Outro
dia, um cidadão me perguntou por que a menina dele não falava com ele. Como eu
não a conhecia, perguntei: - O senhor conhece algum motivo?
Aí,
ele, laconicamente, me respondeu: - Não.
- Ela usa a internet? –
perguntei-lhe.
- Eu penso que ela mora
lá. – respondeu o cidadão.
Aí, eu dei a sugestão:
Compre um computador e peça para ela adicioná-lo como amigo no Facebook. Aí,
você conhecerá sua filha virtual. Ela mora lá. Sua filha virtual não é sua
filha real. Sua filha real é uma menina imaginária, fruto de sua fantasia. Sua
filha virtual é uma menina que você não conhece. E, para você parecer virtuoso,
não a procure para fazer nenhuma crítica às suas amizades e seus gostos. Porque
estará se intrometendo na vida dos outros, pois sua filha é uma ilustre des(virtuada)
da antiquada educação doméstica de seus antepassados.
Des(virtuado) abraço!
Sosígenes Bittencourt
1 comment:
Antigamente, o hospício estava cheio de loucos que tinham uma ideia fixa. Uns ficavam olhando para os cantos de parede, pensando que tinha alguém filmando eles; outros se agarravam com um objeto e só largavam na base do eletrochoque. Hoje, tudo isso é normal. As pessoas nem ligam estarem sendo filmadas até urinando e nem ligam por estarem o dia inteiro esfregando o dedinho num smartphone.
Tem gente que bebe para dormir e acorda para beber. Sua fama é de CACHACEIRO. Por outro lado, tem gente que dá Boa Noite no Facebook para cair nos braços de Morfeu e dá Bom Dia no Facebook ao arregalar os olhos, e ninguém dá um pio.
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