A questão crucial aqui é que a Igreja reza pela cartilha bíblica e quer transformar o Estado, que é laico, em teocrático. Que ela se envolva nos assuntos seculares, até eleja candidatos para discuti-los, mas sem abanar o crucifixo, como mantra para chegar ao poder.
Depois, há uma tremenda hipocrisia quanto aos temas mais polêmicos, dicutidos em campanha. Por exemplo, todo mundo é contra o aborto, a Justiça condena, mas ninguém é punido. Todo dia, tem ritual de aborto em fundo de quintal e clínica clandestina, e ninguém é molestado. Quer dizer, qual a diferença entre legalizar o aborto e não punir quem comete? Só uma: o estado não manda ninguém praticar aborto e não se responsabiliza pelo ato, o que praticamente dá no mesmo, porque não condena o criminoso.
Aborto é geralmente para encobrir safadeza ou safar-se da responsabilidade de assumir os atos. Esquisito, no entanto, seria ser a favor da legalização do aborto, porque aí o estado disponibilizaria recursos para o assassinato de seres humanos indefesos na câmara uterina, desde a concepção até as vésperas do parto.
Hipócrita abraço!
Sosígenes Bittencourt
1 comment:
O problema é que as pessoas querem escolher o(a) presidente da república como quem escolhe o presidente do apostolado da oração ou da irmandade das almas!
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