Olimpíada e Olim-piada
O Brasil produziu uma abertura olímpica.
Espetáculo deslumbrantemente feérico de confundir a realidade com o sonho.
Sinal de competência pela sensibilidade artístico-cultural e poder de organização.
Se brincar, mereceria Medalha de Ouro em aberturas olímpicas, desde quando o
cozinheiro-atleta Coroebus de Elis venceu a primeira corrida 776 anos antes de Cristo.
Infelizmente, não é o que está acontecendo
na competição. A Seleção Brasileira não consegue jogar, não teve tempo
suficiente para entrosar. Não é um time de futebol, é um bando de jogadores. Tecnicamente
superior aos seus adversários, não consegue, taticamente, produzir gol. É uma
“olim-piada”.
O empate contra o Iraque será inesquecível.
Saddam Hussein deve ter se revirado na tumba, e a torcida brasileira com
vontade de morrer.
E não adianta arretar o juízo de Neymar. O
tutu ensacado e a frescura universal em torno de seus malabarismos futebolísticos
arruinaram sua carreira. Ninguém tem cabeça pra isso. Neymar está mais para
garoto propaganda de absorvente feminino do que para melhor pebolista do mundo.
Sosígenes Bittencourt
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