Não há dúvida de que muitos políticos foram
condenados, nas urnas, pelo eleitor. O eleitor parece haver reconhecido o papel
que tem a desempenhar. Na era da invasão de privacidade, do “sorria, você está
sendo filmado”, do hacker, não dá para ficar na sombra sem ser percebido.
No tempo das Oligarquias, do Coronelismo, na
era da caneta-tinteiro, a corrupção podia ficar debaixo do tapete ou na ameaça
de morte. Hoje, com a derrubada das Ditaduras Teológicas, esfaceladas pela Rede
Mundial de Computadores, não dá para fazer prestidigitação e ludibriar o povo.
O povo pode ser oprimido e até derrotado pelos poderosos, mas não sem saber das
trapaças autoritárias. É como se todos estivessem nus, com as intimidades de
fora. Ora, se a Justiça não condena o político, porque está mancomunada com
ele, só quem pode tirá-lo de circulação é o eleitor.
Sosígenes Bittencourt
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