Tuesday, July 31, 2007

Quadro de Medalhas - Pan 2007











Estados Unidos:
(Ouro 97) (Prata 88) (Bronze 52)
total 237
Cuba:
(Ouro 59) (Prata 35) (Bronze 41)
total 135
Brasil:
(Ouro 54) (Prata 40) (Bronze 67)
total 161
Canadá:
(Ouro 39) (Prata 43) (Bronze 55)
total 137
México:
(Ouro 18) (Prata 24) (Bronze 31)
total 73


Saturday, July 28, 2007

Fala, Vitória


Botando Moral
A juíza, ao saber do show de Raça Negra, no bairro do Cajá, mandou chamar os barraqueiros que armam suas tendas de birita e tira-gosto, para adverti-los de que estava terminantemente proibido montar tenda em calçada de residência e ligar som no meio da rua. Botou moral. E ainda avisou que a polícia vai pastorar. Festa, para ela, não é sinônimo de desrespeito. E lei é para ser cumprida. Deve ter sido o efeito de abaixo-assinado contra as orgias perpetradas na rua, durante apresentações dos Saia Rodada da vida, quando pitam marijuana, fazem xixi e nenen a céu aberto, estrondando decibéis no pé do ouvido da velharada. Os idosos ficam sentados no meio da casa, a se entreolharem, mudos, como se fossem bonecos num estranho museu de cera. Sempre apreciei um cabarezinho, mas lá no seu lugar. Rua de família tem de ser respeitada.
Palmas para a juíza, e muito obrigado!
Sosígenes Bittencourt
(Para dar o seu pitaco é só clicar em "comments", e a página estará na frente do teclado, que é a sua caneta.)

Friday, July 27, 2007

Um morto andando pela cidade



* 19/07/1955
+ (?)

Amanheço morto na cidade. Tomo conhecimento de que morri logo cedo. Sou um morto muito especial, porque posso negar a minha morte, abrir a porta e sair andando, respirando o ar, rever as ruas, os lugares antigos por onde passei quando criança e que o tempo foi modelando, ora para melhor, ora para pior. Posso perceber, agora, que alguns lugares é que morreram. Caminho com um ar importante pelas ruas, porque posso descrever o que desapareceu. O cheiro do Café São Miguel, as meninas do Colégio Municipal, picolé de mangaba, disco de vinil com o retrato de Carlos Gonzaga, sessões dominicais de cinema, com sabor de ping-pong, Rock Lane a cavalo. Sou um morto que pode contemplar o nojo, a paixão e o tédio dos que me rodeiam e me julgam. Tenho direito a mais um dia, um jantar, telefonar para marcar um encontro. Principalmente, ir ao encontro e praticar, meticulosamente, a arte de dar e receber amor, como na milenar receita de Vatsyayana, o Kama Sutra de todo dia. Sinto-me vaidoso de minha morte. Sem esquife, castiçal, lampejo de vela, coro lúgubre de carpideiras e meu derradeiro desfile, horizontal, pela cidade.

Respondo a alguém que me telefona para saber a verdade: - Morrer na boca do povo faz mais sucesso do que morrer de verdade. Não é todo dia que se é um morto andando pela cidade.

Lembra-me os versos de Mário Quintana:

Da primeira vez em que me assassinaram

Perdi um jeito de sorrir que eu tinha...

Depois, de cada vez que me mataram,

Foram levando qualquer coisa minha...

Sonho com alguém me perguntando: - Sosígenes, você andou morrendo ?

- Não, ando sem tempo para a morte.

Sosígenes Bittencourt

Wednesday, July 25, 2007

Leão


22 de Julho
a
22 de Agosto
Elemento: Fogo
Regente: Sol
Verbo: Eu sou
É generoso e brilhante, mas pode ter
um toque de egocentrismo e arrogância.
Interpretação:
Domínio, autoridade e ambição.
Integridade, fidelidade e sinceridade.
A tendência a liderar é inata.
As afeições são profundas e duradouras.

Personalidades: Caetano Veloso, Daniela Mercury, Jorge Amado, Madonna, Fernando Collor, Elba Ramalho, Bill Clinton, Antonio Banderas.



