Segundo informações, três pessoas foram feridas a
bala no bairro da Liberdade, no centro de São Paulo. Diz que eram um enfermeiro,
uma psicóloga e um oficial de justiça.
Eles foram entregar uma Carta de Interdição, enviada pela Justiça, a um débil
mental e foram cumprimentados a tiro. Seria engraçado se não fosse trágico. O
esquizofrênico dizia haver sido policial, sem ser. Como todo esquizofrênico, ele vive dividido entre
dois mundos, um imaginário e um real. Quando prevalece o mundo virtual, ele
surta, podendo ficar deprimido, petrificado feito uma estátua, ou eufórico,
querendo abrir a porta e correr pela rua.
O sujeito que opta por ser policial,
neste país, já anda doido para arrumar
encrenca, e aquele que pensa que é policial, sem ser, está completamente doido.
Deve ser um doente que sofre de delírio persecutório, ou seja, pensa que tem gente querendo acabar com sua raça.
Os profissionais baleados foram ingênuos. Levavam
uma Carta Judiciária que impedia o doente de responder pelos seus atos. Quando
o débil recebeu a notícia, entrou em pânico e largou bala nos mensageiros. O
oficial de justiça, a psicóloga e o enfermeiro não deram a mínima para a
gravidade do estado mental do paciente. Ou não entendem nada de loucura, ou são
displicentes.
Até o momento em que redijo estas linhas, a
polícia ainda não conseguiu a rendição do acuado. Ele está em sua residência,
assistindo à televisão, armado até os dentes e danado da vida com a carta que
desconsidera até sua assinatura.
Sosígenes Bittencourt
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