Um tempo desses, começou a rondar a porta de uma das churrascarias da cidade uma baita morena, de par de seios protuberante e pernas roliças, de estimular um padre de gesso. Isso acontecia aos olhos da macacada que enchia a cara à cata de mulheres, compulsados pela vontade de transar. Sem entender de leis e desobediente a normas de boa conduta, a morenaça desfilava de coxas à mostra, num saracoteado de exalar o sabonete. Naturalmente, globalizada pelo horror de novelas que já consumiu, deveria estar como “toda menina quando enjoa da boneca”, doida pra namorar. A clientela, ensopada de álcool e delirando de luxúria, nem se tocava para as teses do Atentado Violento ao Pudor e do Estupro Presumido. Nenhum babaquara se imaginava de algemas, a bordo de camburão, garroteado para o Cotel. Talvez, muitos nem se incomodassem de fazer um piquenique na cadeia pública da cidade. Até o cardápio perdia em atenção para aquele banquete de carnes, oferecido nas tarimbas do desejo. Embora aparentasse ter mais de duas décadas de vida, o pitéu só fazia 13 anos que vivia no mundo. Inocente de todo o perigo, a moçoila sequer lembrava dos Jasons e Malhados da vida, dos Jacks de nosso tempo. Afoitíssima, danava-se a passear no meio dos bêbados. Houve até quem observasse: - Isso acaba casamento!
Em resumo, esse quadro, cada vez mais encontradiço, revela o quanto anda solta a meninada, sem o devido rastreamento dos seus reprodutores e ao capricho do destino. E ai de quem se meter, correndo o risco de ir encarcerado, depois de fotografado, para receber a punição que os detentos impõem a quem perpetra bolinagem ou concurso carnal com menor de idade. Não adianta a fêmea ter tamanho nem passagem pelos motéis da vida, o que interessa é a Certidão de Nascimento. Ninguém irá convencer a Justiça de que foi a criança que colocou o adulto no mal caminho. Sosígenes Bittencourt
2 comments:
É um quadro, digamos, afrodisíaco.
Apesar dos pesares, estas garotas não só acabam casamentos, como também, enlouquecem-nos, levam-nos ao Cotel, e outros absurdos.
Fica na paz de Deus.
É o tal negócio, tamanho não é documento, o que vale é a Certidão de Nascimento. E cada um cuide de si, que é tempo de Murici.
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