Monday, July 23, 2007

Morte de Sósthenes



* 12/02/1945

+ 23/07/2007





Morre nesta manhã fria de julho, o meu primo Sósthenes Bittencourt. Durante quantas manhãs frias como esta, eu o vi, sorridente e sonhador, como um exagerado amante dos prazeres da vida. Bebia e fumava, preso às amarras do vício, como quem celebrava a existência, menosprezando a morte.

A morte de estranhos pode nos consternar, mas a morte de conhecidos nos faz recordar. Imaginamos o seu semblante, parecendo ouvir sua voz. Conheci-o na residência de minha avó Celina, na rua do Colégio das Freiras, em Vitória de Santo Antão. Ali, ao aroma da flor dos coqueirais, à Hora do Ângelus, ensaiei meus primeiros cigarros. Nas viagens dominicais a Caruaru, bebi minhas primeiras cervejas em sua companhia. A compulsão quase metafísica por mulher urdia sua vereda. Dá-nos a impressão de que morreu de viver, na inebriante dedução de que o amor pela vida é o contrário do amor por uma longa vida. Em última análise, todos somos condenados à Indesejada das Gentes, como no dizer do poeta da Rua da União. Miguel Torga dizia que “nós somos cadáveres adiados.” A meu ver, há duas coisas incompreensíveis na vida: nascer sem pedir e morrer sem querer. Talvez, por isso, devamos pensar no lado invisível da vida; afinal, não levaremos nada de tudo que enxergamos na vida. Muda o homem de habitat cósmico, encanta-se, e sobrevive imaterialmente em memória. Já não o escutamos direito, mas ainda relembramos sua voz; não ouvimos os seus passos, mas conhecemos os seus antigos caminhos; já não podemos dialogar, mas relembramos seus procedimentos; não o vemos entre nós, mas seus pertences nos animam a memória.
Até mais, Tuca. Recomenda-nos a teus pais. Em breve, estaremos juntos, noutra esfera, a saber dos segredos só a ti revelado.
Vitória de Santo Antão, PE – 23/07/2007
Sosígenes Bittencourt


Sunday, July 22, 2007

TAM TAM TAM TAM


Enquanto colidem opiniões sobre caos aéreo, passageiros ficam voando em aeroportos. Ou seja, perambulando e pernoitando à procura de informações, cada vez menos convincentes. Os considerados ricos nunca foram tão maltratados. Entram em filas intermináveis, dormem no chão, por cima de bolsas, abraçados a pertences, urinando e lanchando, como se estivessem numa rodoviária suburbana, chorando de saudade, entediados com o desconforto. Pobres passageiros. Indagado, certa vez, sobre o que sentia ao voar pela Tam, respondi, perguntando: - O que lhe lembram 4 aviões da Tam, pousados num hangar de aeroporto?
Depois de refletir, o interlocutor: - Não tenho a menor idéia.
Aí, eu: - É fácil. 4 aviões da Tam, sisudos, a nos olhar, do hangar de um aeroporto, lembram a 5ª Sinfonia de Beethoven, aquela cujo início anima as expectativas lúgubres: TAM TAM TAM TAAAAAAAAAAAAM...
Não, os tantãs não somos nós, são as autoridades que verdadeiramente brincam com nossas vidas, desde os impostos que pagamos aos benefícios que não recebemos e explicações que não obtemos. Se a causa do desastre do airbus A320 foi no freio aerodinâmico, conhecido como conversor, ou se foi falta de ranhuras na pista, conhecidas como grooving, são meras explicações mediante a amargura geral. Que é dos cento e tantos passageiros que, entre o pouso e a morte, não tiveram mais que 30 segundos, para refletir sobre suas vidas, ajoelhar em oração? Parece brincadeira que o avião desceu destrambelhado, escorregou numa poça d’água, para dar um cavalo de pau sobre uma avenida e enfiar-se num prédio ao lado. Esse videogame macabro já passou antes. Está registrado na memória daqueles que, em outros dois momentos, enlutaram, pelo relaxamento dos que não cuidaram.
Sosígenes Bittencourt

