Entrada Proibido e não Entrada Proibida
É muito freqüente, na linguagem do povo, aparecer a expressão "proibido" com a flexão em gênero (feminino: proibida) junto à palavra "entrada": "entrada proibida". Isso, sem dúvida, constitui grave erro de concordância nominal. O nome "entrada" está sendo empregado aí em sentido bem determinado, correspondendo apenas a uma ação verbal. É como se disséssemos, por exemplo:
Entrar é proibido (= a ação de entrar)
Logo, digamos com firmeza:
Entrada proibido.
Reprodução proibido.
Trata-se, no caso, de uma legítima concordância "siléptica", isto é, uma flexão não com o tempo expresso, mas sim com a idéia, com o que se subentende: o ato verbal.
(Só erra Quem Quer - Antônio Cruz Neto)
"É proibido entrada" e "É proibida a entrada"
A expressão "é proibido" fica invariável se acompanhada de substantivo que exprime idéia genérica, indeterminada.
É proibido entrada de pessoas estranhas.
Havendo determinação do substantivo, o adjetivo com ele concorda:
É proibida a entrada de pessoas estranhas.
Portanto, ficam invariáveis:
É preciso muita paciência para lidar com crianças.
É necessário folga semanal remunerada.
Água é bom para matar a sede.
Maçã é ótimo para os dentes.
Não é permitido presença de estranhos.
O adjetivo concorda com o substantivo:
Esta água é boa para matar a sede.
A maçã argentina é ótima para a vista.
Não é permitida a presença de estranhos.
É precisa sua presença aqui.
É necessária nossa participação.
(nossa gramática - luiz antonio sacconi)
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