Sunday, May 20, 2012

Era do Silêncio

Tudo que há de bom, em mim, é resultado da DISCIPLINA do meu tempo.
Sou da Era do Silêncio, quando tudo podia ser observado e sentido com paciência.
Sou do tempo em que havia tempo de acompanhar a réstia do sol
e contar estrelas.
Sou do tempo em que o coral dos grilos compunham a sonoplastia das estrelas.
Escola não era lugar de DISTRAÇÃO, era lugar de CONCENTRAÇÃO.

Sosígenes Bittencourt

1 comment:

Anonymous said...

Professor,

Sou do tempo em que o professor era a representação paterna e materna na escola;

Sou do tempo de dar a vez na fila ou o assento aos mais velhos (e não precisava ser idoso);

Sou do tempo em que era melhor levar uma surra do que levar um rabo de olho da minha mãe ou do pai ou ainda, de ficar de castigo em cima de caroços de milho ou feijão;

Sou do tempo de quando o sino tocava na Igreja e começa a tocar a Ave Maria, era a hora de pedir bênção aos mais velhos que estavam próximos, parar tudo e rezar uma Ave Maria e uma Santa Maria;

Sou do tempo em que os pais eram respeitados e não ridicularizados ou trocados por falsas amizades ou amores ilusórios;

Sou do tempo em que mulheres e homens se respeitavam e honravam o nome da família;

Sou do tempo em que se pedia com licença, por favor, obrigada, desculpa, eu errei, nao tive a intenção, foi sem querer e não do sem querer querendo ( do seriado Chaves);

Sou do tempo de pular amarelinha, pular corda na rua, jogar barra bandeira, brincar de pique-esconde, de trinta e um alerta, de rodar pião, empinar papagaio, brincar de casinha, de fazer comida em panelinhas de barro e cuidar de bonecas como se fossem nossos filhos;

Sou do tempo da boa música de Nelson Gonçalves, Altemar Dutra, Roberto Carlos, Aguinaldo Timóteo, Ângela Maria, Núbia Lafayette, José Augusto, Fernando Mendes, Leonardo Sullivan, Nelson Ned, Wando, Noite Ilustrada, Joanna, Simone, Roupa Nova, Julio Iglessias, Reginaldo Rossi, The Fiveres e tantos outros considerados bregas;

Sou do tempo de não muito tempo, sou da década de 1970 e muitas vezes me acho ultrapassada com essa liberdade excessiva e precosse em que tudo nos é permitido, independente da idade cronológica, porque estamos em pleno século XXI;

Sou do tempo dos olhos nos olhos, do aperto de mão, do bom dia, boa tarde, boa noite quando encontrávamos alguém na rua, independente se nos conhecíamos ou não;

Sou do tempo em que havia honestidade, vergonha e respeito por nós e pelos outros.

Sou de um tempo que não volta mais...

Saudoso abraço! Walkiria Araujo.