Trios e estridência
Um amigo me telefona e, dentre outros assuntos, aborda a questão dos triozinhos elétricos em Vitória de Santo Antão. Diz que um daqueles vendedores, quando o viu, aumentou acintosamente o som do brinquedo, o que gerou um bate-boca, com promessa de denúncia na OAB, uma vez que o cidadão está cursando Direito. Data venia, já está passando da hora das autoridades tomarem uma providência quanto a esse barulho estridente na cidade. Sabemos da necessidade de trabalhar que têm os desempregados. Contudo, o trabalho de uns não pode atropelar o direito de outros. Assim, os necessitados que vendem maconha e crack pelas esquinas não deveriam ser molestados, porque estão sem emprego. Isto é tertulia flacida ad bovinus adormentare, ou seja, conversa mole pra boi dormir. Sábado mesmo, eu caminhava pela rua Primitivo de Miranda, quando me deparei com um playboy vendendo CD num triozinho daqueles, gritando para os transeuntes: - Vamos namorar e tomar uma, que o mundo vai se acabar na gaia! E gaia é feito macumba, só pega em quem acredita!
E aí, eu pergunto: Será que não daria para aquele vendedor de fuleiragem music trabalhar sem filosofar?
Sosígenes Bittencourt
3 comments:
Vivo repetindo por onde passo:É um absurdo esse barulho de mini trios, carros de sons e carrinhos de CD's (com destaque para este último).O poder público se preocupa em tirar os vendedores ambulantes de frutas e verduras,mas não dá atenção a esse fuzué de barulhos que presenciamos dia a dia.Um absurdo!
Aninha Marques
Dá vontade de contar o bate-boca do meu amigo com o "aborrecente" que o provocou.
Em Recife, já houve crime de morte por causa do desrespeito de quem bota som nas alturas e, além do mais, o que não se quer escutar.
Ainda bem que, parafraseando o forró:
Em Gravatá não tem disso não,
não tem disso não,
não tem disso não.
Desse jeito vou te pegar pra dançar.kkkkkkkkk Em Gravatá não tem disso não,não tem disso não
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