Quando o presidente
do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, foi convidado a dar uma palavrinha, na Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a delegação de Israel deu o pira, escafedeu-se. Dois bicudos que não se
beijam. Nem parecem da mesma origem, todos Semitas, descendentes de Sem, o menino
de Noé, irmão de Cam e Jafé. Parece Caim, com um cutelo, correndo atrás de Abel.
José Saramago, escritor português, dizia que “os judeus não aprenderam com
o próprio sofrimento, fazendo com os outros aquilo que fizeram com eles.”
Ora, como podem participar de reunião para tratar de sustentabilidade,
povos de relacionamento tão insuportavelmente insustentável? Quer dizer, foram
debater a salvação do planeta, ou foram arengar?
Para os judeus, Jesus foi um rabino, líder e mártir da revolta do próprio
povo judeu, contra o domínio do Império Romano. Já, na cabeça dos islâmicos,
Cristo foi um profeta do amor, que nem Maomé e Isaac. Quer dizer, o ninho dos
profetas é o lugar, religiosamente, mais bagunçado do planeta, o mais
materialista, porque essas brigas são pelo poder, e poder não tem nada a ver
com bem-aventurança, não é caminho de Salvação. Já no Ocidente, é a
mesma coisa. Não são os ateus que se estranham por causa de Jesus, são os
cristãos.
Agora, quem
acredita que a Rio+20 vai resolver a questão da destruição do planeta, se os
megacapitalistas, os neoaristocratas vivem nadando na riqueza às custas da
destruição do mundo?
Certo estava a
escritora cearense Rachel de Queiroz quando disse que “o homem não é merecedor
do Reino que Deus lhe deu.”
Sosígenes Bittencourt
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