Ladrão Soft
O assaltante chega e aborda uma senhora:
- Bom dia, como vai?
- Bem, obrigada.
- Olhe, eu sou um assaltante e desejaria que a senhora me
passasse os pertences, por bondade.
- Pois não. - Diz a assaltada e passa-lhe os objetos
pessoais.
- Por favor, minha senhora, observe o que está me entregando
para não me acusar de ter roubado o que não roubei. – Explica o ladrão
insuportavelmente ético.
- A senhora vai para casa de quê? – Apieda-se o ladrão soft e
sofisticado.
- De ônibus, meu senhor.
- Não, madame, esses ônibus são muito perigosos para uma
mulher da sua idade. Eu vou lhe dar o dinheiro do táxi. – E estende-lhe a
passagem, o zeloso ladrão soft.
E, aí, finalmente, despede-se o bom ladrão, invocando o nome do
Senhor: - Deus te dê em dobro o que eu te tenho roubado.
Sosígenes Bittencourt
2 comments:
O grande pecado do ladrão soft foi ter "usado o santo nome em vão."
No mais, poder-se-ia dizer: dos males, o menor.
Nesses dias, o assalto virá em forma de imploração: A senhora tem o dinheirinho do ladrão, por obséquio?
Esse ladrão é portador de uma inteligência preguiçosa. É um bondoso que pratica o mal. Bem que, ao invés de roubar, poderia estar trabalhando como Assistente Social.
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