Monday, October 05, 2009

Fala, Vitória

Sábado, em Vitória de Santo Antão, os Monges resolveram dar um presentinho à velha Jovem Guarda. Trouxeram simplesmente a Super O'hara para se amostrar na churrascaria Gamela de Ouro. A princípio, todo mundo sentadinho e tímido, pois a festa era de gente fina e bem comportada. Aliás, o ambiente estava selecionado, como raramente acontece na era da fuleiragem music. Depois que a banda, que eu chamo de orquestra, começou a tocar, os organismos foram ficando animados. Lá pras tantas, até as cozinheiras dançavam no fundo da cozinha. Ninguém aguenta. A Super O'hara é mesmo um desafio à paciência. Os leões de chácara riam e se balançavam, sem ter o que fazer, no ritmo e às voltas com tanta gente decente, enfatiotada e cheirosa, como exigia o figurino. Era o encontro da velha Jovem Guarda, para matar a saudade da juventude etária e proclamar a juventude d'alma. Começando por Roberto Carlos e terminando com Vassourinhas, o frevo de Matias da Rocha e Joana Batista, com direito a corrupio de estandarte no dancing, foi uma noitada de alegria e felicidade, inesquecível nas páginas de nossa história. Um verdadeiro espetáculo!
Aquele abraço!
Sosígenes Bittencourt

6 comments:

Maluco Consciente said...

Corajoso sou eu, que domingo fui ao “Bar-piscina Bicho do Mato” nas imediações de Jardim Ipiranga. Recepcionado pelo som destorcido dos teclados de Edmilson com Edmilson e Viviane nos vocais. A piscina não mais parecia piscina e sim um açude. Eram muitos mestiços se banhando na piscina e ainda utilizavam-na como mictório. As mesas, ao redor, cheias de latinhas vazias de aguardente Pitu e cascas de amendoim enfeitavam o ambiente que tinha como decoração de piso milhares de pontas de cigarros. Além do amendoim, tinha como tira-gosto um enfumaçado churrasquinho de algum bicho. Um bêbado atracou-se com uma “bicha” para dançar e não a largou mais. Era uma verdadeira esculhambação.

Unknown said...

O comentário foi geral, fazia tempo que em Vitória não tinha uma festa desse porte.Realmente abalou, a diretoria dos monges esta de parabéns.

Sosígenes Bittencourt said...

Não querendo ofender os bichos do mato, mas os homens da cidade, lisos e sem educação, que habitam a periferia, só podem protagonizar o teatro aqui descrito.
Quanto à festa dos Monges, é preciso muito sábado para esquecê-la.

Anonymous said...

Numa cidade que, em pleno carnaval houve Forró Elétrico, essa iniciativa dos Monges mostra que nem tudo são lágrimas.
Que eventos como este possam figurar com frequência nas noites, tediantes, da Vitória de Santo Antão.

A Matraca

Dryton Bandeira said...

Prezado amigo: gostaria de agradecer os comentários elogiosos e as ilustres presenças que abrilhantaram o evento.

Sosígenes Bittencourt said...

Não se preocupe, Dryton, todas as vezes que você acender a luz, eu me prontificarei a brilhar. Contudo, convém lembrar as palavras de Chesterton: "Quem acende uma luz é o primeiro a se beneficiar da claridade."