Sempre ouvimos dizer que, por amor, dá-se a vida. Todavia, Suzane diz que, por amor ao namorado, matou os pais. Quer dizer, o amor de Suzane tira a vida. Como é estranho o amor de Suzane... Uma pessoa que ama, termina espalhando o seu amor para além da coisa amada. Sempre ouvimos dizer que quem ama perdoa, quem ama não mata. Como é terrível o amor de Suzane... Só está faltando o namorado de Suzane dizer que matou os pais de Suzane por amor a Suzane. Será que o irmão do namorado de Suzane também matou os pais de Suzane por amor a Suzane? Como pode um casal ser vítima de tanto amor assassino? Nem Oscar Wilde entenderia, ao afirmar que “Todos os homens matam o que amam”. Porque, já que Suzane amava o seu namorado, deveria ter matado ele. Como é macabro o amor de Suzane... Estaciona o carro na garagem e vai ver se os pais estão dormindo. Desliga alarme, acende a luz do corredor e manda matar os próprios pais, a golpes de barra de ferro. Depois, chama a polícia e cai em prantos. Seu nome é Suzane von Richthofen, cuja pronúncia alemã dá calafrio na espinha. Vale, sozinha, por um campo de concentração nazista. Como cheira a tutu o amor de Suzane... Extorcionária, latrocina. Enquanto trucidam os seus pais, ensaca 5 mil dólares e 8 mil reais na biblioteca. Nem se sensibiliza, nem sente um ceitil de arrependimento, diante dos gênios da literatura. Que tipo de advogada seria Suzane, gazeando as aulas de Direito, para enveredar pelos tortuosos caminhos do crime? Como será a genética de Suzane, cujo irmão a perdoa e responde pelo perdão dos pais assassinados? Quem quererá namorar com o irmão de Suzane? Deus nos defenda de tanto amor... Nem o criminalista Cesare Lombroso suspeitaria de tanta maldade, pois que Suzane parecia uma ninfa.
Sosígenes Bittencourt
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