No
Dia do Trabalho, um casal amanhece se beijando.
Inútil lembrar-lhes o cotidiano.
Sôfregos, se abraçam, se beijando.
O Brasil deve ser o país
onde mais se beija no mundo.
Falta-se ao trabalho para se beijar.
Vai-se ao trabalho para se beijar.
Beija-se ao pingo do sol, no deserto, à beira-mar,
assim haja quem se preste para beijar.
Beija-se até sem beijar, mergulhado em sonho,
de tanto esperar.
Inútil lembrar-lhes o cotidiano.
Sôfregos, se abraçam, se beijando.
O Brasil deve ser o país
onde mais se beija no mundo.
Falta-se ao trabalho para se beijar.
Vai-se ao trabalho para se beijar.
Beija-se ao pingo do sol, no deserto, à beira-mar,
assim haja quem se preste para beijar.
Beija-se até sem beijar, mergulhado em sonho,
de tanto esperar.
No Dia do
Trabalho, um casal amanhece se beijando.
O sol doura o horizonte, aureolado de nuvens,
o aroma é de mato, de terra, de rio,
como sói acontecer no Brasil.
O palco, talvez, sugerisse uma peça musical
à la Villa-Lobos, eivada de tantos arroubos.
O sol doura o horizonte, aureolado de nuvens,
o aroma é de mato, de terra, de rio,
como sói acontecer no Brasil.
O palco, talvez, sugerisse uma peça musical
à la Villa-Lobos, eivada de tantos arroubos.
No
Dia do Trabalho, não cabe desengano,
no espaço que estreita o casal
que amanhece se beijando.
no espaço que estreita o casal
que amanhece se beijando.
Sosígenes Bittencourt
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