Sunday, February 23, 2014

Carnaval no tempo de eu menino



Sou do tempo do aroma inebriante do lança-perfume, da neblina de confetes, do bailado das serpentinas, da cavalaria à frente dos clubes, do solo de clarins, dos enfrentamentos das orquestras de frevo, dos cabeções, de Pierrot que amava Colombina que amava Arlequim, e todos nós amávamos, NO TEMPO DE EU MENINO. No tempo que eu queria crescer para fazer coisas que menino não podia fazer.  Sosígenes Bittencourt

1 comment:

Sosígenes Bittencourt said...

O lança-perfume provocava alucinações, mas eu nunca vi ninguém dá uma tapa num gato. Hoje, o sujeito toma uma lapada de cachaça e quer passar o braço na fisionomia do semelhante. Um crime, antigamente, era um escândalo, conversa para um ano. Hoje, quando a gente toma conhecimento, já é missa de sétimo dia. Haja vista que desarmaram a população, e o Brasil remete mais de 50 mil assassinados para o outro mundo todo ano. Quer dizer, a arma não é no cós da calça, é nas almas. Portanto, é preciso desARMAR os desALMADOS.