se você quiser saber o que é uma cidade grande brasileira, peça a São Pedro para mandar uma tromba d'água. Do subsolo emergirá toda a borra da civilização, empulhando os vaidosos que tecem versos sobre sepulcros caiados. O Brasil é uma República Federativa. Isso aqui não é a Iugoslávia, fragmentada por ingresias de natureza étnica. Aqui, a falta de educação não tem cor, nem região. Todo mundo tem uma pitadinha do sangue alheio. Tem branco mais negro do que negro e negro mais branco do que branco nas bases nitrogenadas do DNA. Susana Vieira deve ir para o Alabama, sem chorar por mim, porque jamais irei vê-la a tocar meu bandolim. Pergunta se ela conhece Tóquio, onde o lixo é selecionado pela população, reciclado e transformado em insumo econômico, ou seja, energia e matéria prima. Hoje, pela manhã, vi Alexandre Garcia dizer que "barulho é uma prática da praga da incivilidade." Em Tóquio, chega-se a operar corda vocal de cão para abrandar latido. Susana disse que aqui só se bate bombo. Deu uma de inocente. Onde se bate mais bombo do que no Rio de Janeiro? Susana é que é uma bomba. Tão boazinha e civilizada, por que não arregaça as mangas e vai nadar na lama do Morro do Bumba para salvar seus irmãos?
Sosígenes Bittencourt

Wednesday, April 07, 2010

Quadro de Frases

Enchentes são o resultado de fogo no ar
e lixo nas águas.
Sosígenes Bittencourt

Tuesday, April 06, 2010

Sete de Setembro 1, Vera Cruz 1

O placar desse jogo aponta o que efetivamente não aconteceu. O juiz, depois de validar um gol do Vera Cruz, engoliu corda dos jogadores do Sete de Setembro e anulou o gol que havia validado. Mas, estaria tudo bem se a bola não tivesse realmente sido gol. Até o árbitro Nielson Nogueira reconheceu que errou ao invalidá-lo.
500 anos antes de Cristo, Confúcio já dizia que "uma imagem vale mais do que mil palavras." Punir o árbitro pode ser uma atitude inócua, se o jogo não for anulado. É mesmo que cassar o mandato de um político e não recuperar o dinheiro público desviado. Ademais, o juiz teve juízo e reconheceu o erro, pedindo desculpa. O que faltaria para anular a partida? Por acaso, a punição do juiz resolve a questão do Vera Cruz, tira-o do prejuízo? Só falta dizerem que o Vera Cruz é um amontoado de desajuizados.
Sosígenes Bittencourt

Fala, Vitória

Vitória, 05 de abril de 2010
Prezados Senhores,
Vimos, por meio desta, informar que a Associação Comercial, Industrial e Agropecuária da Vitória de Santo Antão, a ACIAV, em convênio com a ASA, que industrializa produtos de limpeza, já está com 4 postos de arrecadação autorizados ao recebimento de óleo de cozinha usado. Geralmente, o óleo é despejado indevidamente nos ralos, o que contribui para o entupimento de canos, tubulações e galerias, agravando enchentes, nas épocas de chuvas. Por isso, convocamos, através deste conceituado veículo de comunicação, toda a população vitoriense a dar a sua parcela de contribuição ao meio ambiente, juntando o óleo de cozinha usado, em garrafas pet e entregando nos postos de arrecadação abaixo:
Souza Supermercados – na Praça 13 de Maio; Palácio dos Alimentos e Associação Comercial – no final da Avenida Mariana Amália; e no Supermercado Vitória – na Matriz.
A ACIAV informa ainda que um percentual do volume do óleo arrecadado será revertido em material de limpeza fabricado e fornecido pela própria ASA que será doado a instituições carentes da nossa cidade. A ACIAV brevemente instalará ainda mais 6 postos de arrecadação na cidade.
Atenciosamente, JAILTON ALBUQUERQUE PRESIDENTE DA ACIAV
Av.Mariana Amália, 288 – Centro – Vitória de Santo Antão PE
Fone: 3523-1174 CEP.: 55602-010 CNPJ.: 11.212.370/0001-09
e-mail: aciav@hotmail.com

Monday, April 05, 2010

Vitória 3, Náutico 2

Dizia Armando Nogueira, falecido na semana passada, que "para Mané Garrincha, o espaço de um pequeno guardanapo era um enorme latifúndio". A jogada de Suéllinton, que redundou no gol de Jadílson, foi uma dessas proezas à la Garrincha. O cidadão parecia uma calua. Deu um coice na bola, engalobando o marcador, de driblar a plateia. Um espetáculo de improvisação, esse samba do crioulo doido que faz a diferença no futebol nacional.
Sosígenes Bittencourt

O Brasil é o país do futuro (distante)

Minha geração ouviu dizer que o Brasil era o país do futuro. Envelheceu, e o futuro não chegou. Pensar no futuro é obra de estadista. O estadista pensa na geração, e o político, na eleição. O Brasil é a eterna vítima de políticas imediatistas e eleitoreiras, socorristas e mantenedoras da miséria. Se o país tivesse sido governado com a preocupação de receber as gerações futuras, não haveria esta legião de baratas tontas e sem horizonte, vivendo de traficar droga e assaltar, leiloando a liberdade e a vida.
Para citar um exemplo do que seja preocupar-se com o futuro, observemos o exemplo do Japão. Estilhaçados por uma guerra, os japoneses investiram o que restou de fumaça e escombros em educação. Resultado: a polícia, em Tóquio, vive dando informação nas ruas, porque não tem atrás de quem correr. Agora, imagine que a cidade é um formigueiro humano, tem três mil anos de história e sua reconstrução tem pouco mais de 5 décadas.
O que político sabe fazer no Brasil é usufruir as mordomias que o dinheiro público lhe concede e arengar pelo poder.
Sosígenes Bittencourt

Áries

Áries é o primeiro signo astrológico do zodíaco. Seu símbolo é um carneiro.
Forma com Leão e Sagitário a triplicidade dos signos do Fogo.
Com pequenas variações nas datas dependendo do ano, os arianos são as pessoas nascidas entre 21 de Março e 20 de Abril.
Palavras chaves que definem o Ariano:
Iniciativa, Coragem, Dinamismo, Despótico, Obstinado, Colérico .
Seu Signo é do Elemento Fogo. Este Elemento expressa-se por atividade, energia e busca de conhecimento e identidade. A ação é o fator base do Fogo. Ele é o que ajuda a criação, dá vida e aquece quando moderado. E é poder que queima, destrói, seca e ofusca quando excessivo.
Quando o Sol está num signo do elemento Fogo, a expressão da identidade é naturalmente viva, enérgica e calorosa.
Sol em Áries: "Sou aquilo que faço"
O processo de auto-conhecimento passa pela ação direta e imediata. Esta pode ser pensada e assertiva ou, pelo contrário, impulsiva e agressiva.
Interpretação: Energia, iniciativa e audácia. O Sol neste signo de sua exaltação lhe confere muita energia mental. A pessoa é decidida, impulsiva, empreendedora e uma fonte de idéias, ambiciosa, pioneira, confiante, entusiasta, avessa ao abuso e às imposições. Adora a justiça e a liberdade. Inclina-se à ciência. A capacidade de recuperação perante as dificuldades e doenças é enorme.

Saturday, April 03, 2010

Escultura é Cultura

Esse Cristo, esculpido na Catedral de Berlim, enviado pelo jornalista e fotógrafo Marcus Prado, deve impressioná-lo, pela conservação, comparando com o desleixo e depredação a que submetem nossos monumentos.
Sosígenes Bittencourt