Cicarelli e Malzoni em Tarifa

Daniella Cicarelli e Tato Malzoni se tateiam e se lambem
sem querer saber onde.
Enrubescem o sul da Espanha e ganham o sol da mídia.
Dizia Nelson Rodrigues que
“sem paixão, não dá nem pra chupar picolé.” E é?
Na realidade, a acicatada Cicarelli
nunca foi mulher para um Ronaldinho, e, sim, um Ronaldão.
Ronaldinho nunca teve, talvez, o tato que Tato tem.
Tatearam-se e se lamberam de graça na cidade de Tarifa,
e o pessoal ainda corou de vergonha,
quando deveria agradecer sem dar um pio.
Afinal, era Cicarelli, não uma donzela suburbana
acochada pelo cio.
Cicarelli ondeava, garbosa e arrebitada,
como um toureiro passa a faena
sobre um touro na arena. Hein?...
Melhor suas fotos, seu ápice, seus movimentos,
do que o enforcamento de Saddam Hussein.
No fundo, no fundo, é ciúme daquelas apalpadelas
que Tato deu na divisória das nádegas dela.
A emoção é tão grande, coisa tão fina,
banho químico de anfetaminas,
dopamina, norepinefrina, endorfina,
que nem dá pra relembrar deslizes e pecados,
felizes e cheios de tutu,
nem que Cicarelli, um dia, no Château de Chantilly,
num megacasamento, deu carreirinha, aos alaridos,
atrás de Caroline Bittencourt.

Sosígenes Bittencourt

(Comentários: sosigenesbittencourt@hotmail.com -)