Tuesday, July 17, 2007

Os abutres de Jaguarana


Carnificina é o termo para o sacrifício da pequena Isabel, contando 11 anos de vida, no açude de Jaguarana. Só porque a menina viu a tia transando com um playboy, mereceu tão triste sina. A megera Damiana, há três anos, chafurdava com o rapazola Orlando Gomes da Silva, de 18 anos, plantando chifre no marido. Galheira até o solado das patas, não queria que ninguém fuxicasse. Talvez, tenha tentado dissuadir a pequena Isabel de contar a história para o tio. Mas, para afastar a possibilidade da criança bater com a língua nos dentes, resolveu pagar para darem fim à inocente. Apesar de revelar que não sabia que era traído, o enganado afirmou categoricamente que achava sua mulher capaz de praticar semelhante atrocidade. Depois do arrocho, o criminoso de 16 anos abriu o jogo e contou que Damiana lhe prometera 500 reais pela execução da menina, adiantando-lhe 250 pelo compromisso. E saber que esse menor só passará 3 anos submetido a medida sócio-educativa, é muita regalia para esse verdadeiro brinquedinho do cão. O menino estuprou a criança e ainda a afogou no açude. Não teve um ceitil de remorso, medo dos castigos do céu, ou de morrer no cacete, linchado pela turba ensandecida de ódio. Indignado, o delegado Paulo Jean conta que, já desmaiada e sangrando, a menor fora afogada, com a assistência macabra da mentora do crime e do seu namorado assassino. Como se não bastasse, ainda lavaram o corpo da vítima para eliminar vestígios e impressões digitais. Os Herodes de Jaguarana são Damiana, Orlando e um menor de 16 anos. Tripudiaram sobre a indefesa Isabel, como se estivessem brincando de matar. Em determinados estados, nos Estados Unidos, iam ser submetidos a uma injeção letal. Aqui, correm o risco de sofrerem pena capital na prisão. Por incrível que pareça, há código de ética entre presos. Ranger de dentes e punhos a postos já ensaiam a execução das rapinas de Jaguarana. Damiana não queria ser contrariada em suas relações sexuais com Orlando. Agora, nem o namorado, nem o enganado, nem a liberdade. E, para incrementar o ritual de desgraça no qual se enredou, o risco de morte que correrá pelos corredores da prisão. Quanta miséria testemunhada pelo espelho das águas. Quanta dor, quanta revolta pelo trucidamento de tão indefesa menina, sob as garras assassinas dos abutres de Jaguarana.
Sosígenes Bittencourt

Aplauso oral


No Rio, presidente é aplaudido com a boca.
Isso significa que as elites estão mais insatisfeitas com o presidente do que os 50 milhões de miseráveis desse país. A vaia não partiu de nenhum assalariado nem aposentado do INSS, partiu de quem tem folgados 200 reais para ver uma abertura de Pan ou qualquer outro espetáculo no momento que quiser. Essa é a elite que odeia a miséria e, por isso, é vítima do terrorismo dos que não têm juízo para serem humilhados. Não tenho procuração para defender Lula e ainda acho que é preciso que se faça mais para conter a multiplicação de miseráveis. Caso contrário, estaremos cada vez mais enclausurados pela rebelião dos sem-nada, o lúmpen de que falava Karl Marx, o lixo das classes sociais. Desde o século anterior, antes do alvorecer desta era, que digo: Este é o milênio da solidariedade: ou seremos solidários, ou seremos solitários.
Sosígenes Bittencourt

Sunday, July 15, 2007

É larva, é pupa, é aedes aegypti!


