Disse que, numa Tamarineira da vida, o doido passou um tempão com o ouvido colado na parede. Era uma seboseira desgraçada. Não queria dormir, não comia direito, fazia as necessidades fisiológicas ali, uma tristeza. Como os outros doidos não ligavam, porque também não tinham juízo, a enfermeira resolveu chamar o psiquiatra. O psiquiatra veio, afastou o doido, colocou o ouvido na parede: - O que é que você faz tanto aqui? Eu não estou ouvindo nada.
Aí, o doido explicou: - Faz 3 dias que tá assim.
Desvairado abraço!
Sosígenes Bittencourt
2 comments:
Oi Professor, as vezes esses lapsos de memória são uma forma de fugirmos um pouco da realidade mundana, de uma realidade muitas vezes, doída demais. Talvez esse doido estivesse tão lúcido, que o doido poderia ser quem não o entendeu. Talvez esse seja um dos grandes equívocos da vida: "quando creditamos que nós somos sãos e os outros, simples andarilhos perambulantes...". Um abraço! Walkíria Araújo.
Realmente. Às vezes, confundem minha lucidez com a minha loucura. Também posso enlouquecer da boa loucura. Quando ponho aforismos filosóficos nas paredes, as pessoas me chamam de louco. O pinto Salvador Dali dizia: A única diferença entre um louco e eu é que eu não sou louco.
Louco abraço!
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