Não arranquemos as rosas
com gesto brusco, com ásperas mãos.
Deixemos que a rosa viva sua vida
monótona, trescalante, perfumosa.
Não assustemos os botões da rosa
com voz alta, com passada ruidosa.
Deles, podem nascer rosas assustadas,
esquecidas de sua beleza.
Não levemos perigo às rosas,
não as exterminemos.
Deve o amor macio róseo acabar no mundo?
Protejamos as rosas
com ablução refrescante, com dúlcido olhar.
Não as desnudemos de suas pétalas
que elas não têm culpa do mundo trágico.
Indefesas, só anseiam pela paz
de um leito de terra fresca, ventos amenos.
São cheias de sentimentos, as rosas.
Sosígenes Bittencourt
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