Aqui, em Vitória de Santo Antão, tinha um sujeito tão pirangueiro que, ao falecer, a esposa resolveu dar-lhe um sepultamento digno de suas economias, comprando-lhe um suntuoso caixão. Quando o falecido ia, ali, pela antiga Rua Paz, a bordo de sua urna funerária, resolveu recobrar os sentidos: - Quanto custou este caixão, fulana? - perguntou a sua inconsolável esposa. - Custou tantos e quantos, meu querido – respondeu-lhe, temerosa. Aí, o ressuscitado "remorreu" para século sem fim amém.
Outra vez, um matuto chegou no sítio, depois de vários dias ausente, e encontrou o pai, morto, estendido na sala de visita. Tirou o chapéu, pranteou o genitor e ficou pra dentro e pra fora, com a mão na cabeça, maldizendo a perda do ente querido. E era aquele zum-zum-zum danado dentro da casa. Quando foi lá pras tantas, ele veio da cozinha, entrou na sala, sacudiu o chapéu no sofá e desabafou: - Já estou conformado, meu pai. É melhor o senhor morto do que vivo no mundo, ouvindo conversa de gente safada.
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Aqui, em Vitória de Santo Antão, tinha um sujeito tão pirangueiro que, ao falecer, a esposa resolveu dar-lhe um sepultamento digno de suas economias, comprando-lhe um suntuoso caixão.
Quando o falecido ia, ali, pela antiga Rua Paz, a bordo de sua urna funerária, resolveu recobrar os sentidos:
- Quanto custou este caixão, fulana? - perguntou a sua inconsolável esposa.
- Custou tantos e quantos, meu querido – respondeu-lhe, temerosa.
Aí, o ressuscitado "remorreu" para século sem fim amém.
Outra vez, um matuto chegou no sítio, depois de vários dias ausente, e encontrou o pai, morto, estendido na sala de visita. Tirou o chapéu, pranteou o genitor e ficou pra dentro e pra fora, com a mão na cabeça, maldizendo a perda do ente querido. E era aquele zum-zum-zum danado dentro da casa. Quando foi lá pras tantas, ele veio da cozinha, entrou na sala, sacudiu o chapéu no sofá e desabafou: - Já estou conformado, meu pai. É melhor o senhor morto do que vivo no mundo, ouvindo conversa de gente safada.
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