A construção de Cristo

Cristo realizado em marfim
por Bevenuto Cellini,
conhecido como
El Cristo de Lepanto














Pelo menos 20 messias pregaram no século I d.C.
A princípio, Jesus parecia apenas ser mais um profeta entre dezenas de pregadores que disputavam a atenção do povo judeu na cidade de Jerusalém.
Nos primeiros anos após sua crucificação, não havia mais que mil fiéis.
Apenas um século depois, mesmo perseguidos, já estavam espalhados por todo o Império Romano, da Síria às ilhas britânicas.
Hoje, sua fé é professada por 2 bilhões de pessoas, um terço da população mundial.

Jesus se destacou por alguns motivos:

Abertura - A maioria dos profetas pregava dentro dos fundamentos judaicos.
Já as promesas de Jesus eram destinadas a todos os povos.
Flexibilidade - Preceitos judaicos como a circuncisão e o ensino da Torá, não eram exigidos, o que fez do Cristianismo uma religião de fácil conversão.
Comunicação - Seus seguidores, como Paulo, pregavam em grego, a língua mais corrente naquele tempo, e não em hebraico ou aramaico, falados apenas pelos judeus.
Eqüidade - As mulheres tinham papel ativo, como registram os evangelhos. Maria Madalena foi a primeira pessoa a ver que Cristo havia ressuscitado.
Caridade - Era uma época de muita miséria e repressão. Os judeus pagavam impostos pesados a Roma. Nesse ambiente de pobreza, Jesus pregava a caridade.
Múltiplas faces - Os evangelhos apresentavam Jesus de diversas maneiras: combativo, misericordioso, espiritualizado. Assim, sua imagem amolda-se a diferentes anseios de vários povos.
Ineditismo e misticismo - Com exceção de João Batista, somente a Jesus foi atribuída a ressurreição. Relatos de milagres e curas também ajudaram a formar uma aura mística.

(Época - 396 - 19 de dezembro de 2005 - pág. 120)

(Comentário: sosigenesbittencourt@hotmail.com)