Na concepção de Oscar Niemeyer, dele nada restou. Nem a própria
concepção. Nada, nada, nada. Para Oscar Niemeyer, depois de sua vida, nenhuma
noção de tudo que se passou. Nem cogitava da grande indagação camoniana:
"se memória desta vida se consente..." O arquiteto das curvas,
paradoxalmente, não cria na volta. Antes, cria numa linha reta e obscura que
redundaria em nada. Morto, restam-lhe as mãos enclavinhadas e a oração dos que,
movidos pela Fé, rogam-lhe misericórdia.
Sosígenes Bittencourt
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