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Bem sei que ninguém tem tempo de estar lendo ou se incomodando com essas coisas como faço agora, mas alguém tem de desabafar pelos que sofrem. Um dos momentos mais pitorescos, dentro da descrição do economista em torno do país dos decibéis, é quando denuncia que aqui “Muitos urram fora da lei. Os pneus cantam nas curvas. A cachorrada da vizinhança tem cordas vocais de aço-molibdênio. As igrejas e os cultos confundem decibéis com fé”.
Penso que Cláudio tem muito o que reclamar nesse seu retorno à pátria do barulho. Eu o aconselharia a entrar numa dessas festas onde a juventude se embriaga ao som e o ritmo de “Lapada na rachada”, para estudar a idéia que hoje se inculca na população sobre os órgãos genitais e o exercício do prazer.
Sosígenes Bittencourt