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A impressão é de que os alunos da
USP querem se distrair. Vamos por princípio. Escola não é lugar de
distração, escola é lugar de
concentração. A Universidade é uma escola, não é parque de diversão. Depois, os alunos da USP que querem
estudar, obviamente, não querem conviver com barulho, pessoas se drogando, nem
cavalaria dentro das dependências da Universidade. Esse grupo de alunos que reivindica o direito de fumar maconha no
campus universitário deve estar querendo atropelar o direito da maioria, ou seja, querem
direitos especiais. Outro detalhe, conviver com drogado é uma coisa, conviver com pessoas
se drogando é outra coisa. Eu não quero um animal se drogando na sala de minha
residência. Ninguém pode me
obrigar a aceitar um alcoólatra enchendo o latão de pinga junto de mim. Esses estudantes querem ficar de papo pro ar, dentro da Universidade, pitando marijuana, inalando crack, como se fosse
direito a distração. Daqui a pouco, será direito fumar maconha na
igreja, na sala de espera, no elevador, no velório, etc, etc. O que se pode esperar de uma pessoa que está
se drogando? O imprevisível. O drogado não modifica o mundo, quem se modifica é ele. E você pode não querer ser visto por alguém que está
vendo o mundo
diferente. De repente, o cara pode pensar que você é o Cão do Terceiro Livro, que você é doido, que você é um fantasma, e aí? Imagine se
a moda pega e todos têm o direito de fazer o que quiser nas escolas. Uma procissão de alunos adentrando a Faculdade, de
maconha no bico. Todo mundo louco, se desabotoando, podendo imitar o coito em pé, embolando pelo chão, como as mulheres do deus
Dionísio. Observe bem o que esses alunos que invadiram a
Reitoria fizeram. Quebraram móveis, riscaram as paredes, lambuzaram tudo, como se estivessem em seu
chiqueiro. Desconhecem que aquilo é
bem público. Como é que querem ter direitos, atropelando direitos. Na Universidade tem
aluno decente, tomado banho, trocado de roupa, exame de vista, livro debaixo do braço, querendo estudar e
fazer o futuro. Gente que sente
prazer em estudar. Porque estudar
não dói, estudar é um movimento sublime d'alma, é fator de real amadurecimento da sociedade, de convivência saudável, semeadura da
Democracia. O mundo espera tudo daqueles que estudam, confia naqueles que se formam, e não espera boa coisa daqueles que
se drogam.
2 comments:
sosigenes parabéns pelo texto. e lapada nesses marginais de família.
Bom vê-lo por aqui, Dr. Manoel Carlos. Escola é lugar de concentração, não de distração. Quem quer usar droga em escola, não quer estudar, quer se drogar. Ora, aquele que quer se drogar e não quer estudar, vá para outro lugar. Droga tem hora e é para quem tem juízo. Doido não pode se drogar. Droga é para usuário, não para dependente. Droga mata. Todo excesso é venenoso. Paracelso dizia que a diferença entre o remédio e o veneno está na dose.
Clarividente abraço!
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