Saturday, January 23, 2010

O borracheiro e a cabeleireira

Crime revoltante foi esse perpetrado em Belo Horizonte, onde um borracheiro ameaça a ex-esposa de morte, ela busca proteção na Justiça e termina assassinada, exatamente, por falta de socorro. É a vida à mercê dos perversos e desvairados. O mundo inteiro está assistindo ao crime, porque fora gravado por uma câmera instalada no interior do salão onde a vítima trabalhava. Observe-se a ameaça do criminoso, gravada e anexada ao inquérito policial:
Não vou aceitar perder minha casa. Se perder, você vai estar debaixo da terra. Está decidido isso. Já não vou trabalhar mais. Vou tocar uma vida de vagabundo. Se eu perder minha casa, vou te matar”.
Agora, imagine o desespero da vítima, na denúncia feita à polícia e também gravada:
Tenho uma intimação que a juíza expediu por causa do meu marido, que me agrediu. Eu o levei na Lei Maria da Penha. Era para ele ser expulso de casa. O oficial veio, tirou de casa, só que ele está aqui e ainda está me ameaçando.
As explicações dadas pelas autoridades que deveriam ter tomado as providências necessárias não convencem nem uma criança. Por isso que existe linchamento, porque as pessoas não confiam na Justiça.
Indagado se se arrenpedera, respondeu o borracheiro:
"Não sei."
Não foi em vão que o psiquiatra Rubens Coura publicou livro e deu entrevista às páginas amarelas da revista VEJA, afirmando que paixão é loucura. Em Apoti, Pernambuco, a mulher que teve a mão decepada pelo marido está morando com ele. Por isso, há muito deixei de assistir a filme de terror. A realidade cotidiana é Oscar perante a ficção.
Sosígenes Bittencourt

3 comments:

Marília said...

Antes, as mulheres não denunciavam as agressões, ameassas, por parte de seus maridos, porque os homens da delagacia não dava importância e a família dizia "ruim com ele, pior sem ele".
Hoje, as mulheres têm a Lei Maria da Penha, só que não temos efetivos para se cumprir a Lei. Tem que esperar o pior para se prender.
Por isso, meu amigo, que abri mão das pouquíssimas coisas que adquiri com ex-marido, como por exemplo, uma CPU quebrada, roupas, equipamento de ginástica, e o principal, um carro (só não comprei imóveis, fui mais esperta). Tudo para não acabar nessa estatística.
Valeu a pena! Estou viva! Vivíssima!!!!
Bens materiais a gente consegue novamente. Devemos abrir mão, pois temos saúde para conquistar novamente. Hoje eu não tenho um carro porque não quero.

Bjs

Marilia said...

Desculpe o erro. AMEAÇAS

Sosígenes Bittencourt said...

Na realidade, o borracheiro não matou a cabeleireira por causa da casa, matou por ciúme e inconformado com a separação. Trata-se de uma paixão doentia, confusão mental. A casa foi um pretexto. No entanto, a justiça foi insofismavelmente cúmplice na morte da vítima. Eu costumo dizer que paixão enlouquece, por isso é preciso tomar cuidado com quem você se envolve. O cérebro de um borracheiro não é o cérebro de um poeta. Nesse instante, há muitas mulheres fazendo carícias no seu futuro assassino.
Graças, Marilia Bela!
Graças por sua estrela!