Tuesday, August 09, 2011

O que é mais difícil?

Quando pergunto aos alunos: O que é mais difícil, fazer sexo, ou distinguir Sujeito e Predicado numa oração? Ele logo responde: - Distinguir o Sujeito e o Predicado.
Ledo engano. Uma regra gramatical é uma regra e acabou-se. Fazer sexo com outra pessoa requer muito mais inteligência e imaginação. Implica em refletir sobre o pecado, nas consequências do ato, em noções de higiene, prevenção contra DST, gravidez, amor e paixão, empreender sedução, etc etc etc.
A grande questão é que "sexo" dá prazer, e "estudar", não. Ora, qual a grande função dos pais e mestres, depois da Internet? Mediar esse universo de estímulos ao qual os jovens estão submetidos. Nunca, ser pai foi tão exigido; nunca, ser professor foi tão importante. Eu tenho tentado provar aos alunos que alguém pode ser feliz, sentir prazer nos estudos. Conhecer dá felicidade, estudar dá prazer. O prazer, que é o que se busca, está maquiado pela mídia, a serviço do Capitalismo de Consumo, como associado ao delírio, à ebriedade, embora queira-se combater o uso de drogas. Daí, o vazio e a sensação de inutilidade dos jovens, a perda da esperança. Esse é o quadro. E aproveito para relembrar a célebre reflexão de Einstein: "A alegria de ver e entender é o mais perfeito dom da natureza."
Sosígenes Bittencourt

2 comments:

Millena Bezzerra said...

Como estudante, admito que é realmente prazeroso quando você compreende o raciocínio de determinado cálculo ou consegue responder à pergunta do professor corretamente. Você se sente útil, capaz. Mas existe muita mídia atrapalhando o nosso desempenho escolar.
E como namorada, acho qualquer momento a dois tão simples, porque ninguém precisa ensinar, são coisas que a convivência e o cotidiano ensinam.

http://amorporclassico.blogspot.com

Sosígenes Bittencourt said...

Exatamente, o cotidiano ensina, porque nós vamos nos dedicando, querendo aprender, valorizando. Porque o prazer sexual é que é fácil, ele é um prazer pessoal. É por isso que cabe ao universo familiar e escolar a consciência de que é preciso orientar os filhos e alunos para um prazer que eles desconhecem.
Boa observação!