Profª e escritora norte-americana
As religiões geram seus hereges. Toda ideologia tem seus apóstatas. Até as vacas sagradas encontram seus açougueiros. Menos o amor. Mesmo com divórcios, infidelidades e incompatibilidade de gênios, ainda insistimos em idealizar as relações amorosas. Em Contra O Amor, Laura Kipnis ousa discutir a idéia do amor romântico e nos faz entender que uma pessoa não pode preencher todas as nossas necessidades. Nesta polêmica análise, reavaliando o amor, os custos emocionais e os impasses dos relacionamentos afetivos contemporâneos, Laura nos faz entender que se o amor é um consenso, toda unanimidade é perigosa. Contra O Amor, com humor e seriedade, explora as regras e rituais do casamento e da domesticidade modernos. Laura lança provocações, vez por outra zombarias, ao contestar uma coisa tão inquestionável e tão profundamente arraigada, algo tão homologado por filmes, comerciais e livros, que nem ao menos nos damos conta de que também é uma construção. A literatura sobre o amor é vasta. Milhares de manuais de auto-ajuda nos convencem de que o trabalho é árduo, mas a recompensa, maravilhosa. “Mas será que somos marionetes sociais tão manipuladas que aceitamos automaticamente todas as histórias de sempre sem questionar nada?”, pergunta a autora. Laura analisa com habilidade as estruturas maiores do poder a que servem os casamentos e as relações monogâmicas e duradouras. Lembra como a nova economia não deixou o trabalho mais interessante, e tornou necessárias formas compensatórias de satisfação. O amor, incrivelmente maleável, molda-se de acordo com a vontade de cada um e dá conta do recado tão bem ou melhor do que outras substâncias disponíveis. Na cultura da mercadoria, ele se adapta ao papel de uma mercadoria barata, vendida a consumidores entediados, como um bálsamo para o vazio.Com habilidade de romancista e precisão terapêutica, Laura nos confronta com as mesquinharias da insatisfação, a impaciência, o ciúme, o adultério. O custo-benefício entre a recompensa afetiva prometida pelo amor e as renúncias que a sociedade exige de nós. Insinuantemente cruel e extremamente engraçado, Contra O Amor não oferece respostas fáceis, mas convida a um exame de consciência e a uma indiciação dos ideais maritais. Tudo isso embalado com punhais afiados de prosa.
As religiões geram seus hereges. Toda ideologia tem seus apóstatas. Até as vacas sagradas encontram seus açougueiros. Menos o amor. Mesmo com divórcios, infidelidades e incompatibilidade de gênios, ainda insistimos em idealizar as relações amorosas. Em Contra O Amor, Laura Kipnis ousa discutir a idéia do amor romântico e nos faz entender que uma pessoa não pode preencher todas as nossas necessidades. Nesta polêmica análise, reavaliando o amor, os custos emocionais e os impasses dos relacionamentos afetivos contemporâneos, Laura nos faz entender que se o amor é um consenso, toda unanimidade é perigosa. Contra O Amor, com humor e seriedade, explora as regras e rituais do casamento e da domesticidade modernos. Laura lança provocações, vez por outra zombarias, ao contestar uma coisa tão inquestionável e tão profundamente arraigada, algo tão homologado por filmes, comerciais e livros, que nem ao menos nos damos conta de que também é uma construção. A literatura sobre o amor é vasta. Milhares de manuais de auto-ajuda nos convencem de que o trabalho é árduo, mas a recompensa, maravilhosa. “Mas será que somos marionetes sociais tão manipuladas que aceitamos automaticamente todas as histórias de sempre sem questionar nada?”, pergunta a autora. Laura analisa com habilidade as estruturas maiores do poder a que servem os casamentos e as relações monogâmicas e duradouras. Lembra como a nova economia não deixou o trabalho mais interessante, e tornou necessárias formas compensatórias de satisfação. O amor, incrivelmente maleável, molda-se de acordo com a vontade de cada um e dá conta do recado tão bem ou melhor do que outras substâncias disponíveis. Na cultura da mercadoria, ele se adapta ao papel de uma mercadoria barata, vendida a consumidores entediados, como um bálsamo para o vazio.Com habilidade de romancista e precisão terapêutica, Laura nos confronta com as mesquinharias da insatisfação, a impaciência, o ciúme, o adultério. O custo-benefício entre a recompensa afetiva prometida pelo amor e as renúncias que a sociedade exige de nós. Insinuantemente cruel e extremamente engraçado, Contra O Amor não oferece respostas fáceis, mas convida a um exame de consciência e a uma indiciação dos ideais maritais. Tudo isso embalado com punhais afiados de prosa.
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