Saturday, March 26, 2016

AFETO E LIMITE

Um cidadão me encontrou numa churrascaria e me revelou que havia gostado tanto de uma mulher que gastou tudo o que tinha. Vendeu o gado, o sítio, veio morar na cidade, tudo para gastar com a mulher que adorava. Depois, reduzido a uma caminhonete velha, a mulher o deixou.
Quer dizer, se ela não o queria com tudo que tinha, imagine sem nada do que tinha. Ou seja, ele, por excessivo afeto (afetado pelo afeto), por não impor limites à paixão, nunca percebeu o pecado que cometia. Daí, o castigo advindo.
Afetuoso abraço!

Sosígenes Bittencourt

2 comments:

Sosígenes Bittencourt said...

Quando um homem paga para uma mulher ficar nua, ele a transforma num objeto, e quando uma mulher fica nua pelo dinheiro do homem, ela o transforma num objeto. Ela só vale pelo NU, e ele só vale pelo DINHEIRO. Não sobra nada de sentimento nem de dignidade. Quer dizer, ambos se transformam em coisas, se coisificam mutuamente. Certo, ou errado?

Sosígenes Bittencourt said...

Antigamente, uma prostituta era uma verdadeira atriz, ela sabia imitar o amor com tanto talento que o cliente se sentia amado. Valia a pena contracenar com a personagem no palco do cabaré. As músicas eram românticas, as mulheres da vida eram arrumadas, perfumadas, usavam corpete, anágua e combinação. Havia regra no cabaré. Tanto que o homem não podia passar "seixo", senão ficava desmoralizado. Hoje, a música não presta, a mulher entra em cena bêbada que nem um molambo e se você der vacilo, ela lhe toma a carteira e o celular. Isto é que é uma Zona!