Saturday, December 02, 2006

Estudando Português








Entrada Proibido e não Entrada Proibida

É muito freqüente, na linguagem do povo, aparecer a expressão "proibido" com a flexão em gênero (feminino: proibida) junto à palavra "entrada": "entrada proibida". Isso, sem dúvida, constitui grave erro de concordância nominal. O nome "entrada" está sendo empregado aí em sentido bem determinado, correspondendo apenas a uma ação verbal. É como se disséssemos, por exemplo:
Entrar é proibido (= a ação de entrar)
Logo, digamos com firmeza:
Entrada proibido.
Reprodução proibido.
Trata-se, no caso, de uma legítima concordância "siléptica", isto é, uma flexão não com o tempo expresso, mas sim com a idéia, com o que se subentende: o ato verbal.
(Só erra Quem Quer - Antônio Cruz Neto)

"É proibido entrada" e "É proibida a entrada"

A expressão "é proibido" fica invariável se acompanhada de substantivo que exprime idéia genérica, indeterminada.
É proibido entrada de pessoas estranhas.

Havendo determinação do substantivo, o adjetivo com ele concorda:
É proibida a entrada de pessoas estranhas.

Portanto, ficam invariáveis:

É preciso muita paciência para lidar com crianças.
É necessário folga semanal remunerada.
Água é bom para matar a sede.
Maçã é ótimo para os dentes.
Não é permitido presença de estranhos.

O adjetivo concorda com o substantivo:

Esta água é boa para matar a sede.

A maçã argentina é ótima para a vista.

Não é permitida a presença de estranhos.

É precisa sua presença aqui.

É necessária nossa participação.

(nossa gramática - luiz antonio sacconi)

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