Vitória de Santo Antão - PE
25 / 02 / 2002

Bichinho arreliado é o tal do aedes aegypti. Ob-reptício. Nele cabem todos os adjetivos, inclusive os mais repelentes. Ardil e dolo, na sua forma, no seu jeito de atacar. A muriçoca ainda executa uma sinfonia, anunciando o seu voejar lúgubre. O aedes pica de dia, veste meião alvi-negro e, diferentemente da maioria dos animais, é a fêmea que é perigosa. Enquanto o macho habita a flora, sugando o néctar do verde, ela bebe, vampirescamente, o sangue da vítima. Caprichosa, desova, preferencialmente, em água cristalina e estagnada. O seu ovo é larva, é pupa, é aedes aegypti!
Embora minúsculo, quase imperceptível, é animálculo potencialmente forte. Democrático, abrange todas as classes sociais - os políticos é que se desentendem na disputa da cura de seus efeitos letais. Submete os humanos a toda sorte de vexame, debruçados sobre cisternas, revirando tonéis, pendurados em caixas d'água. Apavorados com as calhas, as lajes, vão emborcando latas e garrafas, catando lixo, do Grajaú a Humaitá, Gávea a Caxambi. Nem a cantora Joyce, canora, é poupada na Zona Sul do Rio de Tom, perfurada na pele, submetida a febre de 40 graus, entrevendo o corcovado em sonhos. O seu ovo é larva, é pupa, é aedes aegypti!
Pica o ator Stênio Garcia, fazendo de sua rotina uma pura novela. Fere a ninfeta Ana Paula Arósio, lambuzando o seu sangue, destrona o momo do samba, prometendo singrar as águas de março, eleger-se o rei do rio. O ser humano parece um Siefried caduco, derrotado por uma revoada de Nibelungos. Só lhe resta uma nuvem de fumacê e acender uma vela de andiroba: para o aedes, ou o homem?
As suas Dengues podem ser Clássicas ou Hemorrágicas, conforme humilhe ou ameace de morte seus enfermos tontos, enjoados e febris.
Sosígenes Bittencourt

Wednesday, July 11, 2007

Confuso espancamento


Meninos que espancam doméstica, sob a alegação de confundirem com prostituta, e que queimam índio, pensando tratar-se de mendigo, têm algo em comum, são pouco conhecidos pelos pais. Tanto que um deles, que não sabia o que o filho fazia, ficou espantado quando o encontrou na delegacia. Duvido dizerem que não criavam seus filhos com muito amor, dando-lhes de tudo, com todo o carinho, sem nenhum carão. Esquecem que amar filho dá trabalho. Às vezes, é preciso ler um livro. Mas, não precisam ficar tão desesperados, pois os bad boys que queimaram o pataxó Galdino Jesus, lá em Brasília, já estão esgaravatando os dentes. À época, ao contrário de serem reconhecidos como violentos, os garotos foram considerados apáticos e melancólicos, com irresistível compulsão para se divertir. Baseada na suposta mera criancice dos adolescentes, a juíza Sandra de Sanctis Mello, caprichando pra santa, considerou que as “crioncinhas” não tiveram “animus necandi”, ou seja, “intenção de matar”, mas apenas de ferir o dorminhoco. Por Jesus! E nem adianta mais baixar bodurna e tacape no caso. Agora, a barra pesada vem da Barra da Tijuca e são novamente meninos de classe média, acabrunhados e doidos por emoção. Tomaram um birinaite em São Gonçalo e retornavam com o espírito de Zé Pelintra na matéria. Deram um puxavante na bolsa da doméstica Sirlei Dias, de madrugadinha, e chutaram-lhe o crânio como se confundissem com uma bola. Aliás, confusos por natureza, confudiram-na com uma prostituta. Quem deve estar puta da vida com essa história é Nanci Feijó, a meritosa presidenta da Associação Pernambucana das Profissionais do Sexo (APPS), já forçando a porta do Ministério Público, para enfiar documento contra a “fuleiragem music”, praticada pela banda Matruz com Leite, que jogou uma “Bomba no Cabaré”, acordando a galera do meretrício.
Sosígenes Bittencourt

Monday, July 09, 2007

Pinto do Monteiro


Cantador, poeta e repentista
* 1895 Monteiro, PB
+ 1988 Sertânia, PE
Ingressando numa cidade pernambucana, a passeio, Pinto do Monteiro juntou tanta gente no meio da rua, que um velho amigo observou:
- Pinto, você parece Jesus!
Aí, Pinto:
Não me chame de Jesus
Pelo amor de Nosso Senhor.
Jesus era um Salvador
E eu sou um pecador.
Eu nasci em Monteiro
E Jesus nasceu em Belém.
Jesus salva todo mundo
E Pinto não salva ninguém.

O Saber Mais que Show e Milhão



Você sabia...

Que a Etiópia é o país da África Oriental cuja capital é Adis-Abeba?
Que Apocalipse é o Livro da Bíblia escrito pelo apóstolo João?
Que o meridiano é o círculo máximo que passa pelos pólos?
Que o verbo que não é conjugado em todas as formas, tempos e modos é denominado defectivo?
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Qual o objeto de estudo da Patologia?
( ) moléstia
( ) micróbio
( ) célula

Que nome tem a personagem de “As Mil e Uma Noites” que conta a um sultão uma série de histórias, visando adiar a própria morte, já decretada?
( ) Aladim
( ) Xerazade
( ) Xariyar

Qual destes é um romance de Eça de Queirós?
( ) As Farpas
( ) A Relíquia
( ) A Lã e a Neve

Qual a peça de ferro com gume destinada a fazer buracos na terra?
( ) britadeira
( ) ceifadeira
( ) cavadeira

Thursday, July 05, 2007

O rato


A princípio, eu pensei haver sido um rato. Aliás, pela pancada na porta do apartamento, um rato grande, ou seja, um guabiru. Então, com receio de que fosse mesmo o repelente flagelo das civilizações, temi abrir a porta. Em seguida, ouvi ruído de papéis na garagem. Quase não havia dúvida. Mas, como passei a ouvir abrir de caixas, o som da grade do terraço e da estante esmaltada, passei a pensar que fosse meu pai. Porém, o que estaria fazendo meu pai ali, de madrugadinha, sem medo de me fazer medo? – perguntei, cá com meus botões. Minhas mãos ficaram frias, o sangue me fugira das extremidades, o cabelo se me arrepiara. Não, não era um rato, o transmissor da leptospirose, nem meu pai, não era nada disso. Pelo temor redobrado que sentia, intuitivamente, devia ser um rato humano. Pensei em ligar para a polícia, porém o ladrão poderia estar armado, pois ladrões não obedecem lei de desarmamento. Tive medo de que tentasse arrombar a porta. Ladrões que penetram em imóvel alheio, na calada da noite, são arrombadores. E os de hoje não usam mais roupas de ladrão como antigamente, máscaras, nem vêm de longe. Às vezes, são moradores do bairro, desses que vão à igreja, casamento, torcem pelo nosso time e tiram nossas namoradas para dançar. Na minha biblioteca e no meu apartamento não tem arma, tem alma, literatura e ciência. Finalmente, um silêncio expectante tomou conta da garagem e biblioteca ao lado. Esperei que o galo anunciasse a manhã e os passarinhos sobrevoassem o cômodo onde repousam as coleções de livros. Quando contemplei pelas janelas a aurora e inalei o eflúvio matutino, abri a porta e penetrei no espaço violado pelo rato. O rato era mesmo a metáfora de um homem. Tudo revirado, não levou um romance; sequer a Antologia Poética de Carlos Drummond de Andrade, onde se lê “Morte do Leiteiro”. Mas, em meio ao desapontamento, uma constatação óbvia: o ladrão era narcisista, pois roubara o meu espelho.
Sosígenes Bittencourt

Alegria


Dr. Aloísio de Melo Xavier
Nasci um sujeito alegre, felizmente.
Em menino, pratiquei muitas peraltices e brincadeiras,
graças à minha natural inquietude,
que não me dava tréguas.
Comecei a entender, desde então,
o imenso valor da alegria,
contrapondo-se aos problemas e às misérias
da vida humana.

Fidelidade

Ser fiel é a minha sina.
O melhor jornal de Vitória
é o de Carpina.
Sosígenes Bittencourt

Monday, July 02, 2007

Sosígenes Bittencourt











Rua Euclides Nery de Oliveira, 128
Cajá, Vitória de Santo Antão - PE

sosigenesbittencourt@hotmail.com

(081) 9146-9147
(081) 3523-0176

Câncer


21 de junho
a
21 de julho
Elemento: Água
Regente: Lua
Verbo: Eu sinto
Os cancerianos são pessoas emotivas, sensíveis e impressionáveis.
Em geral, mostram-se generosas, preocupando-se com o sofrimento dos outros.
Têm grande força de vontade e se apegam a uma idéia com perseverança.