Friday, April 30, 2010

Fala, Vitória

Tarado de Lídia preso em Redenção
A polícia pegou o desempregado Vagner Firmino, habitante de Lídia Queiroz, correndo atrás de uma mulher, com uma arma de brinquedo, querendo brincar no trevo, no bairro de Redenção. Depois de reconhecido, a população ainda quis brincar de estupro com Vagner, mas a polícia se meteu.
Antigamente, quando as mulheres cobriam os joelhos e não exibiam as fronteiras dos seios, não se via tanto tarado pelas ruas. Pelo menos, sou do tempo em que mulher usava corpete e espartilho, e não me lembro de nenhum. O beijo era de boca fechada e menino não fazia sexo porque era pecado. Masturbação era uma prática solitária. Ninguém exibia os apetrechos genitais na praça pública, que nem um Davi desmiolado, porque era feio. Aliás, menino não fumava maconha, não portava arma de fogo nem namorava nu. Hoje, quando a mulherada anda com a mão na cabeça, sexualizada pela babá eletrônica do século XX, doida pra namorar, tem um tarado em cada esquina. Penso que é perversidade, animal que sente prazer com o desespero feminino; que, por trás de um animal desse, se esconde um criminoso. Olho nele!
Redenção
Como Redenção era um bairro calmo, lá pela década de 80. A gente ia bebericar na venda de dona Maria dos Bonecos, esposa de seu Antônio, da Sucam, e nunca vi ninguém dá uma tapa num gato. A música era baixinho, não acordava nem um passarinho. Alguns bêbados resmungavam pelas calçadas, faziam cirandinha pelos becos e depois iam dormir. A cerveja era geladíssima, e o tira-gosto, à Hora do Ângelus, era pão francês com sardinha Coqueiro, um acepipe espetacular! O balcão era de madeira e frequentado por toda classe de gente, sem discriminação, numa religiosa troca de amabilidades. Os mais fraquinhos tomavam uma lapada de meropéia com um taquinho de jabá, Conhaque de Alcatrão com uma lasquinha de queijo, pitavam um braço de Judas e saíam por ali, cheios de lorota. Foi lá que conheci Mané do Comprimido, que ria mais do que conversava e só tomava Ron Montilla. Era um caso sem remédio. Nunca vi ninguém correr atrás de ninguém, sumir um vintém, enxerimento, nem sirene de Polícia estridulando. Chega dava gosto...
Sosígenes Bittencourt

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