Eu
costumo dizer que julgo ser mais prazeroso beijar uma mulher com o seu
consentimento do que manter congresso sexual com uma mulher sem sua permissão. Contudo,
no primeiro caso, o cidadão deve ser considerado um sujeito normal; no segundo,
um psicopata. Um homem pode desejar uma mulher e mudar de tática para
conquistá-la, mas não pode usá-la sem sua aprovação, é caso de Justiça.
Cada
estuprador ataca sua vítima por questão singular. Há estuprador que enguiça o
muro do cemitério para copular com uma falecida, confundindo estupro com
profanação de cadáver. Outro não pode
ver uma mulher com a nádega de fora - o que não significa dizer que a vítima seja
“cúmplice” - o seu azar será apenas a coincidência de cruzar com um
“bundomaníaco”.
Oportuno
salientar que o psicopata sabe exatamente o que está praticando, que está
cometendo crime, que poderá ser linchado na via pública ou estuprado no
cárcere, porém não consegue conter o seu apetite criminoso. Contrário ao doido, que não sabe lidar com suas emoções e
fica abestalhado, olhando para o objeto do desejo.
Portanto,
descartemos a ideia de que homem pega mulher a pulso porque ela está com as
fronteiras proibidas de fora. Um cidadão normal lança um galanteio, oferece-lhe
uma rodada de chopp, ou a convida para dançar. O estuprador pega uma faca e
fica por trás de uma parede, como num filme de terror. Às vezes, fica tão
descontrolado que não escolhe o lugar e acaba nas mãos da população - doida por
um tarado para descarregar o seu desejo de matar. Azar do estuprador.
Enfim,
lugar de estuprador é preso, e mulher brasileira, se tivesse cautela, não
andaria nua. O brasileiro, em geral, é enxerido, quando o namorado vai urinar, ele tira sua namorada
para dançar.
Cauteloso
abraço!
Sosígenes
Bittencourt
1 comment:
No tempo de eu menino, a mulher era um ser mais erótico e menos pornográfico. A mulher era a sugestão do nu, não o nu sem sugestão. A mulher era o desejo, a dúvida, não a certeza; o alvo da admiração e do namoro, não uma peça de carne na tarimba do desejo. O coração era o termômetro do amor, a mente é que amava. Tudo emocionava, sobretudo a fronteira entre o sim e o não. Tempo de prelúdios, cultivada emoção.
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