Wednesday, May 30, 2007

Morte em Mutirão da Cidadania




Não há resposta dada pelos policiais do 5º Batalhão da Polícia Militar de Mato Grosso que os inocente. Numa simulação de seqüestro, os policiais, que deveriam estar com balas de festim nas armas, estavam com munição real. Como resultado, mataram um menor de 13 anos e feriram mais 9 pessoas. No mínimo, esses policiais deveriam saber que não era uma ação verdadeira, era uma simulação. Se disserem que não sabiam que as armas estavam municiadas com projétil verdadeiro, por que, ao primeiro disparo, não suspenderam a simulação? Pois, a partir do primeiro tiro e da constatação de que as balas eram verdadeiras, a seqüência de disparos caracterizará Dolo Eventual, vez que se tratava de profissionais que tinham absoluta noção do risco a que submetiam suas vítimas. Alegar que os policiais municiaram suas armas com balas verdadeiras, pensando serem de borracha, é injustificável. Ademais, por que não atiraram na direção deles próprios, acertando logo pessoas que apenas assistiam à simulação, inocentes e desarmadas? Imagine se não estivessem fazendo uma apresentação no Mutirão da Cidadania, no bairro Jardim das Flores, na presença de autoridades, como o prefeito Adilton Sachetti e, pelo menos, 500 pessoas. As provas são insofismáveis, contundentes, materiais e testemunhais. Se o mutirão era de cidadania, impõe-se refletir sobre o fato, ressaltando o direito que o menor tinha de viver, e o dever que os policiais tinham de preservar a vida. Infelizmente, a condenação dos policiais não trará o desaparecido ao mundo, contudo, que não sobrevenham subterfúgios absolutórios. A morte do estudante Luis Henrique, de 13 anos, simboliza a morte de qualquer um menor em tais circunstâncias. Sempre que tomba uma criança, no palco do descuido ou da perversidade, as famílias estremecem, imaginando que o sinistro não é privilégio de ninguém. Sosígenes Bittencourt

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