Os israelitas passaram 40 anos caminhando pelo deserto.
O seu alimento vinha do céu, era o maná. No entanto, quando tentaram armazenar
o maná, ele apodreceu. O alimento celestial era para ser consumido num dia.
Isto significa dizer que quem
guarda para o futuro, vê a vida apodrecer na palma da mão.
Todavia, referimo-nos a um alimento enviado
por Deus. Ele nunca faltou. Nosso pão de cada dia anda produzido e vendido pelo
homem. Portanto, há de se ter cautela.
O poeta romano Horácio, agoniado com a
brevidade da vida, recitava: CARPE DIEM, QUAM MINIMUM CREDULA POSTERO.
(Aproveite o dia, não acreditando minimamente no futuro). Contudo, o mesmo
Horácio admoestava sobre o desperdício, aconselhando a moderação: EST MODUS IN
REBUS (Há um limite nas coisas).
Sosígenes Bittencourt
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Em relação ao futuro, só nos resta a esperança.
Esperança é não ter nada, não saber de nada, é só esperança.
A esperança só existe porque existe o passado, pois é o passado que nos faz imaginar o futuro, confeccionar todas as ilusões.
Porém, a esperança pode dispor de um combustível precioso: A FÉ. Quanto mais Fé, mais crença, mais convicção.
E é melhor estar esperançoso, alimentar ilusões do que estar desiludido. A desilusão está inscrita no portal do Inferno de Dante: "Lasciate ogni speranza, voi che entrate" - Perdei toda esperança, vós que entrais.
Esperançoso abraço!
Sosígenes Bittencourt
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