Recebo neste sábado, 15 de março de 2008, e-mail, remetido pelo jornalista Marcus Prado, que merece respeito. Vou resumi-lo para os curiosos leitores deste blog, salientando o que achei mais curioso e pitoresco. A correspondência eletrônica versa sobre o zelo do CEC (Conselho Estadual de Cultura), pela preservação do meio ambiente e termina por citar um artigo do médico e escritor Amaury Medeiros, intitulado “O Cajueiro” e publicado no Jornal do Commercio.
“Os livros registram que a mais antiga descrição do cajueiro foi feita em 1558 por Thevet (André Thévet - frade franciscano francês, explorador, cosmógrafo e escritor). O botânico Lineu (Carlos Lineu - botânico, zoólogo e médico sueco) lhe concedeu a designação científica de Anacardium Occidentalis. Nome pomposo que se refere ao aspecto físico do caju: Ana = como, Kardia = coração.
A castanha por seu turno é reniforme (com a forma de um corte longitudinal mediano de um rim). Isso parece conferir-lhe algumas características humanas. Talvez seja o fruto mais brasileiro de todos.
Servia igualmente de resposta às adivinhações. – "O que é, o que é? A fruta que tem a semente fora da casca?"
São múltiplas as propriedades e usos do caju.
O famoso folclorista Luiz da Câmara Cascudo considerava o suco de caju com farinha de castanha a "gulodice suprema".
O caju tem três vezes mais vitamina C que a laranja, sendo superado apenas pela acerola.
De Boa Viagem, Piedade, Candeias e Venda Grande, os cajueiros formavam matas onde se podia ficar perdido.
"Os homens construíram suas moradas sobre um cemitério de plantas", no dizer de Mauro Mota.
Para que se tenha uma idéia prática da devastação, só lembrar que o local onde hoje está instalado o Real Hospital Português de Beneficência, do lado meridional da Madalena, chamava-se antes de Cajueiro.” (Amaury Medeiros é membro da Academia Pernambucana de Letras)
“Os livros registram que a mais antiga descrição do cajueiro foi feita em 1558 por Thevet (André Thévet - frade franciscano francês, explorador, cosmógrafo e escritor). O botânico Lineu (Carlos Lineu - botânico, zoólogo e médico sueco) lhe concedeu a designação científica de Anacardium Occidentalis. Nome pomposo que se refere ao aspecto físico do caju: Ana = como, Kardia = coração.
A castanha por seu turno é reniforme (com a forma de um corte longitudinal mediano de um rim). Isso parece conferir-lhe algumas características humanas. Talvez seja o fruto mais brasileiro de todos.
Servia igualmente de resposta às adivinhações. – "O que é, o que é? A fruta que tem a semente fora da casca?"
São múltiplas as propriedades e usos do caju.
O famoso folclorista Luiz da Câmara Cascudo considerava o suco de caju com farinha de castanha a "gulodice suprema".
O caju tem três vezes mais vitamina C que a laranja, sendo superado apenas pela acerola.
De Boa Viagem, Piedade, Candeias e Venda Grande, os cajueiros formavam matas onde se podia ficar perdido.
"Os homens construíram suas moradas sobre um cemitério de plantas", no dizer de Mauro Mota.
Para que se tenha uma idéia prática da devastação, só lembrar que o local onde hoje está instalado o Real Hospital Português de Beneficência, do lado meridional da Madalena, chamava-se antes de Cajueiro.” (Amaury Medeiros é membro da Academia Pernambucana de Letras)
Certa vez, li de Gilberto Freire uma comparação de cajus com peitos de moça bonita.
Sosígenes Bittencourt
Sosígenes Bittencourt
3 comments:
O cajueiro é lembrado também na canção de Roberto Carlos, por sinal muito bonita.Que diz assim Meu pequeno cajueiro vivo só pensando em tí
Se um dia, eu for atacado de amnésia, ponham Roberto Carlos pra tocar, e eu recobrarei a memória.
Concerteza, já não se faz mais musicas com antigamente.
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