Que menina!
Comecei na Avenida Brasil me apaixonando por Nina, e terminei apaixonado por Débora. Só Jorginho não enxerga que a menina é Débora. Que menina aloprada, que coisa linda! A vida é sempre assim, a gente geralmente se apega a quem nos causa constrangimento, quem nos impõe dificuldade ou sentimos que é capaz de nos trair. Cega de ódio de Carminha, Nina foge de Jorginho, dá presente a Max, confunde o rapaz, já confuso em não saber quem são seus verdadeiros pais. Meio doida, não assume o seu amor por Jorginho, atirando-o num precipício sentimental. Débora, não. Débora é mansa, parece uma nuvem enguiçando o topo de uma montanha, uma brisa, um bálsamo para o coração partido. Os olhos de Débora falam de amor. Deus me defenda de Nina. Quem danado confiaria no amor de Nina, entulhada de ódio, toda despranaviada? O ser humano tem de ser gari de suas emoções. O ódio é um lixo mental.
Sosígenes Bittencourt
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