lósofos gregos Sócrates e Diógenes, Nelma fala a verdade tão escancaradamente, que termina conferindo um certo tom filosófico ao seu depoimento.
Sem papas na língua, Nelma diz que sem corrupção não há elegibilidade nem governabilidade. Ou seja, ninguém se elege nem governa sem corrupção. E ainda busca provar. Diz que bastou botar uma moralzinha na corrupção e o país parou, nada funciona. Talvez, queira dizer que o povo foi às ruas quebrar a nação, não por causa da corrupção, mas por causa da disfunção, o país tornou-se disfuncional.
Nelma fica de pé, volta as nádegas para os deputados e enfia a mãos nos bolsos para mostrar que os euros que conduziu não estavam na calcinha. É um verdadeiro espetáculo de verdades incontestavelmente ridículas ou ridicularias verdadeiramente incontestáveis.
Quando canta Amada
Amante, do Rei Roberto Carlos, revela o quanto amou e foi amada por Youssef,
repoltreados na mamata e na impunidade, quando foram doleiros eficientemente
corruptos e fielmente amorosos. Obviamente.
Tragicômico abraço!
Sosígenes Bittencourt
3 comments:
Com aspecto de detenta, cabeça pelada, dona Nelma empina o bumbum na frente da galera e diz que essa história de dinheiro em sua calcinha é consequência do CUEGATE, ou seja, do flagrante histórico de políticos com grana nas cuecas. Compreende?
Pegando um gancho na matéria, o juiz Wagner Carvalho de Lima, em Franca – SP, mandou soltar 20 presos que falsificaram e comercializaram agrotóxicos. Dr. Wagner ajuizou, dizendo que não poderia manter presos os falsificadores, baseado na resolução do Supremo Tribunal Federal, que mandou para casa os envolvidos na Operação Lava Jato. Enfim, o juiz acha uma injustiça manter presos aqueles falsificadores que cometeram crime, proporcionalmente, muito menos ofensivo à sociedade. Tá ligado?
Há uma promessa de controle sobre a corrupção na política nacional, limitando o derrame financeiro das grandes empresas no apoio a candidaturas, dentro de uma Reforma Política abrangente. Um comentarista político disse, na televisão, que tudo vai terminar em nada. Primeiro, porque a maioria não entende nada de Distritão ou Distrital Misto; depois, porque a classe média não quer saber nada referente a Reforma Política, e tudo terminará onde sempre esteve: nas mãos dos políticos. Tem jeito?
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