Vocês sabem o que é isso, ou não? É um flagrante de uma das derradeiras anarquias que aconteceram no Clube dos Motoristas O Cisne. E, pasmem, é na via pública. Imagine o horário e os decibéis deste carro-falante. A velharada não dorme, não assiste televisão nem tem o direito de sonhar. Isso, há décadas. Os inventores das festas alugam o buraco, promovem a bagunça, ensacam a grana, deixam um rastro de lixo pelo caminho e dão o pira. Agora, depois que a Promotoria de Cidadania bota moral, manda interditar o cabaré, a macacada corre atrás da Justiça pra pedir clemência. Esse pessoal é muito cara de pau. Por que não promovem essas patifarias na frente de suas casas e nos chamam para a farra? Eu sou do tempo em que cabaré era opção. Você trocava de roupa, botava perfume e ia para a Zona de Baixo Meretrício namorar. Hoje, basta um abilhudo querer abiscoitar um tutuzinho, tem cabaré na sua rua e garota safada pra danar. Cabaré, gentalha, é escolha. Tem gente que enfia a Bíblia debaixo da pata e vai rezar. Tudo é opção. Estão confundindo liberdade com esculhambação. Por isso, tem novela mostrando as virilhas para a meninada e beijos de desentupir pia à Hora do Ângelus.
Muito bem, promotores e promotoras, deixem essa toca fechada. Vocês são executores das leis, seus escravos, não são donos da lei, são aqueles que transformam a "palavra" em "ação", a "lexis" em "praxis".
Agradecido abraço!
Sosígenes Bittencourt
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