Condenação da Lei Maria da Penha

Não, aqui não é a Lei Maria da Penha que condena; ao contrário, é condenada. Se compararmos o que o homem pratica com o que a mulher faz, chegaremos facilmente à conclusão de que a mulher é um animal melhor do que o homem. Ela é mais doméstica, mais recatada, mais romântica, mais religiosa e mata bem menos do que o homem. Tanto que, quando uma mulher não presta, logo se diz: essa mulher é um macho escritinho. Talvez, deva-se essa postura comportamental à progesterona, o hormônio da sensibilidade feminina, que predomina nas suas sinapses neuronais. Mas, parece que não é assim que o juiz Edilson Rodrigues, de Sete Lagoas (MG), pensa. Pois considera a mulher um poço de maldade, chegando a dizer que “a desgraça humana começou no Éden, por causa da mulher.” Arretado com a Lei Maria Penha, considera-a inconstitucional, chamando-a de “monstro tinhoso” e rejeitando pedidos de medidas contra homens que agrediram e ameaçaram suas companheiras. Deve ter lido Schopenhauer, que dizia que “a mulher é um animal de cabelos longos e idéias curtas.” Apenas desejaria fazer um comentário que tenho feito às mulheres. Que não se iludam com a Lei Maria da Penha. Ela parece não ter inibido os homens, pois o índice de violência contra a mulher tem se preservado alarmante. A atitude deve ser radical e antecipada. Deixar o seu carrasco a partir das primeiras ocorrências, sem jamais voltar atrás ou perdoar incessantemente. É inegável que a paixão não tem raciocínio lógico, ela tolda completamente a razão, mas é a única saída. É melhor sofrer até curar-se, do que pagar com a vida. Há mulheres dormindo passionalmente com seus futuros assassinos. Não é em vão que o psiquiatra Rubens Coura afirma: “Paixão é doença e merece tratamento”. É um vício como consumir droga e consome da mesma forma.
Sosígenes Bittencourt