Monday, June 17, 2013

César e Aline no Amor à Vida

César pode não ser um pai ou esposo bem sucedido, pode não ser um empresário bem sucedido, mas a vida tem suas compensações. Deu-lhe uma secretária digna de um sultão, de um césar romano.
Os beijos entre Antônio Fagundes e Vanessa Giacomo não são beijos técnicos. A menos que a televisão use de insuspeitados recursos de prestidigitação, os beijos são reais e de mexer com o telespectador na poltrona. Sobretudo, se se tratar de um septuagenário encrencado com a família.
Casos como o encenado por César e Aline acontecem desde que o mundo é mundo. É que, antigamente, as pessoas tinham vergonha de espalhafato e perpetravam seus pecados escondidos da vizinhança. Isso era no tempo do buraquinho no lençol e a negativa de autoria.
Walcyr Carrasco deve ser um bom leitor da vida. A novela pode despertar a ideia de que Aline tem alguma frescura psicanalítica, tipo Complexo de Electra, fixação na figura paterna, daquelas revelações freudianas que o Pai da Psicanálise andou espalhando.
Novela só presta assim, quando você sente vontade de matar ou imitar o personagem. Contudo, é bom ficar atento, Walcyr Carrasco pode fazer alguma barbaridade com você. E cuidado para não comprar uma joia para sua secretária na joalheria que sua mulher costuma visitar.
Sosígenes Bittencourt

1 comment:

Sosígenes Bittencourt said...

A vida real é uma novela da qual não podemos escapar. Prefiro a da televisão, porque tenho o consolo de poder desligar.
Contudo, prefiro me apaixonar. O teatrólogo Nelson Rodrigues dizia: Sem paixão, não dá nem pra chupar picolé.