Wednesday, June 29, 2016

SÃO PEDRO

São Pedro, segundo a tradição, teria morrido em cerca de 67 d.C., e foi um dos doze Apóstolos de Jesus.
O seu nome original não era Pedro, mas Simão. Cristo apelidou-o de Petros - Pedro, nome grego, masculino, derivado da palavra "petra", que significa "pedra" ou "rocha".
Jesus ter-lhe-ia dito: Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e o poder da morte não poderá mais vencê-la.
Pedro tem uma importância central na teologia católico-romana. É considerado o príncipe dos apóstolos e o fundador, junto com São Paulo, da Igreja de Roma (a Santa Sé), sendo-lhe reconhecido ainda o título de primeiro Papa.

PAPA quer dizer: Pedro ApóstoloPríncipe dos Apóstolos.
Sosígenes Bittencourt

Thursday, June 23, 2016

SÃO JOÃO - NO TEMPO DE EU MENINO

Das três maiores festas anuais, o São João é a mais singela e tradicional. O Ano Novo nos trespassa de tristeza, porque sugere a contagem do tempo e amontoa os mortos. Abrimos álbum de retrato e botamos pra choramingar. O Carnaval é uma festa perigosa, de extravasar frustrações. O pessoal só falta correr nu pela rua. 
São João é uma festa mais pacata, que relembra nossas tradições mais atávicas, nossas raízes culturais. Lembro-me do São João das ruas sem calçamento. O mundo parecia um terreiro só. As mulheres cruzavam as pernas, enfiavam as saias entre as coxas, para ralar omilho e o coco, enquanto os homens plantavam o machado nos toros de madeira para fazer as fogueiras. À tardinha, a panela virava uma lagoa de caldo amarelo onde fervia o maná das comezainas juninas. A meninada ensaiava o jeito de ser homem e mulher. De chapéu de palha, bigode a carvão e camisa quadriculada, era quando podíamos chegar mais perto das meninas sem levar carão nem experimentar a sensação de pecado. O coração se alegrava quando sonhávamos com a liberdade de adultos que teríamos um dia. Batia uma gostosíssima impressão de que estávamos bem próximos de fazer o que não podíamos fazer. Os ensaios de quadrilha relembravam a tristeza do último dia. Pois um ano durava uma eternidade, as horas eram calmas, podíamos acompanhar a réstia do sol e contar estrelas. Pamonha, canjica e pé de moleque eram tarefas de dona de casa prendada, de quem o marido se gabava. Tudo era simples e barato, ninguém enricava com a festa. A novidade era a radiola portátil, e os conjuntos eram pobres de tecnologia, mas os instrumentos ricos de som e harmonia, manuseados com habilidade e gosto, na execução do repertório da festa do milho. Quando São Pedro se ia, ficava um aroma de saudade na fumaça das derradeiras fogueiras e no espocar dos últimos fogos.
Sosígenes Bittencourt

Wednesday, June 22, 2016

VEREADOR EDMO NEVES

Professor da UFPE coordena Plano de Governo do PMN, em Vitória
O diretório municipal de Vitória de Santo Antão do Partido da Mobilização Nacional (PMN) iniciou essa semana a redação do seu Plano de Governo. Esse trabalho está sendo coordenado pelo Professor Darlindo Ferreira, do Centro Acadêmico da Universidade Federal de Pernambuco, em Vitória de Santo Antão. Ferreira é doutor em Psicologia pela UFES e estuda práticas institucionais.
A intenção é chegar a um Plano de Governo que atenda as necessidades reais dos vitorienses. Para isso estão sendo feitas reuniões temáticas com especialistas de cada área, além das pessoas envolvidas diretamente com aquele problema. “Essa é uma demonstração de algo que falta muito aqui em nossa cidade, chama-se: aprendizado da democracia. Só se faz democracia com escuta, com diálogo. Aquilo que vem de cima para baixo não pode ser democracia”, comentou Ferreira.
 “Acertamos muito mais do que erramos quando ouvimos as pessoas e por isso essa iniciativa chega para quebrar o costume de anos anteriores em que empresas de fora que trabalham com marketing foram contratadas para elaborar esses documentos. Documentos estes que na maioria das vezes são ações propostas ações eleitoreiras” destaca o presidente do diretório municipal do PMN, Professor Edmo Neves.
Além dos encontros, os mais de 600 requerimentos já apresentados pelo Professor Edmo na Câmara, atendendo aos pedidos da população; e as demandas que chegam por meio do formulário disponibilizado em sua página pessoal, na internet, também mostram as necessidades que precisam ser priorizadas.
E Ferreira trouxe com ele uma proposta para a cidade. “Precisamos pensar numa coisa chamada Governança, que é a máquina pública pensando sobre ela mesma. Algumas cidades tem adotado a ideia e eu estou fomentando isso com a equipe. Uma Usina de Projetos: uma espécie de cérebro do governo onde tá totalmente antenado com todos os projetos. A gente tem que implementar as coisas e ao mesmo tempo na Governança propor formas de avaliação”, considerou o coordenador.



Monday, June 20, 2016

EU, GRAÇA, E A GRAÇA

Toda vez que chega o meio do ano, nós botamos pra pensar em setembro. Sobretudo, Graça Arruda, lá na Espanha. Ela enguiça o Oceano, inundada de saudade, e vem olhar pra gente, de um jeito todo familiar.
Eu me lembro de Graça bem novinha, de saia plissada marrom, cabelão, toda afogueada, com a fantasia do Colégio Municipal 3 de Agosto na Praça do Jacaré. Professores de História carolas chamam-na de Praça da Restauração. Nem morto, dá para esquecer. Cruz credo!
Graça é uma graça na moldura do nome. Fácil de sorrir. Só me lembra o dramaturgo inglês William Shakespeare quando aprendeu que “o sorriso é a maneira mais barata de melhorar a aparência.” E a gente termina sorrindo por contágio, no milagre bioquímico da memória emocional.
Não fosse a internet, a gente partiria deste mundo e não se veria. Mas, agraciados por sermos do tempo da caneta-tinteiro e da nanotecnologia, terminamos por nos abraçar.
Neste sábado de junho, aqui onde nos conhecemos, está fazendo um sol frio, com um cheirinho de madeira queimando no ar. É tempo de São João, tempo de ovacionar o milho e dançar. Tempo de relembrar o tempo da gente menino. E você é o personagem que contracena comigo no palco desta manhã.
Mas, fique no sossego da esperança e da graça de nos encontrar, eu e demais amigos, para fazer a roda da vida girar. 
Reminiscente abraço!
Sosígenes Bitttencourt

Thursday, June 16, 2016

TODO EXTREMO É VENENOSO

Ninguém tem tanto juízo para lidar com o poder que os governantes do mundo têm.
O homem não nasceu para ser tão pobre que chegue a desconfiar da existência de Deus, nem tão poderoso que chegue a pensar que é Deus. 
Sosígenes Bittencourt

Sunday, June 12, 2016

O NAMORO É ESSENCIAL

Todos temos de ter um objeto de namoro. 
Às vezes, um animal; às vezes, um livro. 
Todos temos necessidade de namorar. 
Às vezes, um trabalho; às vezes, a VIDA.
Sosígenes Bittencourt

Tuesday, June 07, 2016

CONVERSANDO LOROTA

Um dia, eu estava conversando lorota numa roda de mulheres faladeiras quando uma delas se saiu com uma conversa meio fútil, mas interessante ao mesmo tempo. É que eu perguntei por uma menina que conheci, meio namoradeira, moradora do bairro, e a língua de trapo pegou um ar desgraçado. A mulher virou-se numa chibata moral.
Disse que morou vizinha à família da escrachada; que o pai dela tinha uma venda de esquina, dessas de balcão de madeira, que vendia, de caramelo a candeeiro, de aguardente de cabeça a remédio pra dor de barriga, e falava mais do que o homem da cobra.
O defeito do pai da camarada é que batia com o nó dos dedos no balcão da venda e dizia que o dinheiro que tinha, nem Deus acabava. Ora, pelo que a linguaruda sabia, Deus tira a vida do homem, que dirá sua mercadoria. E largava o pau no condenado.
A gente se afastava da faladeira, porque, de tão entusiasmada, saltando de um pé só, uma veia pulada no pescoço, gritava e cuspia que nem uma doida.
Bem... para encurtar a conversa, contou que, de “repentemente”, foram surgindo mercadinhos por todo canto, como se fosse uma praga divina.
Os mercadinhos tinham preço, sortimento na moda, o cliente pegava nas compras com a mão, revirava, cheirava, apalpava e levava numa cestinha para pagar no caixa. Ninguém perdia tempo nem tinha conversa mole: - Muito obrigado, tenha um bom dia!
Quando se perguntava na rua: - Tu ainda estás comprando na venda de seu Fulano? - o interrogado respondia: - Deus me defenda!
Daí, o dono da venda quebrou, a filharada se dispersou, e me sobrou a menina que a faladeira só não a chamou de santa, porque Deus é Pai. Eu namorei com ela, comprei leite de vaca para o menino dela, mas nunca a vi tão avacalhada nem tanto adjetivo ruim como os que aquela marocas lhe imputou. Tem jeito?

Linguarudo abraço!
Sosígenes Bittencourt

Monday, June 06, 2016

ESTE MÊS DE JUNHO

Este mês de junho é, sem dúvida, o mês mais excitante e debochado do ano. Só se fala em namoro, beijo, a Espada de Apolo refletida no Espelho de Vênus. O mundo levanta a saia, desabotoa-se, caem os panos. É o mês do “frisson”, do friozinho na barriga. Diz que há 484 tipos de beijo; que o animal racional dá 24 mil beijos durante a vida; que uns beijam com a cabeça inclinada para a direita, porque ficaram envergados na cápsula uterina; que a saliva do homem injeta testosterona na boca da mulher para ela ficar querendo se entregar. Vinícius de Moraes inventou que “a hora do ‘sim’ é o descuido do ‘não’". As noites cheiram a lenha queimando, guloseimas de milho. O som é de estampido, sanfona gemendo, arrasta-pé. A visão é de Luiz Gonzaga entrando no céu com gibão e tudo. Tempo de olhares desconfiados, mãos bobas, a musculatura pegando fogo e as vísceras abdominais resfriadas. Raro o mortal que não cometeu uma safadeza carnal nesse clima. Às vezes, com quem nunca viu; às vezes, com sua prima. Descobriram até que casados gostam de boca cheirosinha a pasta de dente, e que solteiros são chegados a um cheirinho de álcool. Vôte! Tempo de mexerico, hipocrisia. Tem gente que mete o pau naquilo que mais adora. Diz que a língua tem toneladas de terminações nervosas, por isso beijar engatilha o desejo e faz bem à saúde. A beijoterapia ensina que a ocitocina faz um elemento ficar gostando do outro. Mas, diz que o beijo movimenta 29 músculos e permuta 250 bactérias, o que pode servir para espalhar a Gripe Suína. Deus nos defenda! Por isso, o jornalista italiano Dino Segre, popularmente conhecido como Pitigrilli, enredou que “o beijo é uma troca de bactérias em campo úmido.” Enfim, o beijo é um bicho danado. Ninguém é o mesmo depois de um beijo. 
Ensalivado abraço! 
Sosígenes Bittencourt

VALDEMIRO, MILAGRE E IMPOSTO DE RENDA

Perguntado, certa vez, sobre o que eu achava do Bispo Valdemiro Santiago, objetivamente, respondi: O Estado não tem nada a ver com a comunhão entre a "" do bispo e seus enfermos. A Ciência não tem. A Bioética não tem. Sobretudo, a Seguridade Social. Mesmo que Valdemiro seja um carismático que engana burro para comprar cavalo. Não impõe-se discutir "milagre". A questão central é a cobrança e destinação da arrecadação do Imposto de Renda. O senhor Valdemiro Santiago paga Imposto de Renda sobre suas riquezas, serras e quadrúpedes? Está tudo documentado, registrado, taxado? Qual a avaliação anual dos seus bens e qual a arrecadação concernente? Qual a destinação da arrecadação? Conheço professoras aposentadas, idosas, enfermas, que pagam Imposto de Renda, como se vivessem de renda, e não sabem por que nem para onde vai o dinheiro. Portanto, esqueçamos o Bispo e cobremos prestação de contas ao Fisco.
Esclarecedor abraço!

Sosígenes Bittencourt

RECADO À VAIDADE

Acorda, vaidade, o tempo está passando
e já estás precisando
do que rejeitas por vaidade.

A dor do tempo não conhece vaidade,
e vaidade não cura enfermidade.

Vaidade é coisa vã e de pouca duração,
e toda grandeza prospera na humildade.


Sosígenes Bittencourt