Thursday, January 09, 2014

Quarteto de homossexuais no tempo do ronca



Avelon, Vavá, Nildo e Brigite (da esquerda para a direita). 
Isso foi no tempo que se podia vaiar homossexual. No entanto, ninguém matava homossexual. O termo homofobia não havia nascido, e a turma que transava de costas vivia mais sossegada.

O mundo era outro mundo, pois o ódio não se traduzia necessariamente em agressão física e homicídio. As pessoas não dispunham de tanta informação quanto hoje, mas eram mais pacatas, mais tementes a Deus. O trabalho era glorificado, os ricos trabalhavam mais do que os pobres. Hoje, o pobre quer ser rico às custas do crime.

Quem mata homossexual, não é homofóbico nem heterossexual, é ASSASSINO. Quem mata homossexual, mata um idoso, mata uma criança, mata um negro, um branco. É preciso focar no aspecto substantivo do crime e não perder tempo com o rito processual, que é "a mais excelente das tragédias", como concluía Platão (428-348 a. C.)

Brigite era o mais conhecido, o mais saliente e festejado dos homossexuais. Vi-o vaiado, nas ruas, diversas vezes. Contudo, ouvi dizer que quem o deformou, de uma surra, foi o próprio irmão. Brigite me parecia um animal sem maldade e me despertava uma certa misericórdia. Talvez, pela rígida educação que tive, orientado a respeitar as pessoas.  
Sosígenes Bittencourt

2 comments:

Sosígenes Bittencourt said...

Brigite era todo afrescalhado, dobrava as munhecas, saltitava numa canela só, bradava histerismos, parecia uma desmiolada. Nildo cabeleireiro era de uma delicadeza glamourosa, capaz de fazer gargalhar um padre de pedra. Não podiam despertar num ser humano SADIO nenhum impulso CRIMINOSO.

Sosígenes Bittencourt said...

Quando o assunto é violência contra homossexuais, o correto é se preocupar mais com a VIOLÊNCIA do que com a HOMOSSEXUALIDADE. Mesmo porque a VIOLÊNCIA é tema muito mais recorrente, é o fermento amargo do pão nosso de cada dia. Uma babá que maltrata uma criança, uma serviçal que espanca um idoso, um homem que estupra são pessoas que usam a razão, mas não controlam suas emoções, seus desejos. Não têm cara e habitam entre nós. Todas as vezes que um homem mata sua esposa, eu publico uma advertência: "Neste momento, há mulheres dormindo com o seu futuro assassino." Preocupa saber quem são esses desequilibrados que vão à missa, dão presente em aniversário e levam as crianças ao Parque de Diversão.