Fala, Vitória

Carnaval no Carneirão

Se a população soubesse que o Vera Cruz iria deixar Givanildo Oliveira com as mãos nos quadris, assistindo ao Santa Cruz tomar uma goleada no Carneirão, teria ido ver o que foi Carnaval. Houve momento em que o time parecia passar a bola, marcando o passo no ritmo do frevo. Apesar de demitido, Sérgio China ganhou os aplausos de Dinda que disse ter sido mérito ainda de Sérgio a sonora goleada. Em conversa com Fernando Nogueira, o presidente do Clube e ex-jogador de futebol, velho conhecido do bairro de Maués, observou, em plena comemoração na Pizzaria Chaplin, que ganhar em futebol se deve a uma série de fatores, dentre eles, sorte, entrosamento, determinação, arbitragem, escalação, etc... Na realidade, o juiz foi decentíssimo na partida. Apitou sem bairrismo e sem paixão. Diferente do que fez o cidadão que veio tomar a vitória do Vera Cruz contra o Central e do que garfou o Belo Jardim contra o Náutico. Em resumo, vai para os anais do clube esse espetacular triunfo, no momento exato em que somar 3 pontos era de fundamental importância para o Vera Cruz se manter aspirando à conquista do Campeonato. Poucas vezes, eu vi Vitória de Santo Antão de tal forma metida a besta. Na capital, só se fala nesse assunto. E não se fala ainda mais, porque balançaram o cassetete no desfile do Balança Rolha na capital pernambucana. Melhor que Ivete Sangalo tivesse vindo cantar no Carnaval do Carneirão. Pelo menos, não teria visto tanto sangue e tanto galo garnisé engalfinhado na porrada. Foi uma desgraça! Até bala comeu no centro, quando aqui foi bola no pé e frevo, numa prova de que nosso Galo é da paz. Precisamos apenas de respeito e mais apoio. Arbitragem limpa, torcida em campo e colaboração financeira para manter o plantel e as despesas mensais do Clube.

No mais, orgulhosamente, aquele abraço!

prof. Sosígenes Bittencourt