Em Recife, na avenida Domingos Ferreira,
minha tia Ricardina ia sendo vítima de um assalto. Eram 3 pivetes, um
maiorzinho e dois menores, queriam-lhe os pertences. E, aí, minha tia não podia
se desfazer dos bens, pelo valor sentimental que os envolvia.
- Olhe, meu filho, esse anel é um presente
de minha irmã que faleceu, eu não posso lhe dar.
E os meninos insistiam. Mas, minha tia não
podia abrir mão dos seus objetos, persistindo nas explicações de caráter
sentimental.
- Olhe, meu filho, esse relógio é um
presente do meu filho que faleceu, eu não posso me desfazer dele.
Até que chegou o momento mais sensível do
diálogo, que abrandou o menino. Ela passou a mão sobre seu cabelo pixaim e
perguntou: - Se você tivesse um presente dado por sua mãe, você queria que
alguém levasse?
O menino baixou a cabeça e chorou. O homem é
escravo do bom tratamento.
Sosígenes Bittencourt
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Uma madrugada, em frente ao prédio da Prefeitura, três adolescentes me abordaram, munidos de armas de fogo: - Se se mexer, eu atiro!
Aí, eu: - Como posso tirar minha carteira sem me mexer?
Aí, o assaltante: - Bora, bora, bora!
Aí, eu: - Isto é um assalto?
Aí, o assaltante: - É, bora!
Aí, eu: - E isto é um sobressalto! - Não havia um centavo na minha carteira. Os assaltantes olharam e nem tocaram na minha carteira, danaram-se ladeira abaixo.
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