Friday, October 24, 2014

QUARTETO DE HOMOSSEXUAIS NO TEMPO DO RONCA

Avelon, Vavá, Nildo e Brigite (da esquerda para a direita). 
Isso foi no tempo que se podia vaiar homossexual. No entanto, ninguém matava homossexual. O termo homofobia não havia nascido, e a turma que transava de costas vivia mais sossegada.

O mundo era outro mundo, pois o ódio não se traduzia necessariamente em agressão física e homicídio. As pessoas não dispunham de tanta informação quanto hoje, mas eram mais pacatas, mais tementes a Deus. O trabalho era glorificado, os ricos trabalhavam mais do que os pobres. Hoje, o pobre quer ser rico às custas do crime.

Quem mata homossexual, não é homofóbico nem heterossexual, é ASSASSINO. Quem mata homossexual, mata um idoso, mata uma criança, mata um negro, um branco. É preciso focar no aspecto substantivo do crime e não perder tempo com o rito processual, que é "a mais excelente das tragédias", como concluía Platão (428-348 a. C.)

Brigite era o mais conhecido, o mais saliente e festejado dos homossexuais. Vi-o vaiado, nas ruas, diversas vezes. Contudo, ouvi dizer que quem o deformou, de uma surra, foi o próprio irmão. Brigite me parecia um animal sem maldade e me despertava uma certa misericórdia. Talvez, pela rígida educação que tive, orientado a respeitar as pessoas.  
Sosígenes Bittencourt

2 comments:

Sosígenes Bittencourt said...

Aliás, todos trabalhavam e se mantinham. Nunca vi nenhum querer desmoralizar ou agredir ninguém.

Sosígenes Bittencourt said...

Penso que estão todos mortos e já se submeteram ao Juízo Final. Por oportuno, eu relembraria o orador sacro português Padre Antonio Vieira (1608-1697): É mais seguro ir com pecados ao juízo de Deus, do que com milagres ao juízo dos